PAUTA PEDAGÓGICA - 2024

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAMARAJU

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 

DE ITAMARAJU

 

Coordenação do Ensino Fundamental Anos Finais

 

JORNADA PEDAGÓGICA – 2024

TEMA: “A Gestão da sala de aula: Construindo caminhos para a aprendizagem significativa”

 

 

PAUTA:

 

Data: 06/02/2024  

 

HORÁRIO: 8:00h às 11:30h

 

TEMA PARA FORMAÇÃO: “Gestão da sala de aula: estratégias de ensino para a promoção da autonomia, criatividade e protagonismo docente e estudantil perante os desafios educacionais”.

 

 

1º Momento: Acolhida/Oração (8:15 às 8:20h);

 

2º Momento: Dinâmica do ligue os pontos (8:20 ás 8:50 min)

Essa é outra dinâmica para exaltar as habilidades dos professores, mas ela vem com um aprendizado extra.

Através dessa dinâmica, os professores vão conseguir entender como suas melhores qualidades ajudam a lidar com os desafios que a vida da docência traz.

Como aplicar a dinâmica para professores:

Cada professor recebe uma folha com duas colunas e uma canetinha.

Em uma dessas colunas, peça para os professores escreverem suas qualidades como profissional. Exemplo: prestativo, atencioso, etc.

Na outra coluna vão constar as dificuldades que esses professores têm durante as aulas e no seu dia a dia escolar.

A dinâmica consiste em pedir que seus professores liguem os pontos: as qualidades combatem as dificuldades. Mas com um diferencial: todos os professores passam suas folhas para o lado.

Assim, são os seus colegas que vão julgar suas qualidades e relacioná-las com os desafios que todos enfrentam no dia a dia.

 

3º Momento: Estudo de Casos (8:50 às 09:30h)

 

Caso 1: RELAÇÃO ADULTO X ALUNO

 

Autonomia para o aluno e abertura do professor fazem a diferença

Diante de um aluno com lugar cativo na “turma do fundão”, que colecionava advertências, a professora Ana Lúcia Viana tinha poucas alternativas. Todas as soluções comuns para lidar com a indisciplina já haviam sido tomadas e se mostrado ineficazes para contornar um comportamento que tinha o claro objetivo de dominar a classe e atrapalhar a vida do professor, visto como inimigo.

Ana Lúcia era recém-chegada à Escola Estadual Professora Altina Moraes, de Araçatuba (SP), que integrava o grupo de escolas participantes do Programa Superação Jovem, do Instituto Ayrton Senna. No projeto, o professor deixa de ser transmissor de conteúdo e a metodologia é centrada no aluno para ajudá-lo a descobrir paixões, interesses e sonhos. O processo de aprendizagem abre espaço para o posicionamento dos estudantes sem que o professor abra mão de estruturá-lo e servir como referência para mostrar: para onde queremos ir, onde estamos, como estamos indo e quem são os responsáveis por sua condução.

Os professores estimulam e distribuem as falas, a participação e a liderança dos alunos, mas, em uma atividade tradicional como a leitura, o objetivo e a execução das ações são diferentes para cada turma. Por isso, desde a primeira aula do projeto Sala de Leitura no 8º B, a estratégia de Ana Lúcia tomou um caminho próprio, e resgatou a confiança que Marcos havia perdido. Antes de tudo, a educadora evitou dizer um lacônico “ler é bom”, colocou na lousa os objetivos da atividade e se apresentou como “a professora que faria com que eles (alunos) gostassem de ler”. Mas a resposta de Marcos, um dos líderes da turma, foi lançar uma carteira na direção de Ana Lúcia e gritar: “Eu não gosto de ler e nunca vou ler na minha vida”.

Caso 2: Distinguir as regras morais das convencionais e discuti-las 

 

 

Erro comum em regimentos escolares é situar regras morais e convencionais num mesmo patamar. "As morais merecem mais atenção", afirma Telma Vinha, da Unicamp. Já as convencionais estão mais ligadas ao andamento do trabalho. Ao distingui-las, você será capaz de interpretar melhor uma transgressão e, assim, encaminhá-la adequadamente.

Não mentir é um exemplo clássico de regra moral. O princípio ético em jogo, nesse caso, é a honestidade. Trata-se, portanto, de um preceito inegociável. Quando algum aluno mente, a solução passa por uma boa conversa - prática imprescindível já na Educação Infantil. Desde essa fase, é importante explicar para a criança como se sente o colega que foi enganado e mostrar que isso é errado. Pergunte: "E se fosse com você?"

