MATERIAL
PARA A SEQUÊNCIA DIDÁTICA DIAGNÓSTICA - CIÊNCIAS 2023
Tema Inter curricular: Valores em pauta: aprendizagens
significativas e inovadoras em sala de aula
Subtema:
O Reformador da Natureza
Ano:
6º e 7º anos
Período: 02 a 17/03 Nº de Aulas: 08 aulas
ATENÇÃO PROFESSOR!!! Estamos
iniciando um ano letivo e como todo início de ano é necessário considerar a
avaliação diagnóstica em busca de compreender e identificar os déficits
de aprendizagem, dificuldades na leitura, escrita e interpretação. Com
essa avaliação, é possível conhecer mais sobre o histórico
educacional dos estudantes, com detalhes como: O que o aluno sabe; O que
o aluno deveria saber, mas não sabe e as expectativas do estudante em relação
aos objetos de conhecimento. Tal diagnóstico é importante para que os
professores possam melhorar os processos de ensino e aprendizagem durante o
período letivo para uma turma ou estudante específico. Outro fator
significativo é que professores que trabalham outros componentes
curriculares, exceto Língua Portuguesa, não veem a si próprios como
alfabetizadores. Ou seja, estratégias e habilidades para fazer sentido a
partir do texto são normalmente visto como o trabalho de professor de
português. Os textos nas aulas de ciências são fundamentais, inclusive para
uma alfabetização científica. Objetivos e
propósitos interpretativos para os quais os alunos se envolvem com as
ciências, em comparação com textos literários, são bastante diferentes e
requerem diferentes práticas disciplinares e são fundamentado em diferentes
epistemologias, ideias centrais, gêneros e discurso de criação de sentido
práticas. Os textos ricos
e variados, enfocam a alfabetização como uma ferramenta de aprendizagem, e
instrução fornece aos alunos oportunidades significativas para desenvolver
seu conteúdo científico. Mostra aos alunos como aprender ciências por meio da
leitura e como aprender a alfabetizar por meio da Ciência. Ler e escrever
em ciências exigem que os alunos integrem uma série de conhecimentos
científicos e a formação de um vocabulário específico. Isso é muito
importante, uma vez que a compreensão da leitura está intrinsecamente ligada
ao conhecimento de vocabulário. Também se relaciona com o conceito de
conhecimento prévio para que mantenha o novo aprendizado; se os alunos têm
uma compreensão segura do vocabulário ao ler o texto, eles acharão mais fácil
sintetizar os conceitos que se relacionam com o vocabulário conforme os
encontram no texto. É preciso mais do que nunca uma dedicação especial a esse
momento de diagnóstico, onde os dados colhidos durante esse processo precisam
ser bem específicos e detalhados. É necessário calma e priorizar a escuta de
todos os alunos, para colher o máximo de informações possíveis. Outro fator
relevante nesse primeiro contato é acolher esse aluno e atender requisitos
para desenvolver as Competências Socioemocionais. ·
As Competências
Socioemocionais são habilidades
desenvolvidas ao longo da vida e do processo de aprendizagem e que se
conectam a capacidade de cada indivíduo lidar com suas próprias emoções,
desenvolver autoconhecimento, se relacionar com o outro, ser capaz de
colaborar, mediar conflitos e solucionar problemas. |
COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender
e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
- Utilizar
diferentes linguagens – verbal (oral ou visual motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
- Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas.
- Exercitar
a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.
- Agir
pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
OBJETIVOS:
·
Compreender como a Ciência colabora na
formação social de cada indivíduo.
·
Identificar as realidades dos estudantes
que estão inseridos nesse processo de aprendizagem;
·
Apurar a presença ou ausência das
habilidades dos alunos;
·
Refletir sobre e reconhecer as causas,
dificuldades e limitações de aprendizagem de cada aluno.
·
Trabalhar a noção da diversidade e
valorizar as características individuais de cada um;
·
Valorizar a importância do coletivo e
das relações com os amigos;
ETAPAS
DA AULA / METODOLOGIA
AULA
01
Tema
da Aula: Acolhida e Apresentações
Etapa
01: Apresentação dos Alunos e Professor (10 min)
Dinâmica:
Tempestade de ideias (brainstorming)
Tempestade de ideias ou brainstorming é uma técnica usada em dinâmicas
de grupo, sua principal característica é explorar as habilidades,
potencialidades e criatividade de uma pessoa, direcionado ao serviço de
acordo com o interesse. |
O objetivo dessa dinâmica é desenvolver a escuta e o
respeito entre os participantes.
