ENCONTRO PEDAGÓGICO - 2025
COMPONENTE CURRICULAR:
CIÊNCIAS
ARTICULADOR:
NILSILANE NASCIMENTO DA SILVA
DATA: 07/05/2025
HORÁRIO:
8:00h às 11:30h (matutino)
13:30h às 17:00h
(vespertino)
PAUTA:
1º MOMENTO: Acolhida/Oração (8:00 às 8:15)
2º MOMENTO: Texto
Reflexivo (8:15 às 8:30)
GAIOLAS OU ASAS?
Rubem Alves
Picasso dizia: “Eu não procuro. Eu encontro”.
Assim são os pensamentos. Eles aparecem de repente sem ter sido procurados.
Pois, de repente, sem que o procurasse, esse pensamento me atacou: “Há escolas
que são gaiolas. Há escolas que são asas”.
As gaiolas existem para que os pássaros
desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Seu dono
pode levá-los para onde quiser. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos
pássaros é o vôo.
Asas não amam as gaiolas. O que elas amam é o
vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. O vôo não pode ser
ensinado. Só pode ser encorajado.
Esse pensamento nasceu de um sofrimento: sofri
conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que
elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito,
ofensas, ameaças...
Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de
tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e as domadoras com seus
chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres... Sentir
alegria ao sair da casa para ir para a escola? Ter prazer em ensinar? Amar os
alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro
que fecha os tigres é a mesma porta que as fecham junto com os tigres.
Nos tempos da minha infância eu tinha um
prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá
dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo
fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um
passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o
passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente
contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre os
vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensangüentado...
Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.
Violento, o pássaro que luta contra os arames
da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os
adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas
serão gaiolas? Me falarão sobre a necessidade das escolas dizendo que os
adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorar de vida. De
acordo. É preciso que os adolescentes, é preciso que todos tenham uma boa
educação. Uma boa educação abre os caminhos para uma vida melhor.
O que é uma boa educação?
O que os burocratas pressupõem é que os alunos
ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para
se testar a qualidade da educação criam-se mecanismos, provas, avaliações,
exames, testes.
Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos
programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o
que é “dígrafo”? E os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram
na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de
um povo heróico o brado retumbante”? Qual a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres
professoras, também engaioladas pelos programas... São obrigadas a ensinar o
que os programas mandam, sabendo que é inútil. Bruno Bettelheim relata sua
experiência com as escolas: “Fui forçado (!) a estudar o que os professores
haviam decidido o que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira...”
Qual é o sujeito da educação? O sujeito da
educação é o corpo. É o corpo que quer aprender para poder viver. Esse é o
único objetivo da educação: viver e viver com prazer. A inteligência é um
instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a
inteligência, era “ferramenta” e “brinquedo” do corpo. Nisso se resume o
programa educacional do corpo: aprender “ferramentas”, aprender “brinquedos”.
“Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais
do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma
utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que
escrevo estou ouvindo uma sonata de Beethoven. Ela não serve para nada. Não é
ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas
duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.
Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São
asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me
permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e
brinquedos está aprendendo liberdade. Quem aprende liberdade não fica violento.
Fica alegre, vendo as asas crescerem... Assim todo professor, ao ensinar, teria
de perguntar: “Isso que vou ensinar é ferramenta? É brinquedo?” Se não for é
melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento
das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada.
Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o
vôo dos seus alunos. Há esperança.
Questões
pedagógicas
Minha prática educativa
promove asas ou constrói gaiolas?
- Que
atitudes na sala de aula refletem controle excessivo, e quais incentivam a
liberdade criativa dos estudantes?
- Como
posso equilibrar orientação e liberdade no processo de aprendizagem?
- Será
que estou ensinando os estudantes a pensar por si mesmos ou apenas a
repetir o que digo?
- Quais
estruturas da escola (currículo, avaliação, rotina) funcionam como gaiolas
e como poderiam ser transformadas em asas?
3º MOMENTO: Experiências Exitosas (descrever
a proposta deste relato) 8:30 às 9:00h
Momento
para dois professores descreverem ações realizadas em sala de aula de Práticas exitosas na educação, atividades desenvolvidas
com objetivo de melhorar a qualidade do ensino. Elas podem ser comprovadas
quando comparadas com práticas anteriores.
