6º ANO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2020
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Unidade Temática:
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Objetos de Conhecimento: Tecnologia; História
e Evolução; O que a História estuda?;Tempo.
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Ano/Série: 6º
ano Período: 17/02 a 06/03/2020
Nº de Aulas: 06
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Tema Integrador:
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Ciência e Tecnologia
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Habilidades:
(EF06HI01)
Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de
periodização dos processos históricos (continuidades e rupturas). Formas de
registro da história e da produção do conhecimento histórico
(EF06HI02)
Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado
das fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e
épocas distintas.
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Competência Geral:
5 – Compreender, utilizar e
criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
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Competência Específica de História:
3- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
preposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos
específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
1-
Em que ano você nasceu?
2-
Você sabe em que ano estamos?
3-
Quantos anos se passaram do ano que você nasceu até o ano que estamos
agora?
4-
Quantos anos você tem agora?
5-
Você se recorda de algum acontecimento da sua infância em que você
ficou muito feliz? Você se lembra quantos anos você tinha?
6-
Você se lembra com quantos anos você foi para escola pela primeira vez?
7-
Como você imagina como o tempo seja?
8-
Faça um desenho representando a passagem do tempo.
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2ª
Momento: (3ª e 4ª aulas)
·
Para que vocês acham que serve a tecnologia?
·
Quem costuma fazer uso de tecnologias?
·
O que é tecnologia para você?
·
Você faz uso de tecnologias? Quais?
·
Vocês conhecem algum museu?
·
Para que vocês acham que serve?
·
O que poderia ter dentro de um museu?
·
Já visitaram? Como era?
Ø
Como esse momento de visitação e analise ficará para as próximas aulas,
os alunos poderão recolher os objetos da sala e guardá-los em local seguro da
escola.
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3ª Momento: (5ª e 6ª aulas)
1- Como funcionaria?
2- Qual a seria sua utilidade?
3- Ainda existem atualmente?
4- Sofreram alguma alteração? Se sim,
como estaria sua versão atual?
5- Para encerrar a visita, entregue
para cada grupo um cartão informando a função de cada objeto (modelos em
anexo)
6- Converse com os alunos sobre a
experiência que tiveram:
7- As tecnologias analisadas são
encontradas facilmente hoje em dia? Por quê?
8- Vocês já conheciam aqueles objetos?
9- É possível que algumas pessoas
ainda façam uso de algum deles. Continue a conversa:
10- Vocês imaginariam que esses objetos
antigos seriam tecnologias? Por quê?
11- Ainda tem a mesma visão sobre tecnologias?
Ø Espera-se que até aqui os alunos já
tenham percebido que tecnologia implica em necessidades, muitas vezes vão se
adequando de acordo com as demandas, resultando em uma modernização até então
necessária. Continue a conversa:
12- Podemos acrescentar aparelhos
tecnológicos ao nosso museu? Por quê?
Ø É possível que essa pergunta
resulte em conflitos de opiniões, pois muitos podem dizer que museu são
apenas para coisas antigas. Converse com os alunos, e aos poucos tente
desconstruir essa visão.
1- Como nossa aula começou?
2- O que já sabíamos sobre o que
estudamos?
3- O que aprendemos de novo?
Ø Essa é uma forma de retomar o que
aprendemos, pensando no caminho que percorremos ao longo do processo.
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OBS: Modelo de cartão e desenhos estão
em outro arquivo para impressão.
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RECURSOS: ( ) Resumo( x
) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( ) Vídeo;( ) Computador;( ) Jogos;
( ) Livro didático para ajudar nas resoluções
das atividades. ;( ) Informativos.
AVALIAÇÃO: ( )
Prova; ( x ) Trabalho; ( )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( );
( ) Seminários;
( ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;(
) cartaz;
( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x )
Avaliação da participação;
Anexos:
Você sabe o que é um museu?
O museu é uma casa de criação onde se
preserva a memória de uma cidade, de um país, de uma pessoa, enfim é o lugar de
histórias interessantes que nos faz viajar no tempo. Mas, apesar de contar
histórias que já aconteceram, o Museu é o lugar para pensarmos o presente e
refletirmos sobre o nosso tempo. Quando visitamos um museu podemos pensar, por
exemplo, na mudança dos objetos. Imaginem como o processo da escrita foi se
modificando ao longo da história, desde a invenção do papel até a criação do
computador... Pensem, também na evolução urbana, como viviam nossos
antepassados? E hoje, como vivemos? Já imaginaram se um homem pré-histórico
viesse nos visitar? Com certeza ele iria estranhar os enormes prédios
existentes pela cidade, os túneis, as pontes, o metrô enfim, os vários
elementos que constituem uma cidade moderna.
Em todo o mundo existem museus e eles
recebem diferentes nomes, que variam em função do tipo de coleção que eles
apresentam.
Assim, temos os museus históricos, os
museus de ciências, os museus de arte, os ecomuseus, as cidades museus, e, como
o museu não deixa de acompanhar a mudança dos tempos, temos, também, os museus
virtuais.
Você imaginava que os museus poderiam
ser tão diversificados e tão cheios de novidades?