É
comum que o primeiro dia de aula seja ocupado pela apresentação de professores
e alunos. Entretanto, essa apresentação pode ser feita de formas diferentes.
Para
além das informações triviais como o nome e a disciplina que leciona, o
professor pode relacionar com gostos e características mais pessoais (músicas,
filmes, livros, viagens, memórias, etc.) e pedir para que os alunos façam o
mesmo.
Feita as apresentações lança outra proposta na qual
todos devem dar suas ideias sobre o tema proposto. Por exemplo, “Na sala de
aula deve ter ........... para eu (aluno) conseguir ter aprendizagem de
qualidade?
Peça que completem a frase e escreva no caderno até
o momento de ouvi-los, durante a socialização o professor deverá anotar no
quadro, quantas vezes a palavra aparecer.
O professor deve garantir que todos tenham o direito
de expressar suas ideias e estimular a cooperação e a combinação entre ideias.
Todas as ideias devem ser aceitas, mesmo que pareçam incoerentes ou
impraticáveis.
As críticas podem fazer com que alguns colegas
sintam-se constrangidos e optem por não participar da dinâmica.
Para a realização da tarefa deve-se dispor os
estudantes em roda, de forma que todos possam se ver. Cada estudante deve dar
sua ideia. Mesmo os mais tímidos devem ter seu momento de expor suas propostas.
No primeiro momento, o professor deve registrar as
ideias, sem crítica ou análise. Após a rodada de exposição, o grupo revê a
lista de ideias e escolhe quais são as mais concretizáveis. Tire uma foto
depois de concluído para compor um cartaz que deverá ficar afixado na parede,
com a identificação do Componente Curricular.
Etapa
02: Apresentação do Componente Curricular (20 min)
Indagar os alunos o que acham do componente
curricular, quais as expectativas para aprender Ciências (o que aprender, como
aprender, pra quê aprender), nesse momento, poderá utilizar 3 caixinhas para
acolher cada resposta, assim os alunos colocarão nas caixinhas sem precisar se
identificar. Depois que todos escreveram, leia cada contribuição. Somente após ter
lido todas as respostas, ofereça as informações para eles sobre a importância
do componente, como se você professor, fosse um vendedor.
·
Momento para
identificar a ortografia dos alunos.
Etapa
03: O efeito do conhecimento de Ciências em mim (15 min)
Certamente os alunos falarão na etapa anterior que
espera ter experimentos durante as aulas, então, faça a primeira experiência
relacionando a abertura dos mesmos ao ensino de Ciências. Pegue um palito de
fosforo e acenda, mantenha-o em pé, peça que observem o que acontece com o fogo
(durabilidade do fogo, tamanho da chama e facilidade em se manter), em seguida
acenda outro palito, porém dessa vez de forma inclinada, faça os meus
questionamentos do palito anterior, acolha as respostas, em seguida indague-os:
·
Faça de conta
que o fogo representa o conhecimento. Em qual palito o conhecimento foi maior?
·
Se você fosse o
palito de fósforo qual gostaria de ser?
·
Quanto você está
aberto ao ensino de Ciências?
Sucesso e que sua chama brilhe muito!
As reações podem variar bastante de um aluno para
outro, mas tem bons resultados com essa dinâmica.
Etapa
04: Aprendendo Algo Mais (05 min)
Pergunte
aos alunos se tiveram a curiosidade em saber por que os palitos de fosforo
pegam fogo, então, peça que em casa pesquisem o que faz o palito de fósforo
incendiar com facilidade. Registre no caderno com o título “A química por trás
de um palito de fósforo em chamas” para apresentar na próxima aula.
Tema: Experiências Vividas
Etapa 05: Socializando o Conhecimento
através da pesquisa (10 min)
Abrir espaço para os alunos apresentarem as
pesquisas e tirarem as dúvidas a respeito. (Momento para observar o nível de
compromisso da turma com as atividades extraclasse).
Etapa 06: Relatos de Experiências (20 min)
Aproveite
a etapa para falar com os alunos sobre o que é uma experiencia, anote na lousa
os significados: substantivo feminino Conhecimento ou aprendizado
obtido através da prática ou da vivência: experiência de vida; experiência
de trabalho. Teste feito de modo experimental; prova, tentativa, exemplo: neste
trabalho, seu contrato é de experiência. Explique sobre isso, peça que anotem
nos cadernos, em seguida, faça uma roda de conversa para que eles exponham
alguma experiência que tenha vivido.
