11ª Sequencia 2021 - História

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021

Unidade Temática: Trabalho e formas de organização social e cultural.

Objetos de Conhecimento: Senhores e servos no mundo antigo e no medieval/Escravidão e trabalho livre em diferentes temporalidades e espaços (Roma Antiga, Europa medieval e África).Lógicas comerciais na Antiguidade romana e no mundo medieval.

Ano/Série: 6ºano Período:16/11 a 10/12/2021Nº de Aulas: 04

TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Multiculturalismo; Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde.

Tema Intecurricular:Pluralismo cultural e multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e culturais.

Habilidades:

(EF06HI02BA) Compreender e analisar o trabalho livre e o trabalho escravo no mundo antigo, discutindo-os nos diferentes sociedades e temporalidades;

(EF06HI17) Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo, relacionando-os com as relações de trabalho da atualidade.

·         Competência Geral da BNCC:

  • Conhecimento:Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

·         Competência Específica de História:

Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

·         Competência Socioemocional:

  • Tomada de decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.

ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

 

·         OBSERVAÇÃO: NESTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA VAMOS UTILIZAR DOIS MATERIAIS QUE SERÃO ANEXADOS, SENDO ELES: A REVISTA RAÍZES E SABERES, PRODUZIDO PELA PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL DE ITAMARAJU, ALENICE FRANÇA E LAÍS RAMOS E O LIVRO: MANDELA: O AFRICANO DE TODAS AS CORES DE ALAIN SERRES, ZAÚ.

·         1ª Etapa: (aulas 1 e 2)

·         (1ª aula) – Para iniciar é importante revisar com os alunos através de uma conversa informal sobre: culturalismo, multiculturalismo, preconceito, racismo, novembro negro – Existem diversos materiais a respeito desses temas no seu grupo do whatsapp.

·         Após faça a leitura e socialização do texto inicial da REVISTA RAÍZES E SABERES: “Nós herdeiros”, é importante mostrar no compartilhamento do meet, o texto, está bem colorido e atrativo.

·         Em seguida reflitam sobre o papel da mulher no Quilombo (defina) utilizando a segunda página da

 REVISTA RAÍZES E SABERES:ou no link:

https://www.brasildefatope.com.br/2016/11/28/quilombo-como-organizacao-luta-e-resistencia-das-mulheres

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

·         Peça aos alunos que leiam o texto abaixo e caso não consigam imprimir para fazer o caça-palavras, pesquisem sobre o conceito das palavras em negrito e escreva no caderno sobre elas.

Atividade

Qual a importância de procurarmos pessoas negras como referências?

Qual o lugar reservado para uma mulher que nasce pobre e NEGRA em um país como o Brasil? NEUSA Santos Souza, uma negra baiana, contrariando todas as estatísticas, estudou medicina e PSICANÁLISE, e se tornou uma INTELECTUAL de renome. Neusa formou-se em Medicina pela Universidade FEDERAL da Bahia (UFBA) e fez Mestrado em PSIQUIATRIA na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além de PIONEIRA nos estudos sobre os ASPECTOS sociológicos e psicanalíticos da NEGRITUDE no Brasil, Neusa também fez importantes contribuições em ESTUDOS sobre a psicose e a psicanálise lacaniana. Publicou diversos artigos e livros, entre eles, “Tornar-se Negro ” , em que aborda os problemas EMOCIONAIS do povo negro e sua dificuldade em lidar com as suas subjetividades por terem sofrido o processo de violência e racismo imposto pelo COLONIALISMO. Pouco antes de falecer, em 20 de dezembro de 2008, com 60 anos de idade, escreveu um artigo aludindo aos 120 anos que a Lei Áurea completaria em 2009. O texto, em formato de DESABAFO, foi concluído com: “Cento e vinte anos de abolição quer dizer 120 anos de luta dos negros que no Brasil, dia a dia, convivem com o PRECONCEITO e a DISCRIMINAÇÃO racial”.

·         Oriente-os a pesquisar sobre o significado das palavras abaixo de origem africana que são usadas em nosso dia a dia:

Axé

Moleque

Caçula

Cafuné

Cachaça

 

·         2ª Etapa: (aulas 3 e 4)

·         (3ª aula) - Nesta aula use a sessão: Na boca do povo! Da REVISTA RAÍZES E SABERES, com o tema: Sabedoria Griô- A história como herança. Ou utilize o link: http://www.processocom.org/2016/06/01/a%20-importancia-de-grios-na-socializacao-desaberes-e-de-fazeres-da-cultura/

·         Logo em seguida leia o conto:TODOS DEPENDEM DABOCA, em anexo na revista.

·         Proponha como atividade uma pesquisa na comunidade em que vive sobre provérbios ditos como alerta e aprendizagem.