No museu sempre descobriremos coisas
novas, pois o museu é um lugar de descobertas!
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2020
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Unidade Temática:
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Objetos de Conhecimento: Tecnologia; História
e Evolução;
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Ano/Série: 7º
ano Período: 17/02 a 06/03/2020 Nº de Aulas: 06
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Tema Integrador:
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Ciência e Tecnologia
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Habilidades:
(EF07HI01)
Explicar o significado de “modernidade” e suas lógicas de inclusão e
exclusão, com base em uma concepção europeia.
(EF07HI02)
Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da
Europa, da África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a
complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico e
Pacífico.
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Competência Geral:
5 – Compreender, utilizar e
criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
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Competência Específica de História:
3- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
preposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos
específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
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Inicialmente, faremos uma exposição dialogada para
levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos acerca das seguintes
questões:
1- O que você entende por tecnologia? 2- Quais tecnologias você tem acesso ou conhece? 3- Quais tecnologias eram utilizadas antigamente e não são mais usadas nos dias atuais?
4- Quais tecnologias
são usadas para facilitar a vida das pessoas?
5- Por que será que nem todas as pessoas da sociedade não têm acesso a essas tecnologias?
6- Como você acredita eu seja usada as tecnologia nas
aldeias indígenas?
·
Após leitura do texto, solicite aos alunos que comparem suas respostas
sobre tecnologias com as informações que o texto nos trouxe – A ideia é que
os alunos percebam o que conheciam, o que não conheciam e o que aprenderam de
novo, sobre a tecnologia – Sugere-se que seja feita de forma socializada–
Finalize esse momento explanando a respeito de como a tecnologia transformou
diferentes sociedades ao longo dos tempos e como cada povo, cada cultura tem
suas formas especificas de lidar com os avanços tecnológicos.
·
Inicie esse momento relembrando o que foi trabalhado na aula anterior –
Relembre sobre tecnologias e sociedades, enfatizando a relação indígena
(nosso povo primitivo) com as tecnologias – Após explanações, em grupo de
(05), sugere-se a leitura do texto (fragmentado): Tecnologias indígenas;
esplendor e captura (em anexo) – Após leitura inicie uma discussão a respeito
das tecnologias usadas pelos povos indígenas do século XVI e quais
tecnologias os europeus trouxeram nesse mesmo período
·
Para as aulas seguintes solicite aos grupos (já formados anteriormente)
pesquisa para apresentação dos seguintes tópicos:
G1 – Tecnologias que transformaram as sociedades ao longo
dos tempos;
G2 – Escambo (demonstrar quais técnicas utilizadas na
atualidade pelos indígenas);
G3 – Tecnologia Urbana e Tecnologia das Aldeias –
Diferenças e Semelhanças;
G4 - Tecnologia e era digital;
G5 – O que é ser digital? O homem indígena está inserido na
era digital? (Nessa atividade de pesquisa é possível avaliar a
responsabilidade e o interesse no conteúdo trabalhado).
Ø Oriente a turma
sobre como pesquisar na internet. Disponibilizem sites confiáveis. Se
necessário utilize um tempo da aula para orientações a esse respeito.
(sugestão de orientação em anexo)
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2ª
Momento: (3ª e 4ª aulas)
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Esse momento será usado para
conclusão de toda proposta de pesquisa e apresentação.
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3ª Momento: (5ª e 6ª aulas)
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Neste momento sugere-se discutir, planejar a elaborar
uma MOSTRA TECNOLÓGICA na escola. 02 grupos pesquisarão na internet e em
livros didáticos e paradidáticos, em revistas, jornais e outros materiais
imagens, textos, reportagens que falem sobre as diferentes tecnologias já
inventadas pelo homem. Toda essa coletânea de material deverá ser pesquisada
e trazida para a sala de aula com vistas à criação de painéis, murais etc. 03
grupos ficarão responsáveis em coletar objetos interessantes que fizeram
parte do cotidiano das pessoas e que hoje estão obsoletos (máquinas
datilográficas, discos em vinil, LP’s, videocassetes, disquetes, etc). Podem
também trazer objetos mostrando sua evolução (por exemplo: telefones fixos de
vários modelos, celulares antigos e modernos, com câmera, com tecnologia 3G,
etc) e vídeos baixados da internet. Organize para que a feira aconteça no
ultimo dia da sequência e no intervalo para não atrapalhar a dinâmica das
aulas na escola.
1- Como nossa aula começou?
2- O que já sabíamos sobre o que
estudamos?
3- O que aprendemos de novo?
Ø Essa é uma forma de retomar o que
aprendemos, pensando no caminho que percorremos ao longo do processo.
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OBS:
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RECURSOS: ( ) Resumo( x
) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( ) Vídeo;( ) Computador;( ) Jogos;
( ) Livro didático para ajudar nas resoluções
das atividades. ;( ) Informativos.
AVALIAÇÃO: ( ) Prova; ( x
) Trabalho; ( )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( );
( ) Seminários; ( )
Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( )
cartaz;
( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x )
Avaliação da participação;
Anexos:
O que é Tecnologia
Tecnologia é
um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto
de instrumentos, métodos e técnicas que visam a
resolução de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em
diversas áreas de pesquisa.
