Sequência didática de história - 6º ao 8º ano - 23/11

 6º ano

                                    SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA – 2020

Unidade Temática: Trabalho e formas de organização social e cultural.

·         Objetosde Conhecimento:Escravidão e trabalholivre emdiferentes temporalidades e espaços (África);O papel da mulher na Grécia e em Roma, e no período medieval.

Heranças da Cultura medieval na sociedade itamarajuense;Organização religiosa,do trabalho e a participação da mulher na sociedade.

Ano/Série: 6º ano                                                                Período: 23/11 a  02/12/2020 Nºde Aulas:04

Tema Integrador: Consciência Negra

·         Habilidades:

(EF06HI17) Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo.

(EF06HI18) Analisar o papel da religião cristã na cultura e nos modos de organização social no período medieval.

·      CompetênciaGeral:.09-Exercitar a empatia, o diálogo,a resolução de conflitos e a cooperação,fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

·      CompetênciaEspecíficadeHistória:04-Identificar interpretações que expressem visões  dediferentes sujeitos,culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários

                                               ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

·          (1ª aula)-  Propõe-se para iniciar essa etapa uma discussão sobre a diversidade da população brasileira e , de Itamaraju. Enfatize a respeito das heranças culturais em especial as heranças da cultura afrobrasileira. Solicite a turma que enumere traços dessa cultura para verficação prévia.

·         Após discussões apresente a imagem e o texto; A Formação do povo brasileiro abaixo para leitura e interpretação e comparação entre ambos.


Disponível em: http://www.colegiofriburgo.com.br/projetos_2007/fund1/Prof_Sandra/indexCapa.htm. Acessado em 16/05/2011.

 

                                                           A Formação do povo brasileiro

Uma só palavra ou teoria não seria capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que marcaram a formação do povo brasileiro. Marcados pelas contradições do conflito e da convivência, constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que reconhecemos nesse território de dimensões continentais.

A primeira marcante mistura aconteceu no momento em que as populações indígenas da região entraram em contato com os colonizadores do Velho Mundo. Em meio ao interesse de exploração e o afastamento dos padrões morais europeus, os portugueses engravidaram várias índias que deram à luz nossa primeira geração de mestiços. Fora da dicotomia imposta entre os “selvagens” (índios) e os “civilizados” (europeus), os mestiços formam um primeiro momento do nosso variado leque de misturas.

Tempos depois, graças ao interesse primordial de se instalar a empresa açucareira, uma grande leva de africanos foi expropriada de suas terras para viverem na condição de escravos. Chegando a um lugar distante de suas referências culturais e familiares, tendo em vista que os mercadores separavam os parentes, os negros tiveram que reelaborar o seu meio de ver o mundo com as sobras daquilo que restava de sua terra natal.

Isso não quer dizer que eles viviam uma mesma realidade na condição de escravos. Muitos deles, não suportando o trauma da diáspora, recorriam ao suicídio, à violência e aos quilombos para se livrar da exploração e elaborar uma cultura à parte da ordem colonial. Outros conseguiam meios de comprar a sua própria liberdade ou, mesmo sendo vistos como escravos, conquistavam funções e redes de relacionamento que lhes concediam uma vida com maiores possibilidades.

Não se limitando na esfera de contato entre o português e o nativo, essa mistura de povos também abriu novas veredas com a exploração sexual dos senhores sobre as suas escravas. No abuso da carne de suas “mercadorias fêmeas”, mais uma parcela de inclassificáveis se constituía no ambiente colonial. Com o passar do tempo, os paradigmas complexos de reconhecimento dessa nova gente passou a limitar na cor da pele e na renda a distinção dos grupos sociais.

Ainda assim, isso não impedia que o caleidoscópio de gentes estabelecesse uma ampla formação de outras culturas que marcaram a regionalização de tantos espaços. Os citadinos das grandes metrópoles do litoral, os caipiras do interior, os caboclos das regiões áridas do Nordeste, os ribeirinhos da Amazônia, a região de Cerrado e os pampas gaúchos são apenas alguns dos exemplos que escapam da cegueira restritiva das generalizações.

