Atividades complementares para o 9º ano
1ª
atividade: Cidadania: direitos ou deveres?
O
professor apresenta o texto abaixo solicitando a leitura do mesmo.
Será
que exercemos a CIDADANIA como deveria?
Há
algum tempo, venho refletindo sobre a razão para que no Brasil tenhamos tão
poucos exemplos de cidadania dignos de nota. Começo a pensar que talvez tenha
encontrado uma explicação para esta deseducação: o equívoco de pensar que
cidadania é uma palavra que pressupõe mais direitos do que deveres, quando, na
minha modesta opinião é o contrário. É muito provável que a ideia de que
precisamos, antes de qualquer coisa, lutar por nossos direitos advenha de um
momento bastante recente, do ponto de vista histórico, quando nossas liberdades
individuais eram muitíssimas cerceadas. Basta dizer que, no início dos anos 80
do século que passou, a batalha era, por exemplo, pelo direito de elegermos
diretamente nosso presidente. Também precisamos considerar os muitos anos de
injustiças sociais, em especial no que diz respeito aos negros, às mulheres e a
algumas minorias, as quais vêm dos tempos da colonização e ainda permanecem.
Nada mais justo, portanto, que todo cidadão com um mínimo de valores
humanitários seja defensor dos direitos dos menos favorecidos socialmente
inclusive dele próprio. Porém, o rumo da história segue, e no meu entender o
Brasil e os brasileiros já deveriam estar maduros para entender que o conceito
de cidadania tem contornos muito mais de uma pauta de deveres do que apenas de
direitos.
Penso
que temos o dever, como cidadãos, de avaliarmos se nossas condutas sociais
respeitam a individualidade de nossos semelhantes. Entendo que cidadania é uma
palavra quase prima de empatia, que significa a capacidade de nos colocarmos no
lugar do outro, para que, assim, estabeleçamos um vínculo de respeito e
dignidade na relação, seja ela pessoal ou social. Cidadania, portanto,
pressupõe não apenas reclamar e se indignar, mas ter a consciência de que é
preciso também agir, participando de coletivos, de instâncias de opinião
institucionalizadas, seja como protagonista, seja como ouvinte, mas sempre de
forma atenta e crítica, e preferencialmente propositiva.
Ser
cidadão é lutar por seus direitos, obviamente, mas significa também não se
deixar levar apenas por seus interesses pessoais ou por aqueles que, com boas
ou más intenções, colocam-se na linha de frente. Se você, caro leitor, não se
sente preparado para ser uma liderança, ao menos exercite a capacidade de
avaliar as coisas sob o ponto de vista do coletivo. Ter um olhar voltado para
algo além do seu interesse imediato também é transformar o mundo em um lugar
mais digno para todos.
Fonte: Ricardo Bueno/ Zero Hora Visitado em
02-11-2010: http://www.ogalileo.com.br/noticias/nacional/cidadania-direitos-ou-deveres
ü Questões
·
Após
a leitura, o professor propõe que a turma faça o preenchimento do quadro abaixo,
expressando seu ponto de vista da seguinte maneira:
Concordo
com o texto |
Discordo
do texto |
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·
Complete
a frase: SER CIDADÃO É ___________________________________
O
professor socializa as produções da turma, faz os comentários necessários.
·
Complete
o quadro abaixo:
Ações
que contribuem para o exercício da cidadania |
Ações
que NÃO contribuem para o exercício da cidadania |
Ações
que devemos realizar para melhor exercermos nossa cidadania |
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·
Assistam
ao vídeo que se encontra no endereço abaixo:
Vídeo:
Cidadania direitos e deveres: (8min 19 seg.)
: http://www.youtube.com/watch?v=tQVo3Vvpo-4
·
Após
assistirem ao vídeo:
a)
O que consideram mais importante de tudo o que foi dito no vídeo?
b)Do
que ouviram, o que foi novidade para você?
c)
Do que foi dito, o que ainda precisam exercitar para melhor exercerem sua
cidadania?
Sobre
o teatro grego:
O
professor deverá iniciar a aula com as seguintes imagens:
Esquema
de teatro grego
Teatro
do Esculápio, em Epidauro, que abrigava 14 mil pessoas.
Mapa
do teatro grego
ü Questione seus alunos:
·
como
era um teatro grego?
·
Quais as características?
·
O
porquê do formato de ferradura?
·
Como eram os personagens?
Faça a leitura da frase:
Temos
direito a todos os direitos!
·
O
que entendem por esta frase,
·
O
que significa a palavra “direito”,
·
Quais
são os seus direitos?
·
Eles
estão sendo respeitados?