Etapa 07: Introdução a Leitura (20min)
Ainda
em roda de conversa, inicie com a turma a introdução a leitura e interpretação
de textos para sondar estas habilidades.
Inicie com a atividade antes da leitura.
1. Pergunte
se já ouviram falar no Sitio do Pica Pau Amarelo, se sabem quem é o autor, diga
que por lá também acontecia muitas experiências, tinha para todos os gostos.
Descreva um pouco sobre esse local, personagens, etc. Leia sobre o autor.
2. Pergunte
aos alunos o que mudariam na natureza se pudessem fazer qualquer alteração em
bichos e plantas. Peça então que imaginem como seria o mundo com as alterações
que propuseram. Discuta com a turma as mudanças apresentadas. (Ir anotando em
seu caderno para em seguida ditar para os alunos escreverem no caderno, como
uma lista, não esqueça de colocar um título/ momento para avaliar as
dificuldades na escrita).
AULA 03
Tema:
Uma história de Lobato para a Ciência
Etapa
8: Leitura da história para os alunos (5min)
Agora chegou o momento de fazer a leitura da
história para a turma (faça com gestos, movimentos, de forma a tornar o momento
bastante interessante).
Observação:
A utilização da obra A reforma da natureza, além de estimular
questionamentos e posicionamentos individuais dos alunos perante as
"questões ambientais" envolvidas nas reformas realizadas por Emília,
permite, também, a identificação e o estabelecimento de relações com questões
ambientais locais e globais.
A reforma da natureza
A reforma da natureza foi
lançado em 1941 pela Companhia Editora Nacional. A história tem inicio quando
Dona Benta e Tia Nastácia, após o término da guerra na Europa, são convidadas
para auxiliar os ditadores, reis e presidentes no processo de paz. Todos vão
para a Europa, com exceção de Emília. A boneca resolve aproveitar a
oportunidade para sozinha, pôr em prática algumas ideias surgidas no dia em que
ouvira de D. Benta, pela primeira vez, a fábula do Reformador da Natureza.
Segundo a fábula, Américo
Pisca-Pisca colocava defeito em tudo o que a natureza havia feito, por isso seu
objetivo era reformá-la. Em sua primeira reforma, ele troca o lugar das
abóboras e das jabuticabas, pois, no chão, as jabuticabas ficariam mais fáceis
de pegar. Logo após realizar a reforma, Américo decide tirar uma soneca à
sombra da jabuticabeira. Ao adormecer, uma grande abóbora cai, quase lhe
acertando a cabeça. A partir desse dia, Américo Pisca-Pisca compreende que, na
natureza, tudo tem um porquê e desiste do seu plano reformador. Emília,
entretanto, não aceitando a "lição" de Américo, resolve fazer suas
próprias reformas, e chama a sua amiga Rãzinha para ajudá-la. As duas começam a
reformar tudo o que veem pela frente: os pássaros, os insetos (borboletas,
percevejos, moscas, pulgas), a vaca Mocha, o porco Rabicó, as frutas, os
livros... Os únicos insetos que não são reformados são as formigas, pois,
segundo Emília, eram perfeitas! A primeira parte da história finaliza com o
retorno de Dona Benta que, espantada com as reformas, faz Emília compreender
que, na natureza, tudo tem seu lugar e as "reformas" podem trazer
consequências inesperadas. Convencida – mas não muito –, a boneca desfaz a
maior parte das reformas.
Na segunda parte da
história, o Visconde de Sabugosa, que aprendera sobre a fisiologia das
glândulas com grandes cientistas europeus, enquanto Dona Benta e Tia Nastácia
participavam da Conferência da Paz, auxilia Emília a realizar novas reformas,
mas, agora, com os "critérios científicos" que aprendera na Europa.
Os dois montam um laboratório improvisado na cova do anjo, um buraco na grande
figueira. No laboratório, o Visconde "dá aulas" de fisiologia para
Emília. Ele explica sobre o funcionamento dos sistemas circulatório, respiratório,
digestório, e tudo o que aprendeu sobre o funcionamento das glândulas. Durante
dias seguidos, os dois realizam "experiências", fazendo enxertos de
glândulas. Retiravam glândulas de uns animais e colocavam em outros.
Entretanto, alguns animais enxertados fogem, começando a confusão. Os boatos
sobre os insetos gigantes que rondavam o Sítio atraem a atenção de curiosos, da
imprensa e de cientistas renomados, que vão ao local investigar o fenômeno. O
cientista Dr. Zamenhof chega ao Sítio e se impressiona com as experiências
realizadas pelo Visconde. Os animais são capturados e levados para serem
estudados pela ciência. No final da história, Visconde é enaltecido pela sua
inteligência e pelas descobertas científicas que realizara.