A palavra
tecnologia tem origem no grego "tekhne" que signfica "técnica,
arte, ofício" juntamente com o sufixo "logia" que significa
"estudo".
As tecnologias
primitivas ou clássicas envolvem a descoberta do fogo, a invenção da roda, a
escrita, dentre outras. As tecnologias medievais englobam invenções como a
prensa móvel, tecnologias militares com a criação de armas ou as tecnologias
das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. As invenções
tecnológicas da Revolução Industrial (século XVIII) provocaram profundas
transformações no processo produtivo.
A partir do
século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da
evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da
internet e ainda, as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de
Energia Nuclear, Nanotecnologia, Biotecnologia, etc. Atualmente, a alta
tecnologia, ou seja, a tecnologia mais avançada é conhecida
como tecnologia de ponta.
As novas
tecnologias são fruto do desenvolvimento tecnológico alcançado pelo ser humano
e têm um papel fundamental no âmbito da inovação.
Os avanços da
tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo, a
tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor nível de vida ao Homem.
Como fatores negativos, surgem questões sociais preocupantes como o desemprego,
devido a substituição do Homem pela máquina ou a poluição ambiental que exige
um contínuo e rigoroso controle.
Tecnologia
Indígena; Esplendor e Captura
Quando as
primeiras caravelas vindas da Europa atracaram em terras americanas, elas
traziam a bordo o que havia de mais moderno e avançado, a tecnologia mais
desenvolvida da época: naves planejadas e construídas para vencer os oceanos,
instrumentos de navegação, mapas, armamentos. E o pensamento desbravador e
explorador das grandes potências da época, dos senhores supremos, donos de
terras, mares e gentes, com mandato divino para aniquilar ou dominar tudo que
não fosse à sua semelhança.
Encontraram
aqui povos que viviam de maneira oposta, com a tecnologia mais
avançada e adaptada às suas necessidades. E esse conhecimento acumulado ao
longo de milhares de anos foi fundamental para que os estrangeiros conseguissem
aqui permanecer e iniciar seu plano de ocupação e exploração dos
novos territórios.
Da mesma forma,
em pleno século 21, as frentes de contato de povos isolados continuam chegando a lugares remotos com o
que há de mais moderno e avançado: helicópteros, computadores, celulares
conectados a satélites, GPSs, o modelo mais moderno de sleeping bag, de repelente,
lanterna, roupas com proteção solar.
E, como há cinco
séculos, o que se encontra dentro das florestas remotas é conhecimento,
sabedoria, sustentabilidade. Arquitetura, engenharia, astronomia,
biotecnologia, agricultura, medicina, ciência política, estratégias de guerra,
filosofia, espiritualidade, arte.
Cada um
dos povos originários que aqui viviam e ainda vivem tem uma
forma particular de entender e ocupar o mundo, um idioma, uma história própria,
relações comerciais, sociais e políticas e, até há pouco tempo, uma grande
movimentação pelos continentes.
Esses povos considerados
primitivos domesticaram centenas de plantas selvagens para produzir alimentos,
fazendo cruzamentos e aprimorando sementes até atingir a perfeição. O milho,
originário de uma gramínea, foi aprimorando em dezenas de diferentes espécies,
de cores e sabores diversos, com as mais variadas formas de processamento, e se
transformou no alimento mais cultivado e apreciado em todas as Américas,
chegando à Europa somente após o retorno dos primeiros exploradores
no século XV. Assim como as dezenas de espécies de mandioca, o cacau, o
feijão, o tomate, e principalmente as batatas – dezenas de variedades
cultivadas no Peru e Bolívia e que dali se expandiram para
todo o mundo.
A fartura de
alimentos cultivados com técnicas especificas em cada ecossistema e
por cada um dos povos, além de frutas nativas e castanhas, surpreenderam os
colonizadores — que rapidamente se apropriaram dessa riqueza, usufruindo desse
conhecimento milenar.
E não vou nem me
atrever a falar sobre as grandes culturas e
sociedades Olmeca, Tolteca, Asteca, Maia, Inca, com seu esplendor e riqueza material, totalmente
subjugadas pelos espanhóis. Quero focar a conversa nos povos que venceram os
séculos de ocupação e massacres e ainda vivem hoje, nossos
contemporâneos em tempos tão difíceis de intolerância à diversidade.
Grande parte dos
medicamentos que chegam às farmácias têm origem no conhecimento tradicional
de plantas originárias das matas, cerrado, caatinga.
