Atividades da Semana Indígena 2021



















 Roteiro de Trabalho

Os povos indígenas brasileiros ontem e hoje

Objetivo(s) 

Identificar fatores que contribuíram para dizimar os indígenas brasileiros.

Ano(s): 6º ano

1ª etapa ( 1ª e 2ª aula): Inicialmente apresente o vídeo da série “Índios no Brasil - Episódio 1- Quem são eles?” até o minuto 3’53’’ link abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=SAM7IazyQc4  

 

Nesse vídeo serão abordados alguns aspectos que tratam do desconhecimento sobre os povos indígenas brasileiros. Através de entrevistas é apresentado um relato de como os brasileiros, em sua maioria, habitantes dos centros urbanos, possuem opiniões muito genéricas acerca do tema. No final do trecho selecionado, o entrevistado comenta: “Era tudo contrário do que se dizia”, justificando que na verdade a história que é ensinada destoa da realidade.

Peça para os alunos refletirem sobre como deve ter sido esse primeiro momento do contato dos portugueses com os povos indígenas, e a seguir proponha um pequeno debate a turma perguntando se algum deles sabe se possui descendência indígena. Se houverem respostas positivas, especificarem de quais povos indígenas são descendentes. Caso eles não saibam, problematize o porquê desse desconhecimento perguntando para toda a turma se algum deles conhece algum grupo indígena que possua territórios dentro do estado onde a aula está sendo ministrada. Caso alguns alunos conheçam, peça para que respondam quantos grupos indígenas eles acham que habitam o território do Brasil nos dias de hoje.

Dado esse passo, sugere-se quatro questões (imagem baixo – não é necessário dividir a turma em trio) para que os alunos discutam e anotem as conclusões a que chegaram.

Slide Plano Aula

Nessa parte da aula, é previsto que os alunos tenham opiniões diversas. Na primeira pergunta é possível que exista maior dificuldade, contudo, é esperado que se obtenham afirmações genéricas como: “foram os primeiros habitantes do Brasil, vivem em aldeias e etc”. Caso as respostas reforcem estereótipos sobre os povos indígenas ainda viverem seminus nas matas com hábitos supostamente “rudimentares", faça uma provocação para a turma: peça para eles refletirem sobre se um indígena andando na rua da sua cidade com calça jeans e camisa pólo perde sua identidade, apenas por estar vestido dessa forma. Ou se quem gosta de açaí, mamão, ou mesmo quem toma banho todo dia pode ser considerado indígena apenas por manter certas práticas originárias dessa cultura.

O objetivo dessa discussão é mostrar a circularidade, mesmo que desigual, das trocas culturais entre os colonizadores europeus e as diversas etnias indígenas, fazendo com que os estudantes percebam a discriminação presente em uma visão desses povos ainda presa a um passado anterior a chegada dos portugueses.

Na segunda pergunta, a partir da análise do vídeo, ou mesmo da utilização do texto do site, existe uma maior probabilidade de que os alunos respondam negativamente, porém, também as respostas afirmativas servirão para a problematização que virá na próxima parte.

Na terceira e quarta pergunta, o professor irá se deparar com as opiniões pessoais dos estudantes. A expectativa para essas respostas é que os alunos consigam relacionar o nosso desconhecimento sobre a diversidade indígena, apresentado no vídeo, com os preconceitos ainda presentes na sociedade brasileira. Caso isso não ocorra, mostre a eles a definição do dicionário da palavra preconceito, enfocando que ela significa uma ideia formada sem o conhecimento apropriado. Em seguida, pergunte a eles quantos conhecem o suficiente sobre os povos indígenas para não terem ideias que possam parecer preconceituosas. Mais uma vez, quanto maior a diversidade de respostas, melhor para o desenvolvimento da aula.

Como adequar à sua realidade: Caso o professor não tenha a possibilidade de utilizar o recurso de vídeo, está disponível o link de uma matéria vinculada ao site “povos indígenas no Brasil”, que aborda de forma didática a variedade de povos indígenas que habitam o território brasileiro. Como o texto é extenso, o professor pode utilizar o conteúdo presente nos subtítulos: “Quem são?” e “Povos indígenas”. Link: https://pib.socioambiental.org/pt/Quem_s%C3%A3o . Acesso em 11/11/2018.