Etapa
9: Discutindo sobre o texto (15 min)
Lance questionamentos referentes a história, deixe os alunos a vontade
para responder, acolha e faça as intervenções!
A ideia
de Américo Pisca Pisca foi boa? Vocês apoiariam ele? Por quê?
O que
fez Américo desistir de seu plano reformulador?
O que
vocês acham que aconteceria com as borboletas se a gente conseguisse pegá-las
com facilidade, como Emília queria?
Vocês
acham que Emília conhecia sobre a Ciência? Seria importante ter esse
conhecimento?
Segundo a história, as experiências são sempre para o
bem?
Seria possível um ser humano reformar a natureza nesse
sentido?
Etapa
10: Interpretando e registrando (30min)
Reproduza no quadro a
atividade de interpretação para os alunos escreverem no caderno e responderem,
é importante orientá-los sobre a organização do caderno e utilização da folha
nesse momento, como deve ser o cabeçalho, título da atividade, margens,
etc.
1) A frase que melhor
traduz a conclusão a que Pisca-Pisca chegou sobre a reforma do mundo é:
a) Que
coisa! ... Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim, a primeira vítima
teria sido eu?
b) Deixemo-nos
de reformas. Fique tudo como está que está tudo muito bem
c) Dormiu.
Dormiu e sonhou.
d) O
mundo para ele estaria errado e a natureza só fazia asneira.
2) No trecho em questão, Emília
conversa com a sua amiga Rã sobre as borboletas:
Estou fazendo uma bela coleção de
borboletas e dessas azuis não consigo. São das mais ariscas. Temos também de
reformar as borboletas.
– Impossível Emília! – gritou a Rã. –
Tudo nelas é tão perfeito, tão direitinho e lindo, que qualquer reforma as
estraga.
– Minha reforma das borboletas –
explicou Emília – não é na beleza delas, e sim no gênio delas. Quero que se
tornem "pegáveis" como os besouros (LOBATO, 2010, p.
26-27).
Se
as borboletas fossem exterminadas, vocês sabem o que aconteceria? O que elas
fazem? __________________________________________________________________________________________________________________________________________
3) Evidenciando o apego
que todos têm a vida, podemos dizer que a segunda conclusão de Pisca-Pisca foi:
a) Fique
tudo como está, que está tudo muito bem.
b) Pisca-Pisca
continuou a piscar.
c) É bom
tentar, apesar de tudo, modificar o mundo.
d) Nada
nos resta a não ser dormir.
4) Emília fez muitas reformas na natureza lá no Sítio.
E nós, temos feito muitas reformas na natureza ao nosso redor? O que é que você
acha? Cite algumas:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5) Para refletir... A
tolerância muda o mundo, muda as pessoas e as torna mais feliz. O que você tem
visto de bom no mundo?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
AULA
04
Tema:
Valores
Etapa
11: Correção e Discussão (20 min)
Fazer a correção oral da
atividade, para possibilitar os alunos a exporem sobre suas conclusões e
impulsionar para outro tema extremamente relevante que é o respeito. Respeito
as pessoas e a natureza.
Etapa
12: Debatendo para aperfeiçoar (30min)
Escreva no quadro o
trecho seguinte do livro Reforma da Natureza:
Dona
Benta, retornando ao Sítio, repreende Emília pelas reformas realizadas:
– Que é
isto, Emília? Que significam estas mudanças? Emília contou tudo.
– Eu
reformei a Natureza – disse ela – Sempre tive a ideia de que o mundo por aqui
estava tão torto como na Europa, e enquanto a senhora consertava a Europa eu
consertei o Sítio. [...]
Dona Benta
não voltava a si do espanto.
– Mas que
absurdo, Emília, reformar a natureza! Quem somos nós para corrigir qualquer
coisa do que existe? E quando reformamos qualquer coisa, aparecem logo muitas
consequências que não previmos. A obra da Natureza é muito sábia, não pode
sofrer reformas de pobres criaturas como nós. Tudo quanto existe levou milhões
de anos a formar-se, adaptar-se; se está no ponto em que está, existem mil
razões para isso (LOBATO, 2010, p. 41).
Oriente os
alunos a escreverem o trecho no caderno (reescrita de texto).