Enquanto tantas sínteses aconteciam sem alcançar um lugar comum, o modelo agroexportador foi mui vagarosamente perdendo espaço para os anseios da modernização capitalista. A força rude e encarecida do trabalho escravo acabou abrindo espaço para a entrada de outros povos do Velho Mundo. Muitos deles, não suportando os abalos causados pelas teorias revolucionárias, o avanço do capitalismo e o fim das monarquias, buscaram uma nova oportunidade nessa já indefinida terra brasilis.

Italianos, alemães, poloneses, japoneses, eslavos e tantos mais não só contribuíram para a exploração de novas terras, como cumpriram as primeiras jornadas de trabalho em ambiente fabril. Assim, chegamos às primeiras décadas do século XX, quando nossos intelectuais modernistas pensaram com mais intensidade essa enorme tralha de culturas que forma a cultura de um só lugar. E assim, apesar das diferenças, frestas, preconceitos e jeitinhos, ainda reconhecemos o tal “brasileiro”.

Por Rainer Sousa, Mestre em História.

·         Solite a turma para fazer uma breve dissertação explicando qual a relação da imagem com o texto;

·         No texto também solicite para que esclareçam as semelhanças da história da formação do povo brasileiro com a formação da sociedade itamarajuense;

·         Solicite também que expliquem como cada povo chegou em terras brasileiras e esclareça os motivos do racismo nessa formação.

·         Sugere-se leitura socializada dos textos para discussões a respeito do papel de cada povo na nossa formação social itamarajuense e como nossa sociedade se comporta em relação ao racismo.

·         ( 2ª aula) Propõe-se nessa aula a canção de Arnaldo Antunes que pode abrir caminho para um modo bastante curioso para abordar a questão do racismo. Na canção “Inclassificáveis”, do disco “O silêncio”, já temos um título bastante sugestivo para abordar a questão do racismo em sala. Antes da audiçãao ou leitura da letra da música, solicite a turma que esclareça os questionamentos abaixo:

 

·         Afinal de contas, seria possível dividir os brasileiros por raças?

 

·         Será que o nosso povo pode ser reconhecido em características de natureza homogênea?

 

            Inclassificáveis

 

Que preto, que branco, que índio o quê?

Que branco, que índio, que preto o quê?

Que índio, que preto, que branco o quê?

 

Que preto branco índio o quê?

Branco índio preto o quê?

Índio preto brando o quê?

 

Aqui somos mestiços mulatos

Cafuzos pardos mamelucos sararás

Crilouros guaranisseis e judárabes

 

Orientupis orientupis

Ameriquítalos luso nipo caboclos

Orientupis orientupis

Iberibárbaros indo ciganagôs

 

Somos o que somos

Inclassificáveis

 

Não tem um, tem dois

Não tem dois, tem três

Não tem lei, tem leis

Não tem vez, tem vezes

Não tem deus, tem deuses

 

Não há sol a sós

 

Aqui somos mestiços mulatos

Cafuzos pardos tapuias tupinamboclos

Americarataís yorubárbaros

 

Somos o que somos

Inclassificáveis

 

Que preto, que branco, que índio o quê?

Que branco, que índio, que preto o quê?

Que índio, que preto, que branco o quê?

 

Não tem um, tem dois

Não tem dois, tem três

Não tem lei, tem leis

Não tem vez, tem vezes

Não tem deus, tem deuses

Não tem cor, tem cores

Não há sol a sós

 

Egipciganos tupinamboclos

Yorubárbaros carataís

Caribocarijós orientapuias

Mamemulatos tropicaburés

Chibarrosados mesticigenados

Oxigenados debaixo do sol

                                                                               (Arnaldo Antunes)

·         Após leitura da letra da musica, solicite a turma que responda as atividades referentes a canção, abaixo:

                             

01)  Justifique o título dado à canção: 

02)  Você concorda que somos “inclassificáveis”? Justifique sua resposta:

03)  Que recurso foi empregado para compor as duas primeiras estrofes da canção? Que efeito ele causou?

04)  Que misturas de raças são citadas na música? O que elas revelam?

05)  Além dessas misturas de raças, ainda aparecem neologismos, que também indicam outras misturas. Quais são elas e o que significam?

06)  Explique a importância das interrogativas usadas na canção:

07)  Mencione o valor expressivo graças ao uso dos numerais e dos plurais, dizendo em que estrofe isso ocorre:

08)  Interprete o verso “Não há sol há sós”, posicionando-se sobre tal afirmação:

09)  Que mensagem a música transmite?

