PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAMARAJU
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ENCONTRO
PEDAGÓGICO - 2022
COMPONENTE
CURRICULAR: Ciências
ARTICULADOR: Nilsilane
N. Silva
DATA: 04/05/2022
HORÁRIO:
8:00h às 11:30h (matutino)
13:30 às 17:00h (vespertino)
PAUTA:
1º Momento: Acolhida/Oração/
Texto “ O que da vida não se descreve?”
O que da vida não se descreve...
Eu me recordo daquele dia. O professor de redação me desafiou a
descrever o sabor da laranja. Era dia de prova e o desafio valeria como
avaliação final. Eu fiquei paralisado por um bom tempo, sem que nada fosse
registrado no papel. Tudo o que eu sabia sobre o gosto da laranja não podia ser
traduzido para o universo das palavras. Era um sabor sem saber, como se o
aprimorado do gosto não pertencesse ao tortuoso discurso da epistemologia e
suas definições tão exatas. Diante da página em branco eu visitava minhas
lembranças felizes, quando na mais tenra infância eu via meu pai chegar em sua
bicicleta Monark, trazendo na garupa um imenso saco de laranjas. A cena era tão
concreta dentro de mim, que eu podia sentir a felicidade em seu odor cítrico e
nuanças alaranjadas. A vida feliz, parte miúda de um tempo imenso; alegrias
alojadas em gomos caudalosos, abraçados como se fossem grandes amigos, filhos
gerados em movimento único de nascer. Tudo era meu; tudo já era sabido, porque
já sentido. Mas como transpor esta distância entre o que sei, porque senti,
para o que ainda não sei dizer do que já senti? Como falar do sabor da laranja,
mas sem com ele ser injusto, tornando-o menor, esmagando-o, reduzindo-o ao
bagaço de minha parca literatura?
Não hesitei. Na imensa folha em branco registrei uma única
frase. "Sobre o sabor eu não sei dizer. Eu só sei sentir!"
Eu nunca mais pude esquecer aquele dia. A experiência foi
reveladora. Eu gosto de laranja, mas até hoje ainda me sinto inapto para
descrever o seu gosto. O que dele experimento pertence à ordem das coisas
inatingíveis. Metafísica dos sabores? Pode ser...
O interessante é que a laranja se desdobra em inúmeras realidades. Vez em
quando, eu me pego diante da vida sofrendo a mesma angústia daquele dia. O que
posso falar sobre o que sinto? Qual é a palavra que pode alcançar, de maneira
eficaz, a natureza metafísica dos meus afetos? O que posso responder ao
terapeuta, no momento em que me pede para descrever o que estou sentindo? Há
palavras que possam alcançar as raízes de nossas angústias?
Não sei. Prefiro permanecer no silêncio da contemplação. É sacral o que sinto,
assim como também está revestido de sacralidade o sabor que experimento.
Sabores e saberes são rimas preciosas, mas não são realidades que sobrevivem à
superfície.
Querer a profundidade das coisas é um jeito sábio de resolver os conflitos.
Muitos sofrimentos nascem e são alimentados a partir de perguntas idiotas.
Quero aprender a perguntar menos. Eu espero ansioso por este dia. Quero
descobrir a graça de sorrir diante de tudo o que ainda não sei. Quero que a
matriz de minhas alegrias seja o que da vida não se descreve...
Após
a mensagem, fazer uma breve reflexão a certa dos seguintes questionamentos:
·
O que da vida não se descreve?
·
O
que te marcou ao longo desses anos de vida?
·
Será
que você tem marcado a vida de alguém? Já ouviu algum relato sobre isso?
Conclusão: As
marcas deixadas pelos professores serão carregadas pelos alunos por toda a
vida. Os primeiros professores são uma extensão da família emocional.
Eles serão lembrados até por uma simples atividade que tenha realizado, uma
palavra bem dita ou mal dita, se era amorosa, chata, brava, calma, enérgica, se
gritava, se era paciente ou não.
Obs: Citar uma
fala de Cortella sobre o professor da educação infantil e o dos demais
seguimentos.
Por isso, estimado professor, questione sempre quais marcas você quer deixar para seus alunos, além do seu conhecimento escolar! Seja uma inspiração positiva na redação, experiência, relatos de seus antigos alunos.
2º Momento: Avaliação diagnóstica
Esse
momento os professores deverão preencher as fichas diagnósticos, calculando uma
média geral para os critérios avaliados no decorrer da aplicação das sequências
didáticas trabalhadas, dessa maneira construirá um perfil para as turmas
colaborando para a construção do Planejamento anual. Fazer a leitura dos
resultados em grupo, apresentar aos demais professores e abrir espaço para
pontuarem outras situações que não foram apresentadas.
3º Momento: Seleção de habilidades e
objetos de conhecimento essenciais - flexibilização curricular - recuperação da
aprendizagem
Em
grupo selecionar as habilidades prioritárias que serão desenvolvidas ao longo
do ano.
4º Momento: Intervalo
5º Momento: Sugestão para Semana do Meio Ambiente
Palestras
nas escolas;
Ação
no centro da cidade;
Gincana
Limpa;
Plantio
nas margens de rios recuperando a mata ciliar;
Oficinas
com aprendizagem de reaproveitamento de material que resultará em algo que será
útil, para a escola ou comunidade. Exemplos: sabão barra reutilizando óleo
comestível, lixeiras de garrafa pet, tapetes de retalhos de tecido, suporte ou
cestas feitas de papel...
6º Momento: Considerações sobre a
sequência didática
Complementar
a semana seguinte com material que ficou de fora da sequência (analisar
questões do livro).
Trabalhar
nas próximas aulas, íons e tabela periódica com a distribuição eletrônica;
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