Ervas, raízes, flores, frutos, seivas, cascas de árvores, uma infinidade de
plantas usadas na cura, proteção e no fortalecimento do corpo pelos povos
indígenas. Muito desse conhecimento é hoje explorado comercialmente por grandes
laboratórios sem nenhum tipo de reconhecimento aos povos que descobriram seus
princípios e usos. Seu Casemiro, um ancião do povo Tukano, do Alto Rio Negro(AM), quando perguntado por
um pesquisador sobre o uso de determinada planta medicinal, se recusou a
responder. Disse que “durante muito tempo esse conhecimento foi entregue
generosamente aos estrangeiros porque o povo indígena acreditava que assim estava colaborando
para a cura de muita gente”. Mas que agora, quando seu povo precisava de um
medicamento, “não tem como pagar tão caro para uma empresa de fora que
transformou a cura em negócio”. Essa questão é complexa e mobiliza instituições
e governos com grande interesse no assunto, mas o “Direito de Patente,
Biodiversidade e Conhecimento Tradicional”, com o reconhecimento dos povos originários, enfrenta, como sempre, o grande poder
econômico.
Esse
conhecimento da medicina tradicional vai além do uso das plantas, envolve
banhos, sangrias, massagens, envolve a intervenção de pajés e homens de poder
que fazem a intermediação com o mundo dos espíritos. Há alguns anos, morreu num
hospital de Brasília o querido Tio Raimundo, Serezabdi Xavante, com mais de 85 anos. Era jovem quando
os warazu, os estrangeiros, chegaram à sua aldeia no final de década de
1940. Era sábio, guerreiro e caçador dos mais elogiados e tinha um grande
conhecimento sobre cura usando as plantas do cerrado. Eu estava na aldeia
quando uma menina de uns oito anos foi mordida por uma cobra jararaca. Ele foi
chamado. Já era bem idoso, se movia com dificuldade, mas foi para o mato e
regressou com uma batatinha.
Ralou o liquido
branco e deu numa cuia para a menina tomar. Usou a massa da batata para fazer
um curativo sobre a mordida. Fez sua reza enquanto a família da menina chorava
o choro cerimonial. Ele ficou ao lado da menina, cuidando, o resto do dia e da
noite. Meu coração apertado fazia um esforço para se acalmar e confiar que tudo
ficaria bem, mas confesso que queria levar a menina de carro para a cidade para
que tomasse soro. Todos ali tinham plena confiança, apesar da dor e da
angústia. No dia seguinte a menina estava bem e já se movimentava pela casa,
mancando com o pé ainda inchado. Para a tuberculose, que o pegou de jeito, Tio Raimundo não
conhecia a cura. As doenças que chegaram com o warazu continuam
tirando a vida de velhos, jovens e crianças nas aldeias. E esse conhecimento
tradicional, desacreditado e desrespeitado pelos profissionais de saúde
responsáveis pelo atendimento às aldeias, vai sendo substituído pelos
comprimidos e injeções, por medicamentos que, quando estão disponíveis para
essa população, sempre têm efeitos colaterais.
Enquanto isso, a
diversidade da nossa flora vai ao chão para abrir espaço ao agronegócio. A própria configuração atual
da floresta ou do cerrado, tão diversa, é fruto da presença e da
ação dos povos indígenas. Sobrevoando a floresta amazônica num
pequeno avião monomotor, entre Boa Vista, a capital de Roraima e
a aldeia Demini, meu companheiro de viagem, o grande líder Davi Kopenawa Yanomami me mostrava, lá embaixo, aldeias
antigas e trilhas percorridas pelo povo Yanomami. Mesmo voando a baixa altitude, eu via apenas a
floresta, um tapete verde maravilhoso, mas uniforme. Ele, muito paciente,
tentava me fazer enxergar além. E como naqueles jogos de ilusão ótica, de
repente, eu consegui enxergar claramente o que meu mestre tentava me fazer ver.
Sim, o formato
circular da aldeia estava ali, impresso na mata, as trilhas apareciam claras,
serpenteando até o rio ou se distanciando. A vegetação nesses lugares era
outra, árvores frutíferas, palmeiras, um pomar e jardim construídos ao longo de
centenas de anos de ocupação. Pois o povo semeia seus alimentos preferidos em
torno da aldeia, as árvores de que necessita ao longo dos caminhos. As sementes
do que se come, andando na mata, ficam ali, se desenvolvem, se tornam novas
árvores que vão alimentar nos trajetos as futuras gerações. É assim também no
cerrado. O povo Xavante sabe para onde ir caçar quando tem vontade
de comer anta, pois conhece os hábitos desse animal, sabe onde estão as frutas
que ele mais gosta. E dessa maneira, criando as condições para que
o cerrado se mantenha, diverso e rico, esse povo caçador pode
garantir o sustento da família com a carne mais apreciada.
Logo depois da
retomada de um extenso território que havia sido ocupado por fazendas de arroz
e gado, na década de 1970, os anciãos Xavante do território
de Pimentel Barbosa se preocuparam em recuperar aquela área de cerrado, totalmente devastado. Procuraram ajuda fora da
aldeia, pois tinham pressa e acreditavam que a tecnologia tradicional não daria
conta da recuperação daquele lugar tão árido e sem vida. Pesquisadores
da Embrapa foram consultados e eles também, naquela época, estavam às
voltas com a dificuldade de germinação de muitas espécies
do cerrado para produção de mudas. Foram esses cientistas Xavante que esclareceram os mistérios da germinação de
cada uma das sementes. Eles tinham o conhecimento para quebrar a dormência. O
fogo era fundamental para muitas; para outras, o caminho para despertar passava
pelo sistema digestivo dos animais silvestres. “Essa planta nasce depois que
fazemos a caçada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga a
semente, aquela precisa ser comida pelo lobo.” Aliando os conhecimentos dos
cientistas da aldeia e da cidade, essa área do cerrado foi recuperada
totalmente. É um lugar vivo, que irradia alegria para o povo Xavante,
alimentando as novas gerações.