Marcadores: Arnaldo Antunes, Atividade sobre música, Canção, Neologismos

 

 

 


 

 

 

 

·         2ª Etapa: (aulas 03 e 04)  

( 3ªaula) Inicie essa aula enfatizando as caracteristicas da genetica africana,  e principalmente exaltando o orgulho dessas caractísticas. Prõe-se a apreciação do vídeo abaixo ou leitura do poema, para iniciar os debates a respeito do tema;

 https://www.youtube.com/watch?v=DoQh63AWrNQ&ab_channel=RondonHist%C3%B3riasInfantis

                                                                                       O cabelo de Lelê

         

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25MDB4HNDKa7XlM5bgb6uObHd22u4gOg4vPvSp8Ki_H_o72943vC7_HTmQ_FeezLvXTz-GWVD6U12TZrW0jMxotUkk_bENbbG6lothM36x1jAnb49-p9Lw-ypBMNS5BAtLA_d9B97yqQ/s320/o-cabelo-de-lele-1-638.jpg

                Valéria Belém

 

Lelê não gosta do que vê,

De onde vem tantos cachinhos?

Pergunta sem saber o que fazer.

 

Joga pra lá, puxa pra cá,

Jeito não dá, jeito não têm.

 

Toda pergunta exigi resposta.

Em um livro vou procurar!

Pensa Lelê num canto a cismar.

 

Fuça aqui, fuça lá,

Mexe e remexe até encontrar o tal livro,

Muito sabido! Que tudo aquilo pode explicar.

 

Depois do Atlântico, a África chama

E conta uma trama de sonhos e medos,

De guerras e vidas e mortes no enredo.

Também de amor no enrolado cabelo.

 

Lelê gosta do que vê,

Vai à vida, vai ao vento,

Brinca e solta o sentimento.

 

Descobre a beleza de ser como é,

Herança traçada no ventre da raça do pai,

Da avó, de além-mar até...

 

O negro cabelo é pura magia,

Encanta o menino e a quem se avizinha.

Que gira e roda no fuso da Terra.

De tantos cabelos que são a memória.

 

Lelê já sabe que em cada cachinho

Existe um pedaço de sua história

Lelê ama o que vê! E você?

 

 

 

 

 

 

 

  ATIVIDADE                                                   

 

1- Responda:

 

a) Na história “O cabelo de Lelê”, de que a personagem não gosta nela?

 

 

b) Onde Lelê encontra as respostas para saber o motivo de seus cabelos serem enrolados?

 

 

d) Como Lelê se sente quando entende que seus cachinhos são pedaços de sua história e herança de sua família?

 

e) E você, está feliz com o seu cabelo? O que sente em relação a ele e porque?

 
Lelê gosta do que vê!Vai à vida, vai ao ventoBrinca e solta o sentimento

 

 

 

                                              

 

 

 

 

 

 

 

·         (4ª aula) Nessa aula propõe-se o poema de Jorge Lima. Antes da leitura sugere-se um pequeno debate dos temas trabalhados anteriormente com o objetivo de conhecer as impressões da turma sobre o e a vivência deles enquanto cidadãos inseridos neste espaço de miscigenação. Neste momento, cabe ao professor mediar às discussões trazidas pela turma e fazer este elo de comparações caso os alunos não consiga atingir este objetivo.

 

Poema de Jorge Lima

 

 Tempos e tempos passaram

Sobre teu ser
Da era cristã de 1500
Até estes tempos severos de hoje,
Quem foi que formou de novo teu ventre,
Teus olhos, tua alma?

Os modos de rir, o jeito de andar,
Pele,
Gozo, coração...
Negro, índio ou cristão?
Quem foi que te deu esta sabedoria,
Mais dengo e alvura,
Cabelo escorrido, tristeza do mundo,
Desgosto de vida, orgulho de branco, algemas, resgates
                                                                                 {alforrias?
 
Foi negro, foi índio ou cristão?
Quem foi que mudou teu leite,
Teu sangue, teus pés,
Teu modo de amar,
Teus santos, teus ódios

Teu fogo
Teu suor,
Tua espuma,
Tua saliva, teus braços, teus suspiros, tuas
                                                     [comidas,
te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?

Disponível em:  http://pt.shvoong.com/books/1988088-poema-jorge-lima/. Acessado em 16/05/2011.

·         Solicite que a turma esclareça sobre quais povos fala o poema; Quais deles descendem diretamente; quais heranças cada um trouxe a nosso país?