·         (aula 04) –Nesta aula vamos nos deliciar na sessão culinária e sabores, além de conhecer um pouco mais sobre os produtos que utilizamos e que vieram da África quando foram trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro. Na oportunidade questione aos alunos o que mais veio com os negros para o Brasil: refletindo sobre sua história, cultura e religiosidade. É fundamental que acompanhe na revista em anexo todos os textos.

v  Socialize com os alunos o texto da seção da revista: Respeito a religiosidade, converse sobre esse tema com respeito a toda e qualquer manifestação de fé das pessoas, independente do seu credo. Logo após proponha uma atividade de pesquisa na comunidade em que eles moram, buscando saber das pessoas mais velhas se haviam benzedeiras, curandeiros, festeiros da esmola de São Benedito ou outras festas de cultura africana. Se houver escreva o que eles se lembram desse período.

v  Para finalizar pergunte aos alunos: O QUE É CONSCIÊNCIA NEGRA? Reflita juntamente com eles as respostas dadas e faça a leitura compartilhada do texto da última página da  REVISTA RAÍZES E SABERES ou no link:

https://www.geledes.org.br/%20conscienci%20a-negra-significado/

 

v  É importante conversar com os alunos sobre o material da REVISTA RAÍZES E SABERES, como atividade para produzir um texto de forma poética ou não sobre o movimento consciência negra.

·         3ª Etapa: (aulas 5 e 6)

v  (5ª aula) – Use essa aula para que a turma apresente seus textos e caso haja tempo, faça um momento de reflexão a partir dos textos lidos.

v  ( 6ª aula) - Para ajudar nas atividades que foram propostas, utilize ainda o material do aluno, o livro didático das páginas 182 a 207.

v  As duas últimas aulas serão utilizadas para encerramento de atividades

RECURSOS:( ) Resumo( ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;(x ) Vídeo;( ) Computador;(x ) Jogos; (x ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( ) Informativos. ( x) meet

AVALIAÇÃO:( ) Prova; ( x ) Trabalho; ( )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); ( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da participação;

ANEXOS:

 

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021

Unidade Temática:Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.

Objetos de Conhecimento:Traços dos povos africanos, europeus indígenas na organização da sociedade Itamarajuense; A escravidão moderna e trafico de escravizados

Ano/Série: 7ºano Período:16/11 a 03/12/2021 Nº de Aulas: 06

TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES:Multiculturalismo; Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde.

Tema Intecurricular:Pluralismo cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discursões étnicas e culturais.

Habilidades:

(EF07HI12): Identificar distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial e étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática).

·         Competência Geral da BNCC:

·         Conhecimento:Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

·         Competência Específica de História:

Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

·         Competência Socioemocional:

·         Tomada de decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.

                                              ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

 

·         1ª Etapa: (aulas 1 e 2)

 

·         (1ª aula) - Apresentar o objeto de conhecimento para a turma: Traços dos povos africanos, europeus, indígenas na organização da sociedade Itamarajuense; A escravidão moderna e tráfico de escravizados.

·         Fazer uma roda de conversa socializando as repostas da entrevista que estava no final da nossa última sequência. Após disponibilize para a turma a questão abaixo: 

 

·         Peça para os alunos compartilharem as respostas com a turma. Espera-se que as respostas demonstrem desconforto, medo e receio da violência e do inesperado. Caso algum aluno apresente dificuldade em responder, pergunte se alguém da turma já viu algum filme, novela, ou mesmo se já leu algum livro sobre escravidão.

·         Se alguém disser que já assistiu, peça para contar como era e o que mais chamou a sua atenção.

·         Para dar continuidade solicite a leitura das págs. 180 a 184.

 

·         ( 2º aula)-Nesta aula será abordado sobre o trajeto dos africanos até o Brasil e o trabalho escravo. Para iniciar a abordagem do tema será trabalhado a música e trechos de textos a seguir:

 

https://www.youtube.com/watch?v=FlFxynBODc4

 

Angola, Congo, Benguela

Monjolo, Cabinda, Mina

Quiloa, Rebolo

Aqui onde estão os homens

Há um grande leilão

Dizem que nele há uma princesa à venda

Que veio junto com seus súditos

Acorrentados num carro de boi

 

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Angola, Congo, Benguela

Monjolo, Cabinda, Mina

Quiloa, Rebolo

Aqui onde estão os homens

De um lado cana-de-açúcar

De outro lado, o cafezal

Ao centro, os senhores sentados

Vendo a colheita do algodão branco

Sendo colhido por mãos negras

 

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Quando Zumbi chegar

O que vai acontecer

 

Zumbi é o senhor das guerras

Senhor das demandas

Quando Zumbi chega

É Zumbi é quem manda

 