·
Que
outros direitos gostariam de ter garantidos para ser mais felizes?
ü Questões para pesquisa:
·
Como
era um teatro grego?
·
Quais
as características?
·
O
porquê do formato de ferradura?
·
Como
eram os personagens?
ü Declaração Universal dos Direitos
Humanos
·
Na
sequência, pergunte aos alunos se eles sabem que os seus direitos e os direitos
de todos os cidadãos estão reunidos em um documento chamado Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
·
Instigue a turma a dizer o que sabe acerca
desse documento: como ele nasceu, quais as motivações históricas que
contribuíram para o seu surgimento, quais são os direitos garantidos na
declaração e outros.
ü Logo após, apresente aos alunos
a Cartilha Ziraldo – Os Direitos Humanos, disponível no link abaixo:
https://comissaoarns.org/doc/cartilhas/Cartilha%20Ziraldo.pdf
ü Faça uma leitura dialogada da
cartilha:
·
lance
para os alunos as questões ali sugeridas e ouça o que eles têm a dizer sobre
cada uma delas;
·
problematize
e discuta com a turma as informações apresentadas pelo autor;
·
solicite
aos alunos que procurem no dicionário os significados das palavras
desconhecidas.
·
Aproveite
para ampliar as ideias colocadas por Ziraldo, solicitando aos alunos que tragam
exemplos relacionados às suas experiências de vida.
ü Explore as ilustrações da
cartilha, iniciando pela imagem em que as crianças estão todas usando a máscara
do Menino Maluquinho, acompanhada do Artigo 5º da Constituição
Brasileira “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”.
ü Na imagem seguinte, veja se os
alunos conseguiram perceber que as crianças retiraram as máscaras revelando,
assim, as suas identidades, as suas diferenças de raça, etnia, sexo,
vestuário...
ü Esta ilustração vem acompanhada do texto que
“dá o que pensar” com os alunos: “TODOS TÊM DIREITO A SER DIFERENTES...
SEM PRECONCEITOS! SEM DISCRIMINAÇÃO!”.
ü Durante a leitura e discussão do
texto, converse com os alunos sobre a metáfora da rede de proteção atribuída
aos Direitos Humanos. Incentive-os a relacionar o assunto com as suas
vivências, com as notícias e informações veiculadas na TV, internet, rádio, jornais
e revistas.
ü Solicite aos alunos que construam
uma lista dos valores abordados na cartilha, como: LIBERDADE, RESPEITO,
DIGNIDADE, JUSTIÇA, COOPERAÇÃO, SOLIDARIEDADE, PAZ, dentre outros, a fim de
compreender que a declaração trata dos valores fundamentais para todo ser
humano.
ü Peça também que listem os
direitos de todos os cidadãos revelados no documento, tais como: DIREITO À
SAÚDE, EDUCAÇÃO, LAZER, SEGURANÇA, MORADIA, TRABALHO e outros.
ü Ainda sobre a Declaração
Universal dos Direitos Humanos
ü Leitura do texto de Ruth Rocha
Um
dia, uma porção de pessoas se reuniram.
Elas
vieram de lugares diferentes e eram, elas mesmas, diferentes entre si.
Havia
homens e mulheres; suas peles, seus cabelos e seus olhos tinham cores
diferentes, assim como diferente era o formato de seus corpos e de seus rostos.
Vieram
de países ricos e pobres, de lugares quentes ou frios. Vieram de reinados e de
repúblicas. Falavam muitas línguas. Acreditavam em diferentes deuses.
Alguns
dos países que elas representavam tinham acabado de sair de uma guerra
terrível, que tinha deixado muitas cidades destruídas, um número enorme de
mortos, muita gente sem lar e sem família.
Muitas
pessoas tinham sido maltratadas e mortas por causa de sua religião, de sua raça
e de suas opiniões políticas.
O
que reunia aquelas pessoas era o desejo de que nunca mais houvesse uma guerra,
de que nunca mais ninguém fosse maltratado e que não se perseguissem mais
pessoas que não tinham feito mal a ninguém.
Então
elas escreveram um papel. Neste documento elas fizeram um resumo dos direitos
que todos os seres humanos têm e que devem ser respeitados por todos os povos.
Este
documento é chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos e diz mais ou
menos o seguinte:
Todos
os homens nascem livres. Todos os homens nascem iguais e têm portanto os mesmos
direitos. Todos têm inteligência e compreendem o que se passa ao seu redor.
Todos devem agir como se fossem irmãos.
