8ª PAUTA DA ARTICULAÇÃO DE ARTE 2022

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE  ITAMARAJU

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 

DE ITAMARAJU

 

                  Coordenação do Ensino Fundamental Anos Finais

 

 

ENCONTRO PEDAGÓGICO - 2022

 

 

COMPONENTE CURRICULAR: Arte

ARTICULADOR: Valdirene Soares de Almeida Pires

DATA: 20/09/2022

HORÁRIO: 8:00h às 11:30h (matutino)

                     13:30 às 17:00h (vespertino)

                                                                                                                                                                  

PAUTA:                                                                                                                                                         

1º Momento: Acolhida/Oração (05min)

2º Momento: Motivação (15min)

A ARTE DE PRODUZIR FOME

Rubem Alves

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...

Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias... Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme "A Festa de Babette", e a Tita, em "Como Água para Chocolate". Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome...

Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.

Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo se recusa a comer. Forçado, ele vomita.

Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer dizer "ir atrás". É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.

Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar

enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia. Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las. E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.

Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.

Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. "Pule o muro à noite e roube as pitangas." Furto, fruto, tão próximos... Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.

Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: "Construa uma maquineta de roubar pitangas". McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são

extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.

Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.

Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.

Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.

Dizia Miguel de Unamuno: "Saber por saber: isso é inumano..."

Então que moral podemos tirar dessa história? A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome... Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja...

3º Momento: Vídeo - Empatia e Gratidão:

https://www.youtube.com/watch?v=aSVBakv_2jY

Ø  Um vídeo tão curtinho mas expressa nitidamente a EMPATIA, como pequenas ações no nosso dia a dia, situações que vivenciamos e precisamos nos comover e agir, entender a necessidade do próximo, e quando temos atitudes generosa o retorno positivo é certo, a gratidão e reconhecimento, vale a pena.

Ø  Esse pequeno vídeo nos faz refletir bastante à respeito das relações cotidianas. Muitas vezes não damos a devida atenção para quem merece ou realmente precisa da nossa ajuda.

Ø  PRECISAMOS melhorar nossas AÇÕES HUMANAS TODOS os dias!

4º Momento: A Mostra Cultural da Educação Municipal

Dar mais detalhes sobre este dia. Pedir que escolham seus trabalhos.

5º Momento: Lanche

6º Momento: Sistematização e Conclusão das Sequências Didáticas

Os grupos deverão pontuar aspectos selecionados sobre a sequência do grupo oposto, a partir da observação criteriosa de aula por aula, fazendo as anotações e acréscimos do que for necessário. Observar se é fiel ao direcionamento? o que está proposto cabe no espaço de aulas sugeridas? o tempo de cada etapa condiz com o que está sendo proposto? A metodologia favorece o desenvolvimento das habilidades? Os objetivos específicos estão de acordo as habilidades? Eles terão que alterar as sequências. Em seguida farão as apresentações através da leitura oral. Entregar um roteiro do que será observado e pontuado.

8ª Sequência Didática - Setembro

 

6º Ano:

Tema Inter Curricular: Leitura e Escrita Itamaraju em foco

Unidade Temática: Artes Visuais e Artes Integradas

Tema Integrador: Ciência e Tecnologia, Cidadania e Civismo

Objetos de Conhecimento e Habilidades

Contextos e Práticas: (EF69AR01), (EF69AR101BA

Matrizes Estéticas e Culturais: (EF15AR03)

Materialidades: (EF15AR05)

Processos de Criação: (EF15AR23)

Patrimônio Cultural: (EF15AR26)

Artes e Tecnologia: (EF69AR35)

 

7º Ano:

Tema Inter Curricular: Leitura e Escrita Itamaraju em foco

Unidade Temática: Artes Visuais e Artes Integradas

Tema Integrador: Ciência e Tecnologia, Cidadania e Civismo

Objetos de Conhecimento e Habilidades

Contextos e Práticas: (EF69AR01), (EF69AR03), (EF69AR119BA

Matrizes Estéticas e Culturais: (EF69AR78BA)

Materialidades: (EF15AR05)

Processos de Criação: (EF69AR43BA),(EF69AR06)

Sistemas de Linguagem: (EF69AR46BA)

Processos de Criação: (EF69AR31) Artes Integradas

Artes e Tecnologia: (EF69AR35)

 

8ºAno:

Tema Inter Curricular: Leitura e Escrita Itamaraju em foco

Unidade Temática: Artes Visuais e Artes Integradas

Tema Integrador: Ciência e Tecnologia, Cidadania e Civismo

Objetos de Conhecimento e Habilidades

Contextos e Práticas: (EF69AR119BA

Matrizes Estéticas e Culturais: (EF69AR78BA)

Materialidades: (EF15AR90BA),(EF15AR91BA)

Processos de Criação: (EF69AR06)

Processos de Criação: (EF69AR31) Artes Integradas

Artes e Tecnologia: (EF69AR35)

 

9º Ano:

Tema Inter Curricular: Leitura e Escrita Itamaraju em foco

Unidade Temática: Artes Visuais e Artes Integradas

Tema Integrador: Ciência e Tecnologia, Cidadania e Civismo

Objetos de Conhecimento e Habilidades

Contextos e Práticas: (EF69AR01), (EF69AR03), (EF69AR119BA

Processos de Criação: (EF69AR108BA)

Sistemas de Linguagem: (EF69AR109BA)

Artes Integradas: (EF69AR31)

Artes e Tecnologia: (EF69AR35)

 

7º Momento: Fechamento

 

(EF69AR109BA) Pesquisar, analisar e reconhe - cer situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.

 

 

 

 

 

 

 

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