Orientação: O
retorno de Dona Benta ao sítio e a sua reprovação ao ver as reformas de Emília
possibilitaram o estabelecimento de relações entre as reformas da história e as
reformas que nós, seres humanos, realizamos no meio ao nosso redor. Os alunos
devem relacionar o texto com alguns
problemas ambientais locais e globais, como o desmatamento causado pela
atividade turística no local onde vivem e o aquecimento global, respectivamente,
por exemplo. Isso poderá ser evidenciado nos diálogos (dispor a classe em
circulo para uma roda de conversa) gerados logo após a leitura do trecho
descrito acima:
Questões reflexivas: Emília
fez muitas reformas na natureza lá no Sítio. E nós, temos feito muitas reformas
na natureza ao nosso redor? O que é que vocês acham?
Os
cientistas dizem que a Terra vai esquentar, esquentar, esquentar e todo mundo
vai morrer... O que acham dessa hipótese? A Terra tem esquentado? Sabem o que
significa aquecimento global? E o que é que causa o aquecimento global?
Vocês concordam com a fala de D. Benta ou apoiam Emília?
Por quê?
O
homem tem respeito pelo meio ambiente? Quais atitudes desrespeitosas ficam
evidentes?
AULA
05
TEMA: Respeito em todos
os sentidos
Etapa 13: Outra
História/RESPEITO AO PRÓXIMO E A PROPRIEDADE ALHEIA (20 min)
Conte
a história do “MACACO PICHADOR”, use gestos, expressões, pra deixar a história
bastante atrativa. Disponha a turma em círculo.
Algo de estranho estava acontecendo na floresta. O João de barro acabou de
construir sua casa. E ao acordar de manhã ele leva um susto! – o que é isso?
Quem foi capaz de fazer uma maldade dessas? Chamou toda família para mostrar. A
parede de fora de sua casa estava toda suja e rabiscada. Uma grande pichação!
As abelhas estavam trabalhando, visitando várias flores para produzir seu mel.
Quando voltam para casa, elas não acreditaram no que viram. Sua colmeia tinha
sido jogada no chão. E alguém comeu todo seu estoque de mel e sua geleia. Quem
será que está fazendo isso? Poxa vida! Na caverna do urso foram encontradas
muitas cascas de bananas pelo chão. Alguém comeu as bananas e se esqueceu do
lixo. Opa! Será que é uma pista? Qual animal gosta de comer bananas? É talvez,
seja o um macaco. Os animais então fizeram uma reunião e resolveram
contratar um detetive para investigar o caso. O louva a deus. Ele propôs ficar
vigiando a redondeza e pegar o infrator no pulo. Ao anoitecer o louva a deus
viu um macaco despistando e se afastando do grupo que dormia. O louva a deus
ficou de olho nele. Será que é esse macaco? Pensou.
O macaco então se aproximou do macaco vizinho, e sem que ninguém percebesse,
vupt! Cortou o cipó. Único meio de transporte do colega que estava dormindo e
ia trabalhar no outro dia bem cedo. Pouco tempo depois já estava juntando
pedras para jogar no ninho do canarinho. E já ia jogar quando o detetive louva
a deus chegou e deu uma bronca nele. - Não faça isso! O Sr canário trabalhou
muito para construir esse ninho para proteger os ovinhos que chegaram e é lá
que os filhotinhos vão crescer. Toda essa casa carregando no bico o material
necessário! E você, o que fez? Pichou a casa dele toda. As abelhas coitadas
trabalham até de madrugada e como vão descansar? Alguém destruiu a casa delas.
E não é só isso não! Quando amanhecer você pode observar que a tartaruga estará
carregando sobre seu casco gravetos e madeiras em direção ao rio, pois alguém
lançou pedras e destruiu a barragem que os animais usam para atravessar o rio.
O macaco escutava e olhava a tudo atento, pois tinha sido descoberto e temia
ser castigado. O louva a deus prosseguiu: se uma pessoa destrói a casa do outro
como poderá um dia ter uma? Se cortares o cipó do outro como poderá ter seu
próprio transporte? Você acha justo roubar o alimento dos outros, que trabalhou
tanto para consegui–lo? Como você pode ser respeitado se não respeita os
outros? Enquanto o louva a deus falava o macaco pulou apressado para um galho e
começou a juntar e espremer morangos, fazendo uma espécie de tinta. Chateado o
detetive entrou em sua casa e foi dormir. A conversa não tinha adiantado nada.
Pois o macaco estava se preparando para pichar novamente.