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Eu quero ver

Angola

Congo

Benguela

Monjolo

Cabinda

Mina

Quiloa

Rebolo

 

ü  O compositor expôs algumas etnias africanas que vieram forçadas para o Brasil e eram vendidas em leilões; na segunda estrofe, reforçando os nomes das etnias, ele trata dos lugares em que essa mão de obra escravizada foi empregada, destacando canavial, cafezais e colheita de algodão; no terceiro e no quarto, atribuem à figura de Zumbi o ideal de força e resistência

 

·         Agora disponibilize os textos dos trechos do capítulo “Presença negra: conflitos e encontros”, escrito por um dos maiores especialistas do tema escravidão africana no país, João José Reis, publicado no livro Brasil: 500 anos de povoamento.

 

 

·         Sugira que a turma estabeleça uma relação entre a música e os trechos dos textos em escrio para socialização posterior.

·         Espera-se que no Trecho 1 os alunos identifiquem processo de tráfico de escravos, atentando para o modo como os africanos foram capturados e escravizados, além de apresentar as quatro rotas utilizadas pelo tráfico para desembarcar escravizados no Brasil: Guiné, Mina, Angola e Moçambique. Trecho 2, a turma deve destacar os lugares de atuação dos escravizados, tanto no campo quanto na área urbana, e por esta razão vai de encontro à letra da música, quando diz que os escravizados exerciam trabalhos forçados nos canaviais, cafezais e na colheita de algodão. Já o Texto 3 trata dos diferentes povos africanos que foram trazidas para a América Portuguesa, relacionando diretamente com as etnias mencionadas na música.

·         2ª Etapa: (aulas 3 e 4)

 

·         (3ª aula) - Dando continuidade ao tema da aula anterior sobre o trajeto dos africanos até o Brasil o trabalho escravo e os diversos povos africanos que chegaram em nosso país. O professor iniciará uma leitura compartilhada das págs. 180 a 185.

·         Após a explicação os alunos farão a atividade do 01 ao 03 págs. 194 a 196

 

·         (4ª aula) - A resistência dos escravos tinha como grande objetivo a conquista da liberdade, mas também poderia buscar apenas impor limites ao excesso de tirania de feitores e senhores.

·         Iniciaremos a discursão sobre resistência com o vídeo:

https://youtu.be/o_MTBTxPEnE

·         Após o vídeo leitura das págs. 186 a 192 e Atividade do 04 ao 06 págs. 196 e 197

·         3ª Etapa: (aulas 5 e 6)

·         (5ª aula) - Iniciaremos a aula trabalhando o tema: Escravidão Moderna.Para além de uma simples palavra, escravidão é, sobretudo, um conceito que deve ser entendido no interior do contexto histórico abordado, se houvesse algo a unificar o conceito a partir dos diferentes períodos, seria envolto nas relações de trabalho, em que se define “a forma de aplicação do esforço humano na apropriação da natureza para os fins específicos de subsistência”, desta forma, o escravizado seria aquele que nas relações de trabalho está privado do controle do próprio esforço produtivo bem como do processo que garante sua subsistência material. Para melhor compreensão assistir o vídeo abaixo:

https://youtu.be/jfafD2wxvNA

 

·         Após assistirem o vídeo trabalhar o texto abaixo:

 

Escravidão moderna: tendência de aumento no pós-pandemia?

 

·         A partir de 2009, após a chacina que vitimou auditores fiscais e um motorista na zona rural de Unaí-MG em 2004, instituiu-se no Brasil o dia 28 de janeiro como o dia designado para o combate contra a exploração da mão de obra trabalhadora, submetida ao trabalho  degradante, análogo ao de escravo.

·         Propomo-nos a abordar um pouco sobre essa mazela tão antiga quanto nossa hisória, mas que ainda desafia todos quantos se dedicam a ações efetivas de prevenção e repressão ao problema. Mesmo em pleno século XXI, nossa sociedade ainda  não conseguiu abolir de vez a cadeia sistêmica que continua reproduzindo o trabalho escravo. Em um cenário que se delineia a situação de miserabilidade das suas vitimas, a ganância e impunidade dos empregadores, além da fragilização dos sistemas de invetigação e fiscalização, não há nada do que se orgulhar.

·         Nosso Código Penal conceitua o trabalho análogo à escravidão, no seu artigo 149, como aquele que tende a: “reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.”

·         Em absoluto desrespeito ao princípio da dignidade humana e aos demais corolários, que resguardam os direitos fundamentais, os infratores costumam se sentir como se isentos estivessem do alcance da lei, porquanto persistem promovendo a exploração de vulneráveis tanto em zonas urbanas, como rurais. Somente em 2020, ano de pandemia e dificuldades extremas, a Inspeção do Trabalho[2] identificou 134 trabalhadores em condições análogas à escravidão na zona rural e 106 na zona urbana, considerando-se apenas as ações empreendidas de janeiro a junho do mesmo ano.