 

2ª etapa ( 3ª e 4ª aula): Disponibilize para a turma dois mapas do Brasil. O primeiro foi elaborado pelos portugueses à época do descobrimento, e o segundo mostra um mapa do IBGE já com a presença dos diversos povos indígenas que habitam o território nacional no ano de 2010. Peça para que os trios analisem os dois mapas.

A seguir disponibilize as questões na imagem abaixo como um direcionamento para os estudantes discutirem.

Mapa do Brasil Antigo (1546)

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZBE5HHygbKzfT9MM2HYHeTZqXxhwCCgBUhJBT6m5AKrNy6kuEFHWevm8B3yb/his6-08und1-mapa-do-brasil-antigo.pdf

Mapa População Indígena Atual (2010) :

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/2jSsr3BdKCmCCCB2p2ceHYjykpdTPHzTdRVHEfYMmP8A6dakawES5VW9zpY/his6-08und1-mapa-populacao-indigena-atual.pdfSlide Plano Aula

Possivelmente os alunos em um primeiro momento irão notar o distanciamento histórico da realização dos mapas. Com relação ao primeiro mapa, é provável que eles constatem o trabalho artístico com as variadas paisagens representadas no continente americano. Essas paisagens apresentam um ambiente onde a natureza possui tanto ou mais destaque que os povos indígenas. Nesse sentido, a percepção dos alunos tenderá a caminhar para um mapa idealizado por outros (no caso, os colonizadores).

Já a segunda imagem, devido ao seu critério mais técnico, pode inicialmente parecer confuso para os alunos. Porém, o professor pode recorrer ao próprio site do IBGE, e assim, utilizar uma imagem mais detalhada (Disponível em: https://indigenas.ibge.gov.br/mapas-indigenas-2 .Acesso em 08/11/2018).

Também poderá projetar a imagem diretamente do site, e navegar com os alunos pelas populações que habitam o território brasileiro atualmente, inclusive selecionando os povos indígenas que habitam o estado brasileiro onde a aula está sendo ministrada.

É provável que ao analisar o segundo mapa os alunos fiquem surpresos com a quantidade da diversidade indígena que compõe o território nacional. No momento da comparação, é desejado que os alunos percebam, além da diferença temporal, as diferentes visões que estão presentes na elaboração dos mapas. Enquanto o primeiro trata a presença indígena de uma forma genérica e esparsa, o segundo especifica e ilumina a diversidade dos povos indígenas.

Caso isso não ocorra, peça para os alunos, após a comparação, relembrarem o que foi visto no vídeo/ matéria do site, e pergunte qual mapa está mais próximo do desconhecimento sobre os povos indígenas. Com essa estratégia é esperado que eles escolham o primeiro mapa, e assim percebam a diferença na forma como é abordada a questão indígena nas imagens apresentadas.

Em seguida, disponibilize aos estudantes a carta de Pero Vaz de Caminha.

Trecho Carta Pero Vaz de Caminha (1500) :

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/txXFsaNjPapGqcpx5MupgMVbccBZyjSeaYpQ8SMWvGEBHkv7cRzA2p7UU8Tv/his6-08und1-carta-pero-vaz-de-caminha.pdf

 

Após a leitura da carta, há uma maior probabilidade de os alunos relacionarem o que foi lido com o mapa 1. Os motivos para isso podem variar desde a similaridade temporal da carta com o mapa até o relato genérico de como o índio é percebido nos dois documentos.

Na pergunta que trata sobre a visão da carta relacionada ao vídeo apresentado, o professor que optar por utilizar o texto do site pode substituir a pergunta por : “Você acha que esta carta tem uma visão diferente em relação às percepções que a maioria dos brasileiros têm sobre os indígenas?” Independente da opção escolhida pelo professor, é esperado que os alunos respondam que o conhecimento sobre os povos indígenas não mudou muito em relação ao que a carta de Pero Vaz de Caminha aborda.