Da mesma forma,
os povos que vivem à margem dos grandes rios dominam o conhecimento sobre o
fantástico mundo das águas. Conhecem cada espécie de peixes e animais
aquáticos, seus hábitos e necessidades. Sabem como manter o equilíbrio dos rios
e lagos, preservando a água e o alimento. Sabem fazer canoas, leves e ágeis,
capazes de navegar em igarapés rasos e enfrentar os grandes rios. Tecnologias
desenvolvidas ao longo de milhares de anos, a partir de pesquisas e tentativas
até encontrar a árvore perfeita, o instrumento perfeito, o uso do fogo ou da
água para moldar a madeira. Cada povo tem sua forma de construir canoas, cada
uma tem características próprias.
Da mesma forma a
arquitetura de cada um desses povos é completamente diferente e totalmente
adaptada às necessidades da comunidade. O que elas têm em comum é a beleza, a
funcionalidade, a capacidade de reter o calor nas noites frias e manter o
frescor nos dias quentes, de ser arejada e permitir a saída da fumaça das fogueiras.
Cada casa indígena traz a marca desse conhecimento e sabedoria, da pesquisa,
aprimoramento e transmissão da tecnologia para as gerações futuras. Difícil
imaginar como os povos do alto Xingu construíam suas casas magníficas
quando ainda não conheciam o machado ou a motosserra, quando não havia trator
ou caminhonetes para transportar a madeira. Os esteios principais da casa são
troncos de mais de 8 metros de altura, a madeira que sustenta a cumeeira pode
ter 20 metros. O planejamento e execução de tão complexa obra envolve muitas
etapas: a localização do material, o corte, o transporte de grandes troncos, de
ripas e cipós para amarração, de sapé para a cobertura. Tarefa de toda a
família extensa que vai ocupar a casa, trabalho de meses. Da mesma forma, é
impactante ver uma casa Yanomami, com o pátio central aberto para o céu, enquanto as
paredes laterais descem até o chão, fechando um circulo perfeito que acomoda
dezenas de famílias nos espaços laterais. Em meio à floresta fechada, a única
grande casa chamada Xabono protege toda a aldeia.
E os povos que
vivem à beira de grandes rios fazem suas casas sobre longas pernas, fincadas no
chão dos barrancos. As palafitas, com esteios e assoalho de palmeira paxeuba,
são leves, abertas para o mundo, pousam como pássaros sobre a floresta, com a
vista para o rio, mesmo nas cheias protegem seu povo.
Ailton Krenak definiu assim uma casa indígena: “Nossas
casas são assim, como nosso corpo: os troncos, como a coluna vertebral, dão a
sustentação; as varas, como as costelas, protegem o coração. As folhas, como
nossa pele, abrigam do frio e do calor”.
E a rede de
dormir? Tem invenção mais gostosa e aconchegante? Um jeito amoroso de envolver
o corpo para que o espírito descanse, para que os sonhos iluminem o pensamento
e desvendem os mistérios.
Acima da cabeça,
orientando a vida, está o céu, com suas constelações, com seu movimento que os
povos conhecem e dão nome, que regulam o tempo de plantar e colher, de caçar e
pescar, de fazer as cerimônias, o local e a direção da construção da casa. E
como o movimento do céu, o tempo é circular, se repete nos ciclos, respeita o
fluxo da natureza. Uma relação de conhecimento e parceria, de pertencimento e
respeito.
E ainda hoje,
toda essa tecnologia e conhecimento são invisíveis aos olhos da “sociedade
nacional”, àqueles que pensam que sua tecnologia é a única e verdadeira, o povo
das mercadorias, como diz Davi Yanomami.
A nossa tecnologia
“branca ocidental” seguiu um caminho de transformação dos recursos
naturais em coisas, cada vez mais complexas, brilhantes, mirabolantes.
Coisas que ficam para sempre, mesmo quando já não funcionam mais, viram lixo
que vai se acumulando e pesando sobre o planeta. Nós nos orgulhamos dos prédios
cada vez mais altos, dos carros cada vez maiores, dos computadores cada vez
menores e mais inteligentes, enquanto nossa memória, sem se exercitar, fica
mais fraca e esquecida, enquanto nosso corpo se modifica de acordo com as
exigências do mercado e se distancia da natureza, interna e externa.
Chegamos às
aldeias com modelos de arquitetura em alvenaria para as escolas, com as
motocicletas que transformam os corpos indígenas em sedentários dependentes de
combustível, com alimentos enlatados e empacotados que causam doenças.
