Energia do Corpo


Como é obtida a energia que faz nosso corpo funcionar?
Molécula funciona como combustível e é quebrada até virar energia para o corpo
Energia é a capacidade para realizar trabalho (energia mecânica). O corpo humano possui reservas de energia química nas quais podem ser usadas para produzir energia elétrica, que gera impulsos nervosos e, calor, que ajuda na manutenção da temperatura corporal na faixa dos 37ºC, além do trabalho mecânico, por intermédio da contração muscular, para que possamos nos movimentar.
A energia do corpo é obtida dos nutrientes dos alimentos, como a glicose, as proteínas e os carboidratos. Para começo de conversa, energia não é nenhuma molécula: é a capacidade que nosso corpo tem de realizar trabalho, ou seja, fazer força ou provocar deslocamentos. Mas, para que um pedacinho do pão nosso de cada dia vire energia, não basta que seja engolido, mastigado e digerido. Ele tem que ser quebrado em moléculas pequenas, que possam ser absorvidas pelas células.
A glicose é a principal dessas moléculas. Os seres humanos, durante o processo evolutivo, conseguiram usar melhor a glicose que vem dos alimentos, retirando dela o máximo de energia. As bactérias, por exemplo, obtêm só 4% do seu potencial, enquanto o corpo humano transforma em trabalho 30% da energia que consome, o mesmo que um automóvel.
O restante da glicose vai para a manutenção das atividades vitais do organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais. Por isso, temos que abastecer nossa “máquina” várias vezes ao dia. Só não vale sair por aí assaltando a geladeira. Para funcionar bem, uma pessoa deve consumir, em média, 30 calorias por quilo de seu peso. Uma pessoa com 64 quilos, por exemplo, deve fazer uma dieta diária de cerca de 2 mil calorias.

MITOCÔNDRIAS
Como funciona a mitocôndria 
Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de glicose. A mitocôndria tem a função de quebrar a glicose introduzindo oxigênio no carbono, o que resta é o gás carbônico, que sairá através da expiração.
Este processo realizado por esta importante organela celular é conhecido como respiração celular. Para que as células possam desempenhar suas funções normalmente, elas dependem de várias reações químicas que ocorrem dentro da mitocôndria.
 Apesar de sua grande importância, a mitocôndria é uma organela celular bastante pequena. Existem células que possuem um grande número de mitocôndrias, contudo, a quantidade desta organela dependerá da função de cada uma. 
Quanto mais a célula necessitar de energia para realizar suas funções vitais, mais mitocôndrias ela produzirá. 
Estrutura da mitocôndria
Com relação a sua estrutura, de forma simplificada podemos dizer que a mitocôndria possui duas membranas (uma externa e outra interna). Muitas das reações químicas ocorrem em sua membrana interna. A membrana externa tem a função de revestir e sustentar suas organelas.
Curiosidades sobre as mitocôndrias:
- As mitocôndrias também são encontradas nas células vegetais.
 - As mitocôndrias só podem ser visualizadas com o auxílio de microscópio profissional, pois possuem dimensão diminutas (medem em média 0,003mm).
 - As mitocôndrias não são encontradas nas células de bactérias e algas azuis.
 - A palavra mitocôndria é de origem grega, onde “mitos” significa linha e “chondrion” significa grânulo.
 - As mitocôndrias estão presentes em maior quantidade nas células dos músculos, coração e sistema nervoso, pois estas necessitam de grande quantidade de energia.

GLICOSE NA VEIA
Molécula funciona como combustível e é quebrada até virar energia para o corpo
1- Como um pedaço de pão é milhões de vez maior que uma célula, o primeiro passo é quebrá-lo em porções cada vez menores, os carboidratos, através da mastigação e da digestão. Isso acontece até que o carboidrato seja reduzido à sua menor unidade: a glicose. No intestino delgado, ela é absorvida pelo sangue, segue para o fígado, tecidos periféricos e finalmente à célula.
2- A glicose entra no citoplasma, a porção aquosa da célula, e sofre sua primeira divisão. Uma molécula de glicose dá origem a duas de ácido pirúvico (três átomos de carbono). Em bactérias, a respiração termina aqui – por isso o aproveitamento energético delas é bem menor.
3- Os ácidos pirúvicos seguem para a mitocôndria, organela responsável pela respiração celular. Para obter mais energia, começa  uma sequência de reações. Nessa fase, o ácido perde hidrogênios, que vão para outras moléculas, e carbonos. Estes se ligam ao oxigênio disponível na célula, gerando CO2,que sai na respiração. No fim do ciclo, todos os carbonos da glicose viram CO2.
4- Os hidrogênios que saíram da 5 molécula de ácido pirúvico tendem a se ligar ao oxigênio da respiração. Ao se unirem na crista da mitocôndria, hidrogênio e oxigênio formam a famosa molécula de H2O. Parte dessa água é eliminada, e outra parte fica dentro da célula atuando nas reações químicas e ajudando a formar o citoplasma.
5- Mas sobram alguns íons H+, que são atraídos para o lado interno da membrana, que está carregado de íons negativos. Para isso, eles passam por um caminho específico, uma espécie de “turbina” em forma de guarda-chuva, a ATP-sintase, que gira e liga um fosfato, que já está na célula, a um ADP, que também está por ali, formando o ATP, que fica livre para participar de outras reações nas nossas células.