Após solicitar a turma para desenhar  um mapa mental com a palavra “Índio”, e  responderem a primeira coisa que vem a mente. É esperado que através dessa rápida estratégia o quadro esteja repleto de estereótipos que reproduzem uma visão preconceituosa sobre os povos indígenas. Feito isso, o professor poderá pedir para os alunos lerem novamente a carta e relacionarem esta com o que foi escrito no mapa mental.

Para finalizar essa atividade solicite à turma que faça um quadro onde terão que escrever, através de frases curtas, porque a história indígena é desconhecida, e o que se pode fazer para melhorar este conhecimento.

Ex:

Porque a história indígena é desconhecida

O que se pode fazer para melhorar este conhecimento.

 

 

 

 

 

 

O indígena e a atualidade: tribos como espaços de resistência

 

Ano(s) 8º ano

 

1ª etapa ( 1ª e 2ª aulaApresente as imagens abaixo aos alunos.

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

·         Nesta etapa é importante que os alunos realizem não apenas a leitura das legendas, mas anotem em seus cadernos sobre as contradições entre a fala presente nas legendas e as imagens apresentadas nos trechos do vídeo.

·         O objetivo desta atividade é fazer com que os alunos compreendam que o narrador busca passar uma mensagem de desconstrução da imagem do indígena enquanto sujeito que não possui direito de exercer costumes e ações tais como a religião cristã, futebol, uso de bonés, roupas
etc. sem que perca a sua identidade indígena.

·         Caso queira e ache pertinente, você poderá exibir o vídeo completo aos alunos (ou solicitar que os mesmos assistam como tarefa de casa). Disponível em: 

https://www.youtube.com/watch?time_continue=91&v=uuzTSTmIaUc  (01m31s). Acesso em: 10 de mar. de 2019.

Desta forma, o Contexto propõe que os alunos debatem entre si (e escreva): O que faz um sujeito ser indígena no Brasil? Espera-se que os alunos observem que a inserção do povo indígena a elementos contemporâneos da sociedade não indígena não descaracteriza sua identidade enquanto sujeito indígena.

Outro ponto que merece destaque é a reflexão que o narrador do vídeo faz, sobretudo quando se refere que a mudanças não afetam a relação com sua identidade indígena.

 

2ª etapa ( 3ª e 4ª aula): Apresente as imagens abaixo aos alunos – Pode enviar para os mesmos para que consigam fazer melhor a leitura do texto descrito.

Slide Plano Aula

 

 

Slide Plano Aula

 

Oriente para que um aluno leia em voz alta o texto sobre os critérios para a definição da identidade indígena.

Depois, peça para que outro aluno leia em voz alta o trecho do texto apresentado sobre o artesanato e a cultura do consumo como reinvenção da cultura indígena. Após a leitura das fontes, solicite que a turma responda os questionamentos abaixo e anote em seus cadernos.

 

·         De acordo com a Fundação Nacional do Índio, quais os critérios utilizados para a definição da identidade indígena?

 

Espera-se que os alunos identifiquem dois dos principais critérios utilizados pela Funai - seriam eles: a autodeclaração e consciência de sua identidade indígena e o reconhecimento desta identidade por parte do grupo de origem. É importante que os alunos compreendam que a identidade não se confere como algo exclusivamente externo, mas perpassa por uma relação dual, entre o reconhecimento do próprio indivíduo em relação com seu grupo. Interno e externo devem ser considerados como fatores de construção identitária.

 

·         Podemos afirmar que a comercialização de artesanatos prejudica a identidade indígena?

 

Espera-se que os alunos respondam não e justifiquem. A produção e a comercialização do artesanato são fatores de ressignificação da cultura indígena, sobretudo, inseridas no contexto brasileiro capitalista e contemporâneo.

 

Para você saber mais: Caso o professor deseje aprofundar seus conhecimentos sobre este tema, sugerimos o acesso aos materiais disponíveis nos links abaixo:

Quais os critérios utilizados para a definição de indígena? Disponível em: http://www.funai.gov.br/index.php/todos-ouvidoria/23-perguntas-frequentes/97-pergunta-3# Acesso em: 10 de mar. de 2019.