·         Solicite também que eles esclareçam porque o português é descrito como cristão?

·         Interpretar o que o autor diz a cada estrofe.

RECURSOS: ( ) Resumo( x ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;(  ) Vídeo;(  ) Computador;(  ) Jogos;(  ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )Informativos.

AVALIAÇÃO: (   ) Prova; ( x ) Trabalho; (   )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); (   ) Seminários; (   ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x  ) Avaliação da participação.


 

7º ano

                                    SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA – 2020

Unidade Temática: América Portuguesa : Colonização.

·         Objetosde Conhecimento:Escravidão e trabalholivre emdiferentes temporalidades e espaços (África);O papel da mulher na Grécia e em Roma, e no período medieval.

Heranças da Cultura medieval na sociedade itamarajuense;Organização religiosa,do trabalho e a participação da mulher na sociedade.

Ano/Série: 7º ano                                                                Período: 23/11 a  11/12/2020 Nºde Aulas:06

Tema Integrador: Consciência Negra

·         Habilidades:

(EF06HI17) Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo.

(EF06HI18) Analisar o papel da religião cristã na cultura e nos modos de organização social no período medieval.

·       CompetênciaGeral:.09-Exercitar a empatia, o diálogo,a resolução de conflitos e a cooperação,fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

·      CompetênciaEspecíficadeHistória:04-Identificar interpretações que expressem visões  dediferentes sujeitos,culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários

                                               ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA  - Etapa 01 (aulas 1, 2 e 3)

·         (1ª aula)- Iniciamos essa aula trabalhando as Expedições, Feitorias e Pau-Brasil para que os estudantes  conheçam os caminhos que originou essas expedições e os acontecimentos impactantes que ocorreram naquela época. Para essa atividade sugere-se trabalhar as páginas: 155 a 161. Após propõe-se a interpretação de texto da página: 162 “A história do povo Tupinambá de Oliveira que não está nos livros”, respondendo as questões propostas.

·         (2ª aula) – Sugere-se nessa aula continuação do objeto estudado utilizando as páginas do livro didático: 163 à 170. Para ajuda na explicação o professor pode utiliza o slide (material de apoio disponível no e-mail da turma): América Portuguesa Sociedade Colonial. Caso houver tempo trabalha também a interpretação de texto da página: 170.

(3ª aula) - Dando continuidade ao objeto anterior, nesta aula iremos trabalhar o slide (material de apoio disponível no e-mail da turma): América Portuguesa: Sociedade Colonial. Para auxiliar na construção do conhecimento, utilize também o livro didático nas páginas: 171 a 173.

Proponha as atividade da página: 174, questões: 1 a 4.

·         2ª Etapa: (aulas 4, 5 e 6) 

 

        ( 4ªaula)-  Africanos no Brasil - Inicie a aula com a leitura de imagem da página: 177. Após sugere-se as questões abaixo para uma pequena discussão sobre o tema a ser trabalhado:

        Quais dessas personalidades você conhece?

        O que elas têm em comum?  

        Você tem acompanhado a contribuição delas à vida social brasileira?

        Sugere-se, após as discussões, os objetos de conhecimento do livro didático nas páginas: 178 a 185.

        

 


 

 

        (5ª aula)- Continuação da aula anterior utilizando o slide (material de apoio disponível no e-mail da turma): América Portuguesa: Guerra e Tráfico, para acompanhar a explicação solicite os alunos que utilizem o livro didático nas páginas: 186 a 189.

(6ª aula)- Inicie essa aula solicitando a turma que descreva em forma de parodia, cordel ou poema a sua compreensão da trajetória da vida dos povos africanos desde a sua chegada no Brasil.Propõe-se que os resultados dos trabalhos sejam gravados para posterior apresentação. Para finalizar os estudos sugere-se as resoluções das atividades sobre escravismo disponível em slide no material de apoio.

 

 

RECURSOS: ( ) Resumo( x ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;(  ) Vídeo;(  ) Computador;(  ) Jogos;(  ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )Informativos.

AVALIAÇÃO: (   ) Prova; ( x ) Trabalho; (   )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); (   ) Seminários; (   ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x  ) Avaliação da participação.