CONTA ENERGÉTICA
Para onde vai a energia que o corpo produz*
CÉREBR0 – 19%
As sinapses (comunicação entre os neurônios) consomem a maior parte da energia. Como tem pouco glicogênio de reserva, o cérebro pode sofrer danos graves quando falta glicose, mesmo que por um breve intervalo de tempo.
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS – 18%
As contrações musculares demandam muita energia. Em atividades físicas intensas, os músculos utilizam o glicogênio, que armazenam em grande quantidade.
CORAÇÃO – 7%
O coração depende muito da energia imediata da glicose. Por isso, as mitocôndrias são mais abundantes no músculo cardíaco do que no esquelético.
BAÇO E FÍGADO – 27%
É principalmente no fígado que nosso estoque energético – o glicogênio – está armazenado. É dele que retiramos a energia enquanto dormimos, por exemplo.
RINS – 10%
A maior parte dessa energia é usada para a produção de urina. O restante é utilizado para fabricar hormônios ou eliminar toxinas.
RESTO DO CORPO – 19%
Precisamos de energia para fazer o nosso coração bater, manter constante a temperatura do corpo e realizar movimentos. É por esse motivo que precisamos ingerir alimentos ricos em nutrientes energéticos, ou seja, aqueles que fornecem energia para a realização de todas as nossas atividades. A energia fornecida pelos alimentos e as necessidades energéticas do corpo são medidas em calorias. 
Os alimentos fornecem diferentes valores energéticos e a quantidade de energia utilizada, diariamente, depende da idade e do tipo de atividade realizada pela pessoa. Por isso devemos ficar atentos à quantidade de energia que consumimos durante as refeições e que gastamos durante as atividades diárias.
Conheça os exercícios que mais queimam calorias
1. Corrida (a uma velocidade de 12 km/h) 861 – 1.074 cal
Quando Usain Bolt quebrou o recorde mundial de 100m, ele estava acelerando a 43km/h. Então, pensar em correr a 12km/h pode ser atividade relativamente fácil.
2. Pular corda – 861-1.074 cal
Além de divertido, é uma ótima opção para perder muitas calorias.
3. Futebol – 752-937 cal
De acordo com o último censo global realizado pela Fifa, estima-se que existam 265 milhões de pessoas que jogam futebol.
4. Tae kwon do – 752-937 cal
Esta arte marcial coreana se concentra em belos chutes em direção à cabeça. Para se ter uma ideia, somente na Grã-Bretanha há mais de 20.000 membros na Associação de Tae kwon do. Lá, há mais de 600 academias especializadas no esporte.
5. Natação, com movimentos rápidos – 715-892 cal
A natação é um tipo de exercício que envolve o corpo inteiro e isso é ótimo para as articulações. Movimentos bem desempenhados e feitos com rapidez garantem muitas calorias a menos.
6. Subir escadas correndo – 657-819 cal
Além de definir coxas e glúteos, incluir subidas de escada ao treino queima muitas calorias. De acordo com estudo do jornal britânico de medicina esportiva, mulheres sedentárias que passaram a subir degraus correndo não só aumentaram a capacidade aeróbica máxima em 17,1 % , como reduziram o colesterol “ruim” em 7,7% — além de observarem perda de peso, em uma hora de treino.  E o melhor: qualquer escada de casa serve.
7. Corrida leve (a uma velocidade de 8kmh) – 606-755 cal
Correr mais rápido obviamente gasta mais calorias. Mas praticar o exercício em ritmo razoável também gasta. Tente correr em ritmo moderado, a cerca de 8 km/h por uma hora e veja o resultado.
8. Tênis – 606-755 cal
Estudos com diversos jogadores de tênis comprovaram que a massa óssea do braço desses atletas é mais forte do que a de pessoas que não praticam o esporte – o que sugere que jogar tênis durante a vida aumenta a mineralização dos ossos do braço.
9. Escalada – 606-755 cal
Cada parede de escalada é um quebra-cabeça, pois o cérebro precisa pensar nos próximos passos, onde o praticante deverá colocar as mãos e os pés. Treina-se mente e o corpo.
10. Futebol americano – 584-728 cal
Além da perda calórica, praticantes do esporte aumentam força e equilíbrio. Em 2009, aconteceu o primeiro campeonato brasileiro dessa modalidade de futebol. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol Americano, já existem mais de 100 times espalhados pelo país.
11. Basquete- 584-728 cal
Basquete é daqueles esportes ótimos para exercitar a coordenação motora. É preciso mirar a cesto, correr batendo a bola, se desvencilhar do adversário e, enfim, suar a camiseta.
12. Patinação- 548-683 cal
Ao patinar, você faz força com as pernas para o lado. O movimento fortalece a parte externa dos glúteos e é bastante divertido.
13. Aeróbico de alto impacto – 533-664
Os exercícios de alto impacto incluem corrida, saltos e outras sequências misturadas. É preciso abaixar, tocar o chão, pular, subir rapidamente…
14. Caminhadas – 438-546 cal
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan descobriu que caminhar em terrenos irregulares aumenta a quantidade de energia gasta em 28% a mais do que em terrenos planos.
15. Natação leve – 423-528 cal
O exercício de peito é o menos benéfico para o gasto calórico, mas ainda assim o mais eficaz para treino cardiovascular.
16. Hidroginástica – 402-501 cal
Na hidroginástica, os exercícios realizados na têm pouco impacto. É recomendado principalmente para a terceira idade.
17. Vôlei- 292-364 cal
Um estudo de 2017 da Universidade Pública de Economia, de Londres, com 459 atletas, comprovou que aqueles que praticavam esportes de equipe, como o vôlei, relataram estar mais satisfeitos com sua vida em geral.
18. Pedalada leve  (menos de 10 mph) – 292-364 cal
Diversos estudos já comprovaram que andar de bicicleta estimula a produção de endorfina, ativa a circulação sanguínea e gera bem-estar.
Concluir a sequência com o jogo
Experimento: Atividade com o repouso e movimento para contar os batimentos cardíacos.

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