Ser indígena no Brasil contemporâneo: Novos rumos para um velho dilema. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000400011 Acesso em: 10 de mar. de 2019.

 

3ª etapa ( 5ª e 6ª aula): Apresente a turma a proposta abaixo para realização da próxima atividade: Slide Plano Aula

O objetivo desta atividade é estimular os alunos a desenvolver análise, compreensão e raciocínio crítico quanto à identidade indígena dentro do contexto atual do Brasil. Oriente que os alunos releiam suas anotações, realizadas nas etapas anteriores, pois, podem ajudar no desenvolvimento de seus quadrinhos.

Oriente alunos construir os quadrinhos de forma que possam expor seus trabalhos para a turma e depois, quando possível, poderá expô-los em um local de grande circulação na escola.

 

 

Os povos indígenas na formação do povo brasileiro

Objetivo(s) 

Identificar fatores que contribuíram para dizimar os indígenas brasileiros.

Ano(s): 7º ano

1ª etapa ( 1ª e 2ª aula): Inicialmente apresente a imagem abaixo:

Slide Plano Aula

Pergunte a turma se já viram imagens como as que você está apresentando. Questione sobre o que eles vêm nas imagens, peça para que eles as descrevam. Na imagem de Debret pergunte sobre como os indígenas estão sendo conduzidos, quais são as expressões que carregam. Caso os alunos não percebam, aponte para a escolta armada, ao passo que as pessoas conduzidas não apresentam nenhum tipo de arma, se há pessoas presas, se as crianças parecem tranquilas ou assustadas, dentre outros apontamentos que possam eventualmente surgir.

Por fim, questione sobre qual seria, ou quais seriam, a(s) mensagem (s)que essas imagens passam em relação aos povos que tentam representar? É importante discutir com os alunos que as imagens possuem intencionalidades, ou seja, carregam mensagens e ideias sobre a situação, personagem ou acontecimento retratado -  A proposta é que eles escrevam os questionamentos acima para que possam socializar suas respostas com mais segurança.

Agora apresente a imagem abaixo sobre o mapa das Capitanias Hereditárias.

Slide Plano Aula

 Auxilie para que os alunos se familiarizem com o mapa (resumindo sobre o tema), reparem na Rosa dos Ventos e qual é a sua função, se percebem que as linhas demarcadas no mapa representam fronteiras. Aponte este mapa não é recente, datando do século XVI (em torno de 1574) e que por isso pode nos parecer um pouco diferentes dos mapas com os quais estamos mais habituados, como os mapas do IBGE, por exemplo. Nesta etapa espera-se que os alunos entrem em contato com esta forma de administração do território colonial português e que possam analisar este processo de divisão de terras levando em consideração a ocupação dos povos que já habitavam estes espaços antes da divisão. Desta forma, questione:

·         Que grupo definiu essas divisões territoriais?

·         Será que estes espaços já não eram habitados antes do início da colonização realizada pela Coroa Portuguesa?

É importante que os alunos apontem a presença de grupos indígenas no território antes da chegada dos portugueses e reflitam sobre uma delimitação de fronteiras pelos colonizadores em espaços que já apresentam suas próprias configurações. Assim, territórios e formas de se relacionar com o espaço já existiam antes da colonização.

Apresente a reportagem do G1 “Índios protestam em Brasília por demarcação de terras” no link abaixo:

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2018/08/07/indios-protestam-em-brasilia-por-demarcacao-de-terras.ghtml

Após peça para que os alunos analisem a imagem e a mulher nela representada. Discuta, rapidamente, que as vestes utilizadas pela mulher não a tornam menos indígena, apesar das imagens que carregamos sobre os modos de vestir destes povos (imagem esta que, para além do vestuário, enquadra todos os grupos indígenas em uma mesma categoria, negligenciado a diversidade de culturas entre os povos). Pergunte aos alunos se eles imaginam do que se trata o protesto dos Guarani e Kaiowá acerca da demarcação de terras. Na imagem da reportagem da TV Senado, temos uma manifestação contra alterações nos processos de demarcação de terras e questionamentos similares podem ser levantados.