Não
importa qual seja a raça de cada um; tampouco importa que seja homem ou mulher;
não importa ainda sua língua, religião, opinião política, país ou a família de
que ele venha. Não importa que ele seja rico ou pobre, nem que o país de onde
ele venha seja uma república ou um reinado. Estes direitos devem ser gozados
por todos.
Todas
as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Ninguém pode
ser escravo de ninguém.
Não
se podem maltratar as pessoas ou castigá-las de maneira cruel ou humilhante.
As
leis devem ser iguais para todos e devem proteger as pessoas.
Todos
os homens têm o direito de receber a proteção dos tribunais para que seus
direitos não sejam contrariados.
Não
se pode prender as pessoas ou mandá-las embora de seus país a não ser por
motivos muito graves. Todo homem tem o direito de ser julgado por um tribunal
justo quando é acusado de alguma falta.
Ninguém
tem o direito de interferir na vida particular das pessoas, na sua família e na
sua correspondência.
Toda
pessoa tem o direito de se movimentar dentro das fronteiras de seu país. E tem
o direito de sair e voltar ao seu país.
Ninguém
deve ser privado de sua nacionalidade. Quer dizer, toda pessoa tem o direito de
pertencer a alguma nação. E tem o direito de trocar de nacionalidade por sua
vontade.
Todos
os homens e mulheres, depois de certa idade, não importa sua raça, religião ou
nacionalidade, têm o direito de se casar e começar uma família. Um homem e uma
mulher só podem se casar se os dois quiserem.
Todas
as pessoas têm direito à propriedade. E aquilo que uma pessoa possui não pode
ser tirado dela, a não ser que haja um motivo justo.
Todas
as pessoas têm o direito de pensar como e o que quiserem. Elas têm direito de
trocar suas ideias e praticar sua fé em público ou particular, e de contar a
todos sua opinião.
Todas
as pessoas têm o direito de se reunir ou de se associar. Mas ninguém deve ser
obrigado a isso.
A
autoridade do governo vem da vontade do povo. O povo deve mostrar qual é a sua
vontade pelo voto.Todas as pessoas têm o direito de votar.
Todas
as pessoas têm direito ao tipo de trabalho que preferirem e a boas condições de
trabalho.Todos devem receber remuneração igual quando fazem o mesmo trabalho e
devem ganhar o suficiente para a saúde, alimentação e vestuário.
Todo
homem tem o direito ao descanso e deve ter um número de horas de trabalho
limitado e férias pagas.
Todas
as crianças têm os mesmos direitos, sejam ou não nascidas de um casamento.
Todas
as pessoas têm direito a escola gratuita. Todos têm direito de aprender uma
profissão. A escola deve promover o entendimento, a compreensão e a amizade.
Todos
os homens têm deveres para com o lugar onde vivem e para com as pessoas que ali
vivem também.
Não
se deve usar o que está escrito neste documento para destruir os direitos e
deveres aqui estabelecidos.
Há
muitos anos esta declaração foi aprovada, mas ainda existem países que não
obedecem a este documento. Para que isto aconteça, é preciso que todos
aprendam, nas escolas de todo o mundo, o conteúdo desta declaração.
Referência Bibliográfica: ROCHA,
Ruth & ROTH, Otávio (Adaptação). Declaração Universal dos Direitos
Humanos. São Paulo: Salamandra, 2010.
ü Em seguida a assistir ao vídeo
da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no link abaixo:
ü Após a leitura do texto de Ruth
Rocha e a exibição do vídeo, peça aos alunos que produzam um texto sobre:
·
Quais
foram as informações mais curiosas e interessantes;
·
O
que puderam aprender acerca dos direitos humanos;
·
Que
dados poderiam ser acrescentados às listas elaboradas por eles acerca dos
valores fundamentais das pessoas e dos direitos humanos tratados na
declaração.
ü Poderão construir também um mapa
mental com Declaração Universal dos Direitos Humanos
ü Leitura complementar:
Direitos Humanos
A
ONU é uma organização internacional composta por 193 nações. Veja abaixo seus
principais objetivos e outros dados.
O
que é a ONU
Fundada
em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados
Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída
por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização
internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos
que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico,
definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso
social.
Fundação
da ONU
Quando
foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a
participação de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou
desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado
mundial. Atualmente, conta com 193 países membros, sendo que cinco deles
(Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do
Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto sobre qualquer
resolução da ONU.
A
sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes
definem, através de reuniões constantes, leis e projetos sobre temas políticos,
administrativos e diplomáticos internacionais. A ONU está dividida em vários
organismos administrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça,
Conselho Econômico e Social, Assembleia Geral entre outros.
A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:
-
Defesa dos direitos fundamentais do ser humano.
-
Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado.
-
Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações.
-
Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.
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