 

8º ano

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2020

Unidade Temática:  O Brasil no século XIX

Objetos de Conhecimento:  

·         O discurso civilizatório nas Américas, o silenciamento dos saberes indígenas e as formas de integração e destruição de comunidades e povos indígenas;

·         Brasil: Primeiro Reinado.

·         O Período Regencial e as contestações ao poder central.

Ano/Série: 8º ano                            Período: 23/11 a 04/12/2020                       Nº de Aulas: 06

Tema Integrador:  Projeto Consciência Negra.

Habilidades:

·         Analisar o modo de vida e as reivindicações de grupos historicamente excluídos durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, reconhecer a contribuição cultural desses grupos à sociedade brasileira e identificar algumas estratégias de resistência utilizadas por eles.

(EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos     movimentos contestatórios ao poder centralizado.

(EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais, em razão de questões de fronteiras, com as tensões e conflitos durante o Império.

(EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.

(EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com relação ao indígena durante o Império.

  • Competência Geral: 7. Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

·         Competência Específica de História: 1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

                                                                  

                                                ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

1ª ETAPA: (aulas 1, 2 e 3) CAPÍTULO 9 -  REINADO DE D. PEDRO I: UMA CIDADANIA LIMITADA

 

(1ª AULA):

Ø  Inicie a sequência retomando a declaração de independência do Brasil. Convide os alunos a pensar na necessidade de organizar o Estado logo após o país se ver livre do domínio político português;

Ø  Convide-os a refletir sobre a criação de símbolos nacionais (bandeira, hino, brasões etc.) e solicite que falem sobre as instituições necessárias para o funcionamento de um Estado independente nos moldes atuais;

Ø  Depois que eles se manifestarem, comente que o conjunto administrativo presente em determinado Estado faz parte da história e nem sempre a nação se organizou conforme as normas atuais;

 

Ø  Fale sobre a Assembleia Constituinte de 1823, cuja missão era elaborar a primeira constituição brasileira. Destaque o fato de que os constituintes – entre os quais havia comerciantes, militares, advogados, padres e proprietários de terra – foram escolhidos por meio de voto censitário e indireto (explique esses conceitos);

Ø  Apresente os interesses políticos da época, que moldaram a Constituinte em torno da oposição entre os apoiadores de D. Pedro I (defensores de uma monarquia forte centrada na figura do imperador) e os seus opositores (que desejavam limitações ao poder imperial por meio do Parlamento);

Ø  Com o projeto constitucional, de aspecto liberal, que limitava seus poderes, o imperador se viu acuado e usou a força militar para dissolver a Assembleia Constituinte, entrando em choque com a elite que o apoiava, episódio conhecido como Noite da Agonia. Então, D. Pedro I convocou uma Assembleia de Estado, composta de nomes de sua estrita confiança, para elaborar uma constituição de caráter centralizador e autoritário;

Ø  Projete em slides alguns dos ditames dessa Carta:

 

·    governo monárquico com a existência de quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judicial e Moderador, este exercido exclusivamente pelo imperador, que poderia, de acordo com sua vontade, dissolver a Câmara dos Deputados e nomear senadores;

·    voto censitário, indireto e permitido apenas a homens livres maiores de 25 anos;

·    ensino primário público;

·    catolicismo como religião oficial do Estado;

·    igualdade perante a lei, liberdade de expressão, tolerância religiosa e garantia da propriedade privada;

·    divisão territorial em províncias governadas por presidentes nomeados diretamente pelo imperador, sem mandato fixo e sujeitos ao afastamento ou pedido de afastamento.

 

 

Ø  Apresentadas as características básicas da Constituição brasileira de 1824, ponha em discussão a questão da igualdade perante a lei prevista nessa Carta, que excluía, por exemplo, os escravizados. Além disso, como o voto era censitário, ex-escravizados e outros homens livres pobres também não podiam votar, pois não cumpriam os requisitos de renda mínima para participar das eleições primárias, nem se candidatar a algum cargo. A mesma falta de acesso à participação política atingia mulheres (consideradas inferiores, negligenciadas na Constituição, prevalecendo o costume de não participar oficialmente da vida política) e indígenas (não eram considerados cidadãos, sendo necessário, de acordo com as autoridades da época, civilizá-los conforme os costumes europeus). Desse modo, a Constituição de 1824 excluía a maior parte da população brasileira dos processos políticos e decisórios em razão da manutenção da escravidão e da negligência a vários grupos.