4º MOMENTO: Lanche (9:00 às 9:15)
5º MOMENTO: Análise sobre os dados
diagnósticos-Perfil da Rede (9:15 às 10:15)
Ao planejarmos, é
interessante começar estabelecendo quais as habilidades –
relacionadas ao objeto de conhecimento “X” – a turma precisa desenvolver e
quais as competências a serem construídas. Após essa definição,
desenhar as estratégias para a aprendizagem, de modo que os
alunos sejam ativos nesse processo. Por fim, delinear os instrumentos e
métodos para investigar o progresso e as dificuldades dos
estudantes, o que nos dará o diagnóstico de como estão os alunos até aquele
momento, para fazer os ajustes ou as mudanças necessárias e para desenhar o
planejamento pedagógico deste ano.
Após
a coleta dos dados referentes as avaliações diagnósticas, foi encontrada uma
média percentual de desempenho de cada turma por rede. Inicialmente, achou-se o
percentual por turma, de cada escola, em seguida somou-se todos os percentuais
e dividiu-se pelo número de turmas pesquisadas. Fazer apresentação destes dados
a partir dos gráficos elaborados.
Em
seguida, dividir a turma em 4 grupos, orientá-los a apresentarem os as respostas
aos questionamentos lançados ao final da apresentação dos resultados. Essas
questões são as mesmas relacionadas nas fichas diagnósticas. Cada grupo ficará
com as fichas de um ano em mãos.
·
Os estudantes
conseguem acompanhar os objetos de conhecimentos propostos naquela turma?
Quantos por cento da turma?
- O que o
aluno deveria saber, mas não sabe e implica nos resultados?
- Quais
expectativas do estudante em relação aos objetos de conhecimentos?
- Quais
habilidades você percebeu que os estudantes tiveram maior dificuldade?
- Qual a
forma mais indicada para condução do conhecimento para que os resultados
sejam satisfatórios?
Observação: Relacionar as perguntas e fazer a ponte com o clube
de letramento para apresentar o repente de Amélia e Míria. Falar sobre as
dificuldades encontradas, mas, o que fazer para motivar os estudantes?
6º MOMENTO: Projeto “Descobrindo o Mundo pela Investigação” (10:15 às 11:15)
Objetivo
Geral
Despertar
nos estudantes o interesse pela investigação científica, desenvolvendo habilidades
de observação, questionamento, pesquisa e apresentação de resultados de forma
crítica, criativa e ética.
Introdução
à Iniciação Científica para o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano).
Disponibilizar uma tabela com os subtítulos por ano de estudo, para a
colaboração dos professore, relacionar as questões abaixo. O projeto utiliza
como ponto de partida o livro “O que Einstein disse a seu Cozinheiro: Mais
Ciência na cozinha”. Também considerando o Clube de Letramento Cientifico, por
isso, foi pensado nesse tipo de abordagem para o tipo de Feira de Ciências.
6º Ano: A
Compulsão da Emulsão + Separação de Misturas (páginas 311 a 316).
7º Ano: O que
o homem semear... (páginas 94 e 95).
Fazer uma
abordagem sobre a preservação dos Biomas estudados. Fazer pesquisa de
investigação sobre o dióxido de carbono liberado pelos automóveis, relacionar
também ao aquecimento dos oceanos e consequências.
8º Ano: Meu
fogão é minha Casa (páginas 316 a 318) /Fazer uma relação com transformação de
energia e fontes. Trabalhar também a taxa de energia (página 320). Grelhar sem
Frustração (320 e 321).
9º Ano: Ouro
enferrujado no Alasca (página 101).
Fazer
experimentos sobre reações químicas, não esquecer de relacionar as atividades.
Curiosidade:
Trabalhar também “Sobre ovos estragados (página 90). Olimpíadas dos ovos que
giram (página 86). Como os fornos cozinham (329).
Orientações para a colaboração dos
professores: Dividir a turma em quatro grupos, cada grupo receberá
parte do livro de Einstein, conforme a proposta para cada ano. Em seguida,
deverão definir um plano de ação: o que será feito? Como? Com quais materiais? Em
quanto tempo? E sugerir como os outros componentes poderão trabalhar!
7º MOMENTO: Apresentação da Planilha com o
Catálogo das Habilidades de Ciências (11:15 às 11:30)
8º MOMENTO: Avaliação do Encontro
Avaliar
o encontro de formação a partir do preenchimento do formulário do Google Forms.
Enviar pelo grupo de WhatsApp.


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