Negamos o
conhecimento tradicional e a beleza dessas culturas porque assim podemos
convencê-los de que são menos, são ignorantes e incapazes, são indolentes e
arcaicos, homens das cavernas ou animais. E assim nos damos o direito de
tirar-lhes a vida, o território, a crença, a alma, a alegria de viver. Porque
somos superiores, sabemos como desenvolver este país e eles estão atrapalhando
o nosso caminho. Estão sentados sobre a riqueza dos minerais mais preciosos, de
terras agriculturáveis, de rios que podem se transformar em barragem ou esgoto.
Com sua
sabedoria, Davi Kopenawa Yanomami desde a década de 1980 fala que
os nape, os “brancos”, estão liberando veneno de dentro da terra e esse
veneno sobe como fumaça, causando feridas na pele do céu. Essas feridas abrem
buracos por onde o sol vai penetrar e queimar a terra e tudo que está vivo
sobre ela. O céu, doente, um dia vai cair e acabar com o mundo.
Os Yanomami, que em seus mitos relatam uma primeira queda do céu, sabem
bem do que estão falando. Está na hora ouvirmos esses povos, de reconhecermos
a sabedoria indígena, aprendermos com eles a cuidar do planeta,
antes que seja tarde demais.
8º ANO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2020
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Unidade Temática:
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Objetos de Conhecimento: Tecnologia; História
e Evolução; Iluminismo.
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Ano/Série: 8º
ano Período: 17/02 a 06/03/2020 Nº de Aulas: 06
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Tema Integrador:
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Ciência e Tecnologia
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Habilidades:
(EF08HI01)
Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo
e discutir a relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo.
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Competência Geral:
5 – Compreender, utilizar e
criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
·
Competência Específica de História:
3- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
preposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos
específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
1ª Momento: ( 1ª e 2ª aula) – Para
quebra-gelo inicie a aula escrevendo a palavra meme no quadro e solicite que os alunos definam
o que é. Após respostas socializadas, solicite que os alunos criem um meme
sobre o primeiro dia de aulas deles. A criação pode ser da forma escolhida
pelo aluno (desenho, trecho de musica, etc.) Peça que alguns alunos expliquem
o meme para a turma. Na medida em que eles forem descrevendo atue como um
mediador auxiliando-os na interpretação.
Após sugere-se
algumas perguntas dirigidas a respeito do objeto trabalhado, como forma de
sondagem dos conhecimentos prévios:
1- O meme existe “desde sempre”?
2- Por que ele é
engraçado?
3- O meme pode ser considerado uma forma de comunicação?
4- É mais fácil nos comunicarmos e nos informarmos hoje
em dia por conta da internet?
5- No uso da internet, como saber diferenciar sites
que trazem informações confiáveis daqueles que não trazem?
6- Em média quanto tempo uma pessoa fica na internet?
7- Como os avós de
vocês, sem internet, faziam para se
informar, se comunicar? Será que eles gastavam mais tempo para fazer os trabalhos escolares do que nós?
8- Você sabe o que é
uma enciclopédia? Sabe como estão
representadas hoje em dia?
9- Já navegou por uma
enciclopédia digital? Qual?
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2ª
Momento: (3ª e 4ª aulas)
Ø
Espera-se que, neste momento as pesquisas desenvolvidas já estejam em
mãos. Solicite que os três gruposda linha do tempo apresentem primeiro. Organize a turma para que todos possam acompanhar
as apresentações do tema proposto. Incentive os questionamentos e discussões
para dinamizar as apresentações.
Ø
Após apresentação dos trabalhos dos 03 grupo antes de iniciar o 4º grupo,
propõe-se a exibição do vídeo da Rede Globo para combater as fakes news disponivel em:
Ø
Inicie a apresentação do grupo e incentive o debate, as discussões ao
decorrer da apresentação
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3ª Momento: (5ª e 6ª aulas)
Ø Esse momento será usado para conclusão de toda proposta de pesquisa e apresentação da aula anterior, caso necessário.
·
Neste momento sugere-se discutir, planejar a elaborar
uma MOSTRA TECNOLÓGICA na escola. 02 grupos pesquisarão na internet e em
livros didáticos e paradidáticos, em revistas, jornais e outros materiais
imagens, textos, reportagens que falem sobre as diferentes tecnologias já
inventadas pelo homem. Toda essa coletânea de material deverá ser pesquisada
e trazida para a sala de aula com vistas à criação de painéis, murais etc. 02
grupos ficarão responsáveis em coletar objetos interessantes que fizeram
parte do cotidiano das pessoas e que hoje estão obsoletos (máquinas
datilográficas, discos em vinil, LP’s, videocassetes, disquetes, etc). Podem
também trazer objetos mostrando sua evolução (por exemplo: telefones fixos de
vários modelos, celulares antigos e modernos, com câmera, com tecnologia 3G,
etc) e vídeos baixados da internet. Organize para que a feira aconteça no
ultimo dia da sequência e no intervalo para não atrapalhar a dinâmica das
aulas na escola.
1- Como nossa aula começou?
2- O que já sabíamos sobre o que
estudamos?
3- O que aprendemos de novo?
Ø Essa é uma forma de retomar o que
aprendemos, pensando no caminho que percorremos ao longo do processo.
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OBS: O vídeo estará disponível no
e-mail da turma.