Estabeleça um diálogo de modo a discutir que mesmo com nossas fronteiras “definidas” os conflitos territoriais dentro de um mesmo território não cessam. Construa, juntamente com os alunos, uma relação entre a ocupação territorial à época das Capitanias e às terras reivindicadas pela população indígena atualmente. Questione:

Ø  Por que é importante para um grupo ter um território definido para viver? (solicite a resposta em um pequeno texto)

É importante que neste momento da aula apareçam narrativas de resistência desses grupos e sobre a legitimidade de suas reivindicações e formas de ocupar o território (territorialidade). A questão “Como podemos pensar alguns grupos indígenas em suas demandas por terra” se relaciona com os demais questionamentos levantados até então e deve levantar nos alunos a principal questão de que muitos desses povos permanecem em reivindicações por terras em todo país. Esta questão tem o objetivo de auxiliar na desconstrução de um estereótipo de passividade muitas vezes relacionado aos indígenas de modo geral e contextualizar uma situação de conflitos que segue construindo o território brasileiro até hoje. Este questionamento pode gerar diversas respostas e não é preciso que se feche a aula em apenas uma delas, no entanto, é importante que entre as reflexões geradas nos alunos apareçam respostas que apontem a luta dos diversos grupos indígenas pelo direito à um espaço onde possam exercer seus modos de vida.

 

Ø  Como adequar à sua realidade: Se a escola se localiza em comunidades indígenas questione os alunos acerca da história do local onde a escola se encontra, seus processos e conquistas.

 

2ª etapa ( 3ª e 4ª aula): Esta etapa consiste em pedir para que os alunos, individualmente, façam um desenho de como acreditam que seria a perspectiva de um indígena sobre os acontecimentos históricos relacionados ao território que foram discutidos até então durante a aula. Questione: será que as representações seriam, necessariamente, como a da imagem de Debret? Se necessário, volte rapidamente nessa imagem para que eles a relembrem.

Peça para que os alunos socializem os desenhos que fizeram e aponte para as diferenças e semelhanças entre eles. É possível que apareçam desenhos que subvertam a lógica apresentada na imagem de Debret e desenhos que reforcem estereótipos de passividade dos grupos indígenas, por exemplo. Nenhum desenho está errado e, tampouco, deve ser tratado como tal. Aproveite essa situação, caso ocorra, para evidenciar como estereótipos são difíceis de serem quebrados, pois são ideias que são reforçadas por diversas fontes, como livros, revistas, quadrinhos, filmes, novelas, nas conversas do cotidiano e etc. ao longo do tempo. Aponte que as representações apresentam pontos de vista distintos sempre a depender de quem as criou, em que época, com que ponto de vista e com qual objetivo. Desta forma, é importante que estejamos sempre atentos às intencionalidades das imagens com as quais nos deparamos no dia a dia, seja em um livro didático, apostilas, ou ainda e, principalmente, nos meios de comunicação. O mesmo ocorre não apenas com imagens, mas também quando lemos um texto, assistimos um filme, um documentário ou ouvimos uma música. Destaque que as imagens que eles produziram tinham um propósito (pensar em uma outra perspectiva de representação do indígena diferente da imagem de Debret), que foram criadas a partir do contexto da aula de História e que foram feitas por eles, que são sujeitos que carregam suas próprias crenças e visões de mundo, o que resultou em imagens parecidas, mas também, provavelmente, distintas entre si.