Na manhã seguinte os animais tiveram uma surpresa. A tinta que o macaco estava
fazendo a noite anterior era para pintar a casa do João de barro. A mesma que
ele tinha pichado. E ajudou a reconstruir tudo que havia destruído. E quer
saber a verdade? Ele sentiu mais prazer em ajudar do que estragar. Hoje a
floresta está mais bonita. As casas estão ficando mais coloridas, pois o macaco
criou novas cores amassando pétalas de flores. E já tem até um ateliê de arte e
pintura.
Comentando
sobre a história: Use as questões a seguir para debater com os alunos e pedir
para refletirem as atitudes do macaco, trabalhando respeito e empatia.
O
que você acha da atitude do macaco em prejudicar os seus colegas animais? Qual
estratégia o louva a deus usou para sensibilizar o macaco? Como o macaco se
sentiu ao reparar seus erros? No início da história o macaco foi desrespeitoso
com seus vizinhos da floresta, você já sofreu situações de desrespeito na sala
de aula? Quais? O que precisamos fazer para sermos respeitados? Se lhe pedissem
para escolher dois valores que mudariam o mundo se todos os vivessem, que
valores você escolheria? Reflita por um momento….. Paz e
respeito? Honestidade e compaixão? Amor e coragem? Cada
pessoa pode ter uma resposta diferente, mas cada um de nós tem razão. Se
todos no mundo vivessem apenas dois valores, por todo o tempo, o mundo mudaria
completamente.
Etapa
14: Estudo de caso (30 min)
Propor aos alunos a
análise das cenas abaixo para socializar seus pontos de vista. Pergunte se
concordam com a atitude do macaco? E se ele fosse o macaco vizinho, como se
sentiria? Se tivesse a oportunidade de contribuir nessa cena o que diria ao
macaco?
·
O macaco então
se aproximou do macaco vizinho, e sem que ninguém percebesse, vupt! Cortou o
cipó. Único meio de transporte do colega que estava dormindo e ia trabalhar no
outro dia bem cedo.
·
Faça a leitura da história de Bruno para
os alunos! Bruno
é um menino que gosta muito de ler livros. O lugar que ele mais gosta da escola
é a biblioteca, e toda a semana que vai até este lugar na escola escolhe um
livro novo para ler. Certo dia, Bruno encontrou na biblioteca um livro com
histórias muito legais e ficou com muita vontade de ler. Ele começou a ler o
livro e ficou muito empolgado com a história, mas seu colega Vinicius estava
conversando ao seu lado e ele não conseguiu ler a história. Bruno chamou a
professora, e ela mandou Vinicius ficar em silêncio e lhe entregou um livro
para ler. (PIERETTI, 2010, p.37 adaptado)
Assinale
uma alternativa: ( ) houve respeito de Vinicius para Bruno? ( ) não houve
respeito. Explique o porquê da escolha da alternativa:
·
Amanda é uma menina que gosta muito de ir
à escola. O lugar que ela mais gosta em sua escola é o pátio, pois lá ela pode
inventar muitas brincadeiras legais. Em uma manhã, enquanto brincava no pátio,
Amanda teve uma ideia de fazer um avião de papel para brincar. Ela estava se
divertindo tentando arremessar o avião bem alto. Em um dos arremessos o avião
caiu na quadra da escola e ele foi pisoteado pelos alunos que estavam jogando.
Laura, uma das colegas que estavam jogando na quadra não gostou que o avião
tinha atrapalhado o jogo, então ela pegou o avião da Amanda e rasgou.
(PIERETTI, 2010, p. 30 adaptado)
Assinale
uma alternativa: ( ) houve respeito ( ) não houve respeito Explique o porquê da
escolha da alternativa:
·
Guilherme é um menino que gosta muito de
estar com seus amigos e colegas. Ele sempre vai à escola com muita vontade de
descobrir coisas novas e fazer novos amigos. Ele gosta muito de fazer trabalhos
em grupos. Certo dia, a turma de Guilherme estava preparando um cartaz para
apresentar à outra turma da escola. O trabalho era bastante importante e todos
os alunos da turma tinham muito que fazer. Todos queriam fazer um trabalho bem
legal para mostrar à outra turma e estavam cooperando. Aconteceu que Mateus ficou
brincando com o material que a turma precisava usar para colocar no cartaz,
então a professora vendo a situação, pediu que Mateus saísse da sala e fosse
até a diretoria, pois estava atrapalhando seus colegas do grupo .(PIERETTI,
2010, P. 19 adaptado)
Assinale
uma alternativa: ( ) houve respeito ( ) não houve respeito. Explique o porquê
da escolha da alternativa:
AULA 06
Tema:
Respeito mútuo
Etapa
15: Interpretação da História (30 min)
Coloque a interpretação
do texto na lousa, peça aos alunos para escreverem no caderno, em seguida monte
grupos de estudo, distribua cópias da história para facilitar na resolução da
atividade, dê um tempo para a conclusão.