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RECURSOS: ( ) Resumo( x
) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( ) Vídeo;( ) Computador;( ) Jogos;
( ) Livro didático para ajudar nas resoluções
das atividades. ;( ) Informativos.
AVALIAÇÃO: ( ) Prova; ( x
) Trabalho; ( )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( );
( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;(
) cartaz;
( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x )
Avaliação da participação;
Anexos:
O Iluminismo e o
Conhecimento
O Iluminismo é
um movimento intelectual e cultural que se inicia a partir da segunda metade do
século XVIII, também referimos a esse movimento como “Século das Luzes”,
“Ilustração” ou “Esclarecimento”. Por esses termos já podemos entender que os
representantes desse movimento queriam combater o obscurantismo, a ignorância e
o despotismo. Além disso, queriam divulgar o conhecimento científico a fim de,
por meio dele, possibilitar o progresso humano. No entanto, o progresso humano
também possibilitaria o desenvolvimento da ciência, ou seja, quanto mais o
homem conhece a ciência, mais progride intelectualmente e é capaz de fazer a
ciência ir além.
O progresso
humano não era entendido apenas pelo viés da ciência, também era expresso pelo
desenvolvimento literário, teórico, prático (no sentido de que o progresso
também deveria ocorrer em questões políticas e morais) e artístico. Percebemos,
então, que o Iluminismo foi um movimento cultural abrangente e não uma doutrina
filosófica específica. As ideias e valores compartilhados, principalmente no
que se refere à confiança na capacidade da razão humana, eram expressos de
forma diferente e adquiriam características próprias a depender do país e do
contexto sócio-histórico em que se inseriam.
Para o
Iluminismo, todos os homens são igualmente dotados de uma luz
natural que torna todos capazes de aprender. Pela educação, pela ciência e
pela filosofia, os homens desenvolveriam sua capacidade mais fundamental, ou
seja, eram instrumentos da consciência individual autônoma contra a ignorância.
Os estudos do ser humano e da história são a prioridade pois, por meio de
ambos, poderiam colocar em perspectiva aquilo que não deu certo no passado em
relação às necessidades de todos na sociedade.
Rondônia manda recolher Macunaíma e outros 42 livros – e recua
Memorando da Secretaria de Educação
alegava que as obras tinham “conteúdos inadequados às crianças e
adolescentes"
REPRODUÇÃO
06/02/2020 19:39,ATUALIZADO 06/02/2020
20:04
Ogoverno
de Rondônia ordenou nesta quinta-feira
(06/02/2020) o recolhimento de dezenas de livros das bibliotecas das escolas,
entre eles clássicos da literatura brasileira, como Macunaíma (de Mário de Andrade), Agosto
(Rubem Fonseca) e Os Sertões (Euclides da Cunha). A alegação era de que as
obras tinham “conteúdos inadequados às crianças e adolescentes”. O governo
chegou a negar a existência do documento, mas depois passou a alegar que o
secretário de Educação não o assinou.
O
Estado de S. Paulo teve acesso ao memorando no início da tarde, que incluía uma
lista com 43 livros brasileiros que deveriam ser “entregues ao Núcleo do Livro
Didático” da Secretaria Estadual da Educação. O texto estava em nome do
secretário de Educação, Suamy Lacerda de Abreu, mas a assinatura eletrônica no
sistema era da diretora de Educação do órgão, Irany de Oliveira Lima Morais,
terceira na hierarquia da pasta. Irany foi procurada por meio de uma assessora,
mas não retornou o contato. O secretário também não respondeu às ligações.
Professores
e outros funcionários da rede conseguiram acessar o documento, datado de ontem,
no sistema interno do governo, meio pelo qual os comunicados são feitos atualmente.
No entanto, às 14h15, o memorando foi tornado “restrito” e não era mais
possível visualizar seu conteúdo.
Rondônia manda recolher
Macunaíma e outros 42 livros – e recua
1/3
Reprodução
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Reprodução
O
governador de Rondônia é o Coronel Marcos Rocha (PSL),
que já foi chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar do estado e
secretário municipal de Educação da capital, Porto Velho. Professores que
falaram com a reportagem pediram para não terem seus nomes publicados por medo
de perseguição. “As coordenadorias receberam mensagens já pedindo para que os
livros fossem separados porque passariam para recolher”, conta um deles. “O
governo aqui é diretamente ligado à ideia do presidente Bolsonaro, só se fala
em militarização das escolas.” Outros professores disseram que os livros já
haviam sido inclusive colocados em caxias para serem recolhidos, a pedido das
coordenadorias de Educação. A carta do secretário era justamente dirigidas aos
coordenadores regionais.
Integrantes
do governo chegaram a dizer que o documento tratava-se de “fake news”, mas
depois não confirmaram oficialmente essa resposta. A lista de livros incluía
ainda Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e A
Vida como ela é e Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Dezoito livros de
Rubem Fonseca e sete de Carlos Heitor Cony também foram considerados
impróprios, como O Seminarista e Mil e Uma Noites.
9º ANO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2020
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Unidade Temática:
O nascimento
da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
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Objetos de Conhecimento: Tecnologia; História
e Evolução; A Proclamação da República e seus desdobramentos.