A inserção dos povos indígenas na construção de seus direitos

 

 

Ano(s) 9º ano

 

1ª etapa ( 1ª e 2ª aula) – Apresente o tema para a turma lendo o texto abaixo:

Considerando a presença indígena em território americano muito antes da chegada dos europeus, este fato dificilmente foi levado em consideração pelo homem branco colonizador, inclusive muito depois do período colonial. No Brasil, até pouco tempo, quem decidia sobre os direitos dos indígenas eram pessoas que não possuíam relação nenhuma com essa etnia, o que mostrava ainda mais o desrespeito para com este povo. É a partir da década de 80, no período de redemocratização do país, que emergem lideranças para defender e garantir os direitos indígenas, compostas por representantes indígenas. Nesse viés, é criado o CIMI - Conselho Indigenista Missionário, na década de 70, com o objetivo de apoiar as comunidades e organizações indígenas, promovendo sua autonomia, sendo conveniado à CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e que foi fundamental nas conquistas indígenas em 1988, pois participou ativamente na elaboração da Constituição Federal. Há ainda a UNI - União das Nações Indígenas, criada na década de 80, que deu voz a estes povos, inclusive participando de eventos nacionais e internacionais representando-lhes. Os jovens de diversas etnias indígenas criaram ainda na década de 80 a Uni - União das Nações Indígenas, visando a promoção da autonomia e a organização na luta por seus direitos. Neste mesmo período surge também a FIB - Federação Indígena Brasileira.

Fonte: CIMI - Conselho Indigenista Missionário, de CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, disponível em: <https://cimi.org.br/>. Acesso em: 7 de dezembro de 2018.

Fonte: UNI, de Terras indígenas no Brasil, disponível em: <https://terrasindigenas.org.br/pt-br/noticia/3980>. Acesso em: 7 de dezembro de 2018.

Após apresente a imagem abaixo que foi retirada do sítio virtual da Funai, sendo uma imagem do símbolo desta instituição. É essencial que os estudantes percebam os elementos que a compõem.

Slide Plano Aula

 

 

Caso perceba que os estudantes estão com dificuldades em perceber os elementos que compõe o símbolo da Funai, comente sobre a que objeto ele se refere (um cocar), do que ele parece ser feito (de penas de pássaros), porque há uma diversidade de cores (porque as penas utilizadas são de pássaros de espécies diferentes, encontradas geralmente na região onde vivem os indígenas, representando a fauna local), quem geralmente utiliza esta indumentária (indígenas).

Após solicite que os alunos leiam a respeito do uso do cocar no link abaixo:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xrgu8vQ7WBVu6EzdNUNJKzf3NCMw23nWg9XK9zKwnNmSnYAtCc6PnGpzqPyp/his9-36und04-material-complementar-o-uso-do-cocar.pdf

Após leitura solicite que a turma faça um pequeno texto esclarecendo suas concepções acerca do texto e finalize esclarecendo o porquê da escolha do cocar para slogan da FUNAI –

 

2ª etapa ( 3ª e 4ª aula): Apresente a turma o significado e atribuições da FUNAI

Slide Plano Aula

Caso perceba dificuldade por parte dos alunos em compreender o significado da palavra indigenista neste contexto, comente que se trata de ações políticas governamentais voltadas para as populações indígenas. Atualmente, sua efetivação acontece por meio de parcerias formais com outras organizações não governamentais também.

Vale frisar que sua orientação está pautada no reconhecimento de sua cultura, almejando sua autonomia, ou seja, sua soberania em relação à tomada de decisões que lhe afetam, para a efetivação do Estado democrático e pluriétnico, pois a sociedade brasileira é composta de diversas etnias que, juntas, corroboram com o desenvolvimento da nação.

 

3ª etapa ( 5ª e 6ª aula): Apresente a turma a proposta abaixo para realização da próxima atividade:  Teremos alguns trechos de uma entrevista com um indigena para analisarmos. Essa entrevista com um indígena militante das causas de seu povo permitirá que a turma perceba a proximidade desta temática entre a importância do sujeito histórico dentro de um contexto e a valorização das fontes orais, pois se trata da transcrição de uma entrevista, demonstrando, inclusive, a pluralidade de fontes que a história dispõe.

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

Slide Plano Aula

Após leitura dos trechos da entrevista, apresente os questionamentos abaixo para finalização da atividade – As respostas podem e devem ter acréscimos das experiências locais- Dos Grupos indígenas locais.

 

Slide Plano Aula




Nenhum comentário:

Postar um comentário