Ø  Em seguida, passe a comentar a Confederação do Equador, movimento deflagrado em Pernambuco em 1824.

Ø   Explique que a Constituição de 1824 descontentou parte da elite e setores populares por fatores econômicos – queda do preço do açúcar e encarecimento da mão de obra escrava e dos alimentos. Destaque o fato de que, além disso, o autoritarismo da Carta gerava fortes críticas de cunho liberal e republicano que circulavam na imprensa nordestina (por exemplo, nos jornais Sentinela da Liberdade, editado por Cipriano Barata, e em O Tribuno do Povo).

 

 

Capa da Constituição Federal de 1824. Fonte: WikiCommons.

 

Ø  QUESTÕES PARA DEBATE:

 

1.      Como se caracterizava  a organização política do Brasil Império a partir da Constituição de 1824?

2.      Como a Constituição de 1824 foi elaborada?

3.      O que a Constituição dizia sobre o poder do imperador?

4.      Produza um meme sobre o poder do imperador segundo a Constituição de 1824.

 

                                    Fonte: MemeGenerator                                 Fonte: WikiCommons.

 

 

 

 

  • (2ª AULA):

Ø  Utilização os conteúdos do capítulo 9  REINADO DE D. PEDRO I: UMA CIDADANIA LIMITADA das páginas 136 a 146 do livro didático para explanação dos temas e realização das atividades das páginas 147 a 150.

 

  • (3ª AULA):

Ø    Apreciação do vídeo sobre a Abdicação de D. Pedro I e o fim do Primeiro Reinado no Brasil, a partir do seguinte  link, e produção de texto-relatório sobre o conteúdo e socialização para a turma:

 

https://youtu.be/vKiBJPO-I-8

 

Ø  Leitura e atividades sobre o texto Manifesto das mulheres de Goiânia, da página 151 do livro didático, estimulando-os a refletir a respeito da participação feminina na história e na vida política do Brasil, estabelecendo relações entre a época do Primeiro Reinado e a atualidade. Comente as dificuldades que as mulheres enfrentam, tomando como exemplo as personagens históricas conhecidas para refletir sobre o mundo contemporâneo.

 

  • 2ª ETAPA: (aulas 4, 5 e 6)

 

  • (4ª AULA): CAPÍTULO 10 – REGÊNCIAS : A UNIDADE AMEAÇADA

 

Ø  Retome o conteúdo a partir do Período Regencial, iniciado após a abdicação de D. Pedro I, e o impasse ocasionado pela idade prematura de Pedro de Alcântara e pela ausência de parentes para assumir o trono.

Ø  Comente que, nesse caso, a Constituição previa a eleição de uma Assembleia Geral (composta do Senado e da Câmara dos Deputados) para a nomeação de três regentes, que formariam a Regência Trina Provisória, até que se decidisse com mais cautela a nomeação da Regência Trina Permanente, o que ocorreu em junho de 1831, tendo sido escolhidos dois civis e um militar que não exerceriam o Poder Moderador.

 

Ø  Para facilitar a organização das anotações pelos alunos, projete em slides tópicos como os seguintes:

 

·    A fato de que os regentes eram eleitos e cumpriam mandatos temporários, aspecto que levou o arranjo a ser chamado de “experiência republicana”;

·    A divisão política entre a elite, resultando na formação de três grupos políticos o dos liberais moderados, que reunia a aristocracia agrária, defensora da monarquia constitucional, com limites ao poder imperial (representados por nomes como Diogo Antonio Feijó e Evaristo da Veiga), o dos liberais exaltados, cujos membros pertenciam às camadas médias urbanas, militares e proprietários rurais, defensores da autonomia política e econômica provincial, do voto para todos os homens livres e da extinção do Poder Moderador (grupo do qual participavam lideranças como Cipriano Barata e Borges da Fonseca), e o dos restauradores, grandes comerciantes portugueses e funcionários do governo que clamavam pelo retorno de D. Pedro I ao trono imperial;

·    A ocorrência de movimentos separatistas em várias províncias e os temores da elite em relação à possibilidade de fragmentação territorial e do fim da ordem escravocrata;

·    A criação da Guarda Nacional, milícia civil armada (composta de homens entre 21 e 60 anos dotados de requisitos censitários) cuja função era manter a “ordem”, contendo revoltas, resistência de escravizados e danos ao patrimônio;

·    A criação do Código de Processo Criminal, tipificando crimes, estabelecendo punições, garantindo a possibilidade de defesa do acusado, porém diferenciando penas para homens livres daquelas impostas a escravizados, bem como a atribuição de poderes aos juízes de paz locais, que podiam prender e julgar acusados.