1.
Responda as questões abaixo com base no texto:
a) Onde a história se
passa?
b) Por que o texto se
chama “O macaco Pichador”?
c) Quem é o personagem
principal do texto?
d) Quais personagens
fazem parte da história lida?
e) Qual o problema
acontece na história e exige uma resolução final?
2.
Numere de acordo o que o macaco aprontou com cada personagem da história:
(1)
Tartaruga (2) Macaco vizinho (3) João de barro (4) Abelha
( ) Sua
colmeia tinha sido jogada no chão. E alguém comeu todo seu estoque de mel e sua
geleia.
( ) A
parede de fora de sua casa estava toda suja e rabiscada. Uma grande Pichação!
( ) Cortou
o cipó. Único meio de transporte do colega que estava dormindo e ia trabalhar
no outro dia bem cedo.
( )... pois
alguém lançou pedras e destruiu a barragem que os animais usam para atravessar
o rio.
3.
A moral dessa história é:
( ) Que devemos fazer muita bagunça.
( ) Que devemos sempre respeitar e fazer o bem
aos outros.
( ) Que devemos enganar as pessoas.
( ) Que devemos destruir a natureza.
Etapa
16: Dinâmica de Sensibilização (20 min)
Dinâmica do Respeito
mútuo Dinâmica: "Auxílio mútuo"
Objetivo: Para reflexão
da importância do próximo em nossa vida
Material: Pirulito para
cada participante. Procedimento: Todos em círculo, de pé. É dado um pirulito
para cada participante, e os seguintes comandos: todos devem segurar o pirulito
com a mão direita, com o braço estendido. Não pode ser dobrado, apenas levado
para a direita ou esquerda, mas sem dobrá-lo. A mão esquerda fica livre, para
trás e não poderá ser usada. Primeiro solicita-se que desembrulhem o pirulito,
já na posição correta (braço estendido, segurando o pirulito e de pé, em
círculo). Quando a maioria conseguir (se a estiver demorando demais deixe que
abram usando a mão esquerda) dê a seguinte orientação: sem sair do lugar em que
estão, mão esquerda atrás, direita segurando o pirulito e esticado sem poder
dobrá-lo, todos devem chupar o pirulito! Aguardar até que alguém tenha a
iniciativa de imaginar como executar esta tarefa, que só há uma: oferecer o
pirulito para a pessoa ao lado!!! Assim, automaticamente, os demais irão
oferecer e todos poderão chupar o pirulito. Encerra-se a dinâmica, cada um pode
sentar e continuar chupando, se quiser o pirulito que lhe foi oferecido.
Conclusão: Pergunte aos
alunos como se sentiram ajudando o próximo tal qual o macaco quando se
arrependeu do que fizera com seus vizinhos.
AULA
07
Tema:
O valor do respeito
Etapa
16: Entrevista Coletiva (20 min)
Escreva a entrevista na
lousa, peça que os alunos reescrevam no caderno. Divida a turma em grupos com 5
integrantes, peça para se organizarem e escolherem um para direcionar as
perguntas, discutam cada questão, organizem as respostas e escrevam no caderno,
para a socialização posteriormente.
NOME COMPLETO DOS MEMBROS
DO GRUPO
DATA:____/____/_____
ENTREVISTA
1) O QUE É RESPEITO PARA
VOCÊ?
2) COMO VOCÊ RESPEITA AS
OUTRAS PESSOAS?
3) VOCÊ SE SENTE
RESPEITADA(O) PELOS ALUNOS? COMO?
4) QUAIS SUGESTÕES VOCÊ
DARIA PARA QUE O RESPEITO OCORRESSE COM MAIS FREQUÊNCIA NA NOSSA ESCOLA?
5) CONTE-NOS UM EPISÓDIO
EM QUE VOCÊ FOI DESRESPEITADA(O) NA ESCOLA
Etapa
17: Socialização da Entrevista (15 min)
Etapa 18: Dinâmica da
“Qualidade" (15 min)
Cada um anota em um pequeno pedaço de
papel a qualidade que acha importante em uma pessoa. Em seguida todos colocam
os papéis no chão, virados para baixo, ao centro da roda. Ao sinal, todos devem
pegar um papel e em ordem devem apontar rapidamente a pessoa que tem esta
qualidade, justificando ou porque é importante essa qualidade no meio escolar.