Regras convencionais, por sua vez, têm seu fundamento na negociação e na clareza de definição. Tome o exemplo da conversa. Mesmo numa sala que está barulhenta porque os jovens realizam um trabalho em grupo - e em função disso trocam ideias sobre um tema proposto -, o silêncio será necessário em algum momento. É preciso estar acertado que, quando um aluno ou você precisarem da atenção, o grupo deve parar para ouvir o que será dito. Também são consideradas regras convencionais não usar boné e ir para escola sempre de uniforme. Nesse grupo, entram imposições que em nada afetam o processo de ensino e aprendizagem. Há escolas em que o uso do uniforme é uma questão de segurança, pois ele permite identificar quem é ou não aluno. Em outras, isso pode não ser necessário. No caso do boné, é difícil encontrar uma justificativa válida, motivo pelo qual a regra é tão contestada. Normas desse tipo precisam de constante revisão e discussão (na tira acima, a professora de Calvin mistura, sem sentido, a solidariedade com a proibição do chiclete). Proibir o chiclete é uma convenção (questionável, por sinal). Ser solidário é uma regra moral. Nesse caso, a professora de Calvin misturou tudo. NÃO CONFUNDA REGRAS

 

Caso 03: FALTA DE INTERESSE

 

O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se a aula está um tédio, ele vai procurar algo mais interessante para fazer.

Ficar irritado, gritar e castigar os que não se comportam como você quer - atitudes autoritárias e retrógradas - não adianta nada. Quando se tenta impor disciplina, a submissão e a revolta aparecem. "Hoje, isso não se sustenta mais. O mundo é outro", acredita Telma.

Seu papel na construção é conhecer como se dá a aprendizagem e, com base nessa compreensão, planejar as aulas, além de ter segurança sobre o conteúdo a ser trabalhado. A medida parece muito básica - e é. Ela vale para manter a disciplina e para chegar ao objetivo principal: fazer com que todos aprendam.

Os caminhos também não são nada que esteja fora de seu alcance. "É preciso diversificar a metodologia, pois interagimos com alunos conectados ao mundo por diferentes redes e ferramentas", acredita Maria Tereza Trevisol, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Joaçaba. Vale promover mais participação de todos em situações desafiadoras que deem protagonismo a cada aluno. Pesquisas feitas por ela mostram que os alunos querem que o professor tenha autoridade também para resolver os conflitos em sala, antes de recorrer à direção (veja na tirinha abaixo como Calvin vive essa situação).

 

Caso 4: VALORIZE A AUTONOMIA 

 

Incentivar e respeitar a autonomia do aluno 

Os problemas de comportamento podem ser um jeito de as crianças mostrarem a você que uma regra é desnecessária ou não está funcionando. Em outras situações, elas esperam chamar a atenção e solicitar que você se aproxime e se interesse pelas ideias delas (na tirinha abaixo, Calvin segue desconsolado para a sala do diretor, face ao desdém da professora diante de sua criatividade). "É como se pedissem por cuidado e apreço ou ainda que se delimite o que se deseja delas com o que está sendo realizado", explica Maria Teresa. 

Convivendo num ambiente em que atitudes como essas sejam o padrão, a criança vai, aos poucos, adquirindo autonomia e ficando mais apta a tomar decisões responsáveis. Cada aluno, em diferentes situações, coloca sempre novos desafios. Ele necessita de referências e de orientação. O que ele espera é ajuda para pensar. É importante que alguém - na escola, você - coloque as regras, até que, efetivamente convictos, crianças e jovens possam gerenciá-las e, de forma autônoma, viver bem em sociedade.

Uma aparente indisciplina, como esta bela atuação de Calvin, pode, na verdade, ser uma maneira de o aluno dizer que quer fazer as coisas de um jeito diferente

 

 

 

Quando a conversa é sempre proibida, perde-se a chance de favorecer a troca de ideias. Em muitas ocasiões, o diálogo é produtivo.

Se a repreensão funcionasse, a indisciplina não seria apontada como o aspecto da Educação com o qual é mais difícil lidar em sala de aula, como mostrou outra pesquisa, da Fundação SM, feita em 2007 com 3,5 mil docentes de todo o país. Se não, como bem descreve o psicólogo austríaco Alfred Adler (1870-1937), a Educação se reduz ao ato de o aluno transcrever o que está no caderno do professor sem que nada passe pela cabeça de ambos. "O resultado é o tédio. E gente entediada busca algo mais interessante para fazer, o que muitos confundem com indisciplina. A escola é, sem dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar espaço para a ação mental da turma", afirma Luciene. 

 

Formular perguntas comuns para apresentação dos casos.

 

4º Momento: Lanche (9:30 às 9:45h)

 

5º Momento: Elaboração da Sequência Didática (9:45 às 11:15h) 

 

6º Momento: Apresentação e entrega das Fichas Diagnósticas (11:15 às 11:30)

 

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