 

Ø  Aborde também as modificações que a Constituição de 1824 sofreu a partir do estabelecimento do Ato Adicional de 1834, medida que visava conciliar os interesses dos liberais moderados e dos liberais exaltados. Destaque para os alunos:

 

·    A extinção do Conselho de Estado, que era controlado pelo imperador;

·    A criação das assembleias legislativas provinciais, que conferiam mais autonomia legislativa às províncias e poder para nomear funcionários locais (medida tomada para agradar os setores federalistas);

·    A substituição da Regência Trina pela Regência Una, com o regente sendo eleito por voto secreto para um mandato de quatro anos;

·    A criação do município neutro do Rio de Janeiro, separado da província de mesmo nome, para sediar o governo.

 

Ø  Ressalte, contudo, o fato de que o Ato Adicional não alterou as condições de vida de pessoas livres e pobres e escravizados.

 

Ø  Em seguida, destaque a recomposição política da elite com a morte de D. Pedro I em 1834 – os moderados e exaltados se uniram no lado liberal contra os conservadores, antes chamados de restauradores – e a eleição do liberal Feijó para a Regência Una, em 1835.

 

Ø  Prossiga, projetando em transparência ou slide um mapa mental para apresentar a regência una de Feijó. De uma ilustração ou gravura de Feijó, facilmente encontrada na internet, disposta no centro, puxe setas com destaque para os itens sugeridos a seguir:

 

·    A tensão política sob a qual Feijó assumiu o governo, marcada por revoltas populares e ideias separatistas em diferentes pontos do território brasileiro;

 

·    As diversas reivindicações envolvidas nas revoltas regenciais mais autonomia política provincial, mais vantagens comerciais locais contra o domínio de comerciantes portugueses, pautas da elite agrária e das camadas médias urbanas, a luta dos escravizados pela abolição e a reivindicação de melhores condições de vida para homens livres e pobres;

 

·    As revoltas como expressão de um país repleto de diversidade étnica, social, econômica, cultural e geográfica, fatores que entravam em choque com as ideias de Estado nacional e identidade brasileira.

 

Ø  Projete para a turma um mapa do Brasil na época com o intuito de identificar as porções do território em que se sucediam levantes, procurando compará-lo ao mapa do Brasil atual.

 

 

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Ø  Utilização os conteúdos do capítulo 10  REGÊNCIAS : A UNIDADE AMEAÇADA das páginas 152 a 168 do livro didático para explanação dos temas e realização das atividades das páginas 169 a 172.

 

·         (5ª AULA):

Ø    Apreciação do vídeo sobre a Revolta dos Malês e a resistência negra na Bahia, a partir do seguinte link, e produção de texto-relatório sobre o conteúdo e socialização para a turma:

 

https://youtu.be/RVRrIrvTNs4

·         (6ª AULA):

Ø  Solicitação de pesquisa sobre o tema Cultura afro-brasileira e produção de vídeos, paródias, poemas, textos dissertativos, cartazes, a partir dos seguintes subtemas:

·         A cultura manifestada por meio da religiosidade, das danças e festividades e como estratégia de resistência entre a população de escravizados e ex-escravizados no Brasil imperial;

·         A capoeira, o jongo, a Folia de Reis e as congadas;

·         A repressão das autoridades à cultura afro-brasileira, associada à vadiagem e à violência urbana.

 

Ø  Apresentação dos trabalhos nas aulas seguintes.

 

OBS: O vídeo estará disponível no e-mail da turma.

RECURSOS: (    ) Resumo( x  ) Data show;(  ) Jornal;(  ) Revista;(   ) Vídeo;(  ) Computador;(  ) Jogos;(    ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades.  ;(     ) Informativos.

AVALIAÇÃO: (  ) Prova; ( x ) Trabalho; (   )Resolução de Exercícios/Livro páginas (     ); (    ) Seminários; (     ) Apresentação oral; (   x  ) Observação do desempenho do aluno;(     )  cartaz;

(    ) Debate; (   ) Relatórios; (  ) Avaliação escrita; (  x  ) Avaliação da participação.

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