AULA
08
Tema:
Respeito durante as aulas de Ciências
Etapa
18: Mão na Massa (30 min)
Vamos
desenhar o que as aulas anteriores me ensinaram?
Pergunta disparadora: “Como eu convivo em grupo?”
Abra espaço para os
alunos exporem suas ideias. Acolha as respostas apenas.
Orientações: A turma deverá se reunir para assistir o
curta-metragem chamado “A história das colheres de cabo grande”, por meio do
link: https://www.youtube.com/watch?v=Qtg9P4dry_0. Este complementará a discussão que eles
acabaram de participar. Retome a pergunta disparadora “como eu convivo em
grupo?” e reflita que a empatia (ação de se colocar no lugar do outro
compreendendo suas necessidades) leva a um melhor e mais saudável convívio em
grupo.
Finalize solicitando um desenho ou outra forma de expressão artística de
duplas/trios sobre essa sistematização orientando-os pontualmente a fim de
assegurar que todos os alunos consigam trazer manifestações sobre suas atitudes
e se estas correspondem à comportamentos éticos, saudáveis, com cidadania e
passíveis de serem replicados na sociedade.
Etapa
19: Firmando acordos (15 min)
Professor, agora oriente
a turma na elaboração de combinados de modo a tornar o ambiente de estudo mais
harmônico e prazeroso, a atividade poderá ser realizada em grupo. Em seguida
socialize esses combinados e votem nos que deverão ser mantidos, depois o
próprio professor confecciona o cartaz para ficar exposto em sala.
Etapa
20: Desafio (05 min)
Desafie os alunos a
trazerem na próxima aula um experimento, a atividade poderá ser desenvolvida em
grupo, os alunos realizarão em classe.
No dia das apresentações
enfatizar como deve ser o comportamento dos colegas no momento das
apresentações.
Lançar questões como:
qual a melhor forma de se comportar para entender o que está sendo apresentado?
O grupo teve dificuldade na realização do experimento, como escolha,
discordância entre os pares, etc.
Observação:
Ao longo da aplicação da sequência, registre as observações de desempenho de
cada aluno na ficha de avaliação diagnóstica disponibilizada
por WhatsApp.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AO PROFESSOR
Estratégias de uso de
texto na aula de ciências
A forma encontrada pelo
autor para apresentar a Ciência na maior parte das suas obras infantis parece
ser uma resposta a essa inquietação da juventude. Por meio da literatura
infantil, ele aproxima Ciência e Arte, por exemplo, e
tantos outros componentes. Nas palavras de Lobato: "a inteligência só
entra a funcionar com prazer, eficientemente, quando a imaginação lhe serve de
guia [...] A arte abrindo caminho à ciência: quando compreenderão os
professores que o segredo de tudo está aqui?" (LOBATO, 1956, p. 8).
De acordo com Filipouski
(1983), as histórias do Sítio do Picapau Amarelo apresentam dois focos
principais: um deles é o ficcional, no qual a fantasia e a realidade se unem à
resolução de problemas por meio da atuação dos personagens sobre o seu meio
ambiente. No outro, há sempre uma preocupação de caráter formativo e informativo,
buscando preencher uma lacuna pedagógica por meio da utilização de conteúdos de
diversas áreas do conhecimento. Dentre as diversas áreas do conhecimento
presentes nos livros infantis, a Ciência ocupa um papel de destaque. Ao longo
das obras, Lobato aborda conteúdos científicos da biologia, da física, da
química, da geologia, por exemplo. Além disso, em algumas obras, ele discute a
prática científica.
Recomenda-se
que a abordagem das questões ambientais, na escola, esteja ancorada nos
pressupostos da Educação Ambiental Crítica. É preciso que a prática educativa
"tenha a intenção de contribuir para uma mudança de valores e atitudes
formando um sujeito ecológico capaz de identificar e problematizar as questões
socioambientais e agir sobre elas" (CARVALHO, 2008, p.
156-157). Além disso, a BNCC/Ciências da Natureza sugerem que...
[...] o
conhecimento escolar não seja alheio ao debate ambiental travado na comunidade
e que ofereça meios de o aluno participar, refletir e manifestar-se,
interagindo com os membros da comunidade, no processo de convívio democrático e
participação social. (BRASIL, 1998,
p. 44-45)
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