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Ano/Série: 9º
ano Período: 17/02 a 06/03/2020 Nº de Aulas: 06
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Tema Integrador:
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Ciência e Tecnologia
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Habilidades:
(EF09HI01)
Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais,
econômicos e políticos da emergência da República no Brasil.
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·
Competência Geral:
5 – Compreender, utilizar e
criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
·
Competência Específica de História:
3- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e preposições
em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos,
recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o
diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
1- O meme existe “desde sempre”?
2- Por que ele é
engraçado?
3- O meme pode ser considerado uma forma de
comunicação?
4- É mais fácil nos comunicarmos e nos informarmos hoje
em dia por conta da internet?
5- No uso da internet, como saber diferenciar sites
que trazem informações confiáveis daqueles que não trazem?
6- Em média quanto tempo uma pessoa fica na internet?
7- Como os avós de
vocês, sem internet, faziam para se
informar, se comunicar? Será que eles gastavam mais tempo para fazer os trabalhos escolares do que nós?
8- Você sabe o que é
uma enciclopédia? Sabe como estão
representadas hoje em dia?
9- Já navegou por uma
enciclopédia digital? Qual?
·
Esta etapa agora, tem a função de introduzir o
tema aos alunos, no caso as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TICS). Apresente as imagens (em anexo) impressas ou projetada e permita que os alunos comentem
livremente as imagens. Depois informe que se tratam de TICS. Peça que digam
quais são as tecnologias de informação e quais são de comunicação. Espera-se
que percebam que o tablet e o computador são tanto tecnologias de informação
como de comunicação, já que por meio deles é possível se comunicar com outras
pessoas usando a internet para acessar redes sociais. Explique que o
surgimento da internet acarretou grandes mudanças, não só na vida em
sociedade, como eles comentaram, mas também em relações políticas, econômicas
e ambientais. Pergunte se sabem quando surgiu a internet. Esta pergunta será
respondida na próxima atividade.
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2ª
Momento: (3ª e 4ª aulas)
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Esse momento será usado para
conclusão de toda proposta de pesquisa e apresentação.
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3ª Momento: (5ª e 6ª aulas)
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Utilize a charge de Angelo Agostine, que faz
referencia a queda da monarquia e o inicio do governo republicano (em anexo)
impressa ou projetada e direcione as seguintes questões:
1-
Sabe como se chama esse tipo de imagem?
2-
Ela pode ser considerada um tipo de meme? Por quê?
3-
O que está acontecendo na cena?
4-
Conhece o personagem que está sendo empurrado?
5-
Que episódio histórico serve de tema?
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Após respostas socializadas esclareça a turma que a
charge faz referencia a Proclamação da Republica, escreva ou imprima um
pequeno resumo sobre o tema (em anexo) – Sugere-se nesse momento esclarecer
do que se trata um governo republicano.
1- Como nossa aula começou?
2- O que já sabíamos sobre o que
estudamos?
3- O que aprendemos de novo?
Ø Essa é uma forma de retomar o que
aprendemos, pensando no caminho que percorremos ao longo do processo.
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OBS:
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RECURSOS: ( ) Resumo( x
) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( ) Vídeo;( ) Computador;( ) Jogos;
( ) Livro didático para ajudar nas resoluções
das atividades. ;( ) Informativos.
AVALIAÇÃO: ( ) Prova; ( x
) Trabalho; ( )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( );
( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;(
) cartaz;
( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x )
Avaliação da participação;
Anexos:
Proclamação da
República Brasileira, causas, liderança, crise da monarquia, movimento
republicano.
A regime
monárquico existiu no Brasil entre os anos de 1822 a 1889. Neste período o país
teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II. Porém, a partir de 1870, o
regime monárquico começou a entrar em crise até ocorrer o advento da República
em 15 de novembro de 1889.
Causas
principais da crise da Monarquia
1-
Crise e desgaste da Monarquia - o sistema monárquico
não correspondia mais aos anseios da população e às necessidades sociais que
estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades econômicas, mais
democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte da população
urbana do país.
2-
Forte interferência de D. Pedro II nas questões
religiosas, que provocou atritos com a Igreja Católica.
3-
Censura imposta pelo regime monárquico aos militares. O
descontentamento dos militares brasileiros também ocorria em função dos rumores
de corrupção existentes na corte.
4-
Classe média e profissionais liberais desejavam mais
liberdade política, por isso muitos aderiram ao movimento republicano, que
defendia o fim da Monarquia e implantação da República.
5-
Falta de apoio da elite agrária ao regime monárquico,
pois seus integrantes queriam mais poder político.
6-
Fortalecimento do movimento republicano, principalmente
nas grandes cidades do Sudeste.
A Proclamação
Na capital
brasileira (cidade do Rio de Janeiro) em 15 de novembro de 1889, o Marechal
Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que derrubou a Monarquia e
instaurou a República Federativa e Presidencialista no Brasil. No mesmo
dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca
assumiu a presidência da República.
Última
revisão: 22/08/201.
Por Jefferson Evandro
Machado Ramos - Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP
(1994).
Charge
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