·         Dentro dessa linha de raciocínio, pode-se antevê que no curto período do pós-pandemia não haverá o sonhado desenvolvimento econômico, capaz de gerar uma melhor distribuição da riqueza e, por isso, aposta-se numa forte tendência de trabalhos degradantes continuarem sendo a única opção para boa parte da nossa população mais indefesa, que será submetida ainda mais à precarização de direitos.

·         Quando se entende que o trabalho dignifica o homem, é necessário que também se compreenda que o trabalho forçado não apenas o prejudica e maltrata,  mas também marca o retrocesso de toda uma sociedade, que envergonha seus filhos, por sua incapacidade de fomentar condições de sobrevivência justas e favoráveis, capazes de promoverem um desenvolvimento econômico sem tantas chagas marcadas pela dor e o abandono dos que mais carecem de oportunidades.

·         Espera-se que não tarde uma resolução para esse grave problema social, recorrente no mundo e em nosso país. O caminho já está indicado pela ciência, que são a valorização de políticas públicas adequadas, com o investimento em educação de qualidade, fiscalização bem equipada, promoção do pleno emprego e correção de rumos de práticas que degradam a pessoa humana, despersonalizando-a e transformando em objeto.

 

Carolina Bertrand Rodrigues Oliveira*

 

https://amatra19.org.br/escravidao-moderna-tendencia-de-aumento-no-pos-pandemia/

 

Atividade

1-      Observe a imagem:

 

Por que o grafite diz a frase: Não está à venda?

 

O que você entende por escravidão?

 

 

 

Relacione a imagem com o trabalho escravo.

 

·         ( 6º aula)- Inicie essa aula  destacando que a cultura africana é extremamente rica e diversificada. São inúmeros povos que habitam o continente, com uma vasta quantidade de línguas, religiões, tribos e costumes distintos. E toda essa diversidade teve um papel importante na formação da identidade cultural afro-brasileira. Em Novembro temos uma data importante no calendário: o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 do mês. A data marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares e traz uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana na construção do nosso país. Por exemplo: você conhece as palavras moleque, fubá, cachaça, berimbau e maracatu? Estas e outras palavras do nosso vocabulário têm origem africana, porém a contribuição da cultura afro não se encontra apenas na língua, mas, também, na culinária, na dança, na religião e na música. Neste momento apresente o texto abaixo:

 

A herança cultural Africana

O samba, a feijoada, a música Black, o berimbau, a capoeira e o candomblé, são heranças culturais trazidas pelos afrodescendentes ao Brasil. Dentro desse contexto, é inegável que os escravos contribuíram muitíssimo para a construção da identidade brasileira. A fim de que houvesse o devido reconhecimento, no ano de 2003 foi decretada a lei 10.639/03, cuja função é tornar obrigatório o ensino da cultura e história brasileiro-africana nas escolas de todo o país. Embora essa lei tenha se tornado uma conquista, ela está muito longe de solucionar o problema no ensino.

   Deve-se salientar que mesmo após a promulgação dela, apenas 5% das instituições de ensino públicas e privadas realmente estão de acordo com a legislação, segundo a afirmação do coordenador geral da Educação para Relações Étnico-Raciais do MEC.

   Em virtude disso, isso se torna um desafio cuja maior dificuldade é sanar o problema do preconceito e perseguição à cultura afro que persiste na sociedade.  No livro os Capitães da Areia escrito pelo autor modernista Jorge Amado isso fica bem explícito, uma vez que a personagem Dona Aninha é perseguida por ser mãe de santo do candomblé.

Sendo uma consequência de anos de racismo marcados pela opressão aos negros, como exemplo o branqueamento da população no século XX. Da qual foi uma ideologia de eugenia apoiada por intelectuais da época que julgavam a cultura europeia como a única adequada a ser seguida e a mais desenvolvida, e todas as demais seriam inferiores e atrasadas e, por isso, traziam imigrantes da Europeus ao Brasil, na tentativa de branquear a população e apagar costumes vindos da cultura Africana. E tais teses só foram perdendo força muito recentemente, após a Segunda Guerra Mundial, de forma que ainda hoje nem todos os vestígios foram apagados por completo.

    Logo, a lei já citada anteriormente é apenas mais um símbolo da luta contra a discriminação étnica no Brasil. Influenciada pelos pensamentos Europeus de superioridade racial, da qual mesmo não havendo tanta influência em dias atuais ainda se vê resquícios de um passado não esquecido. Portanto, esse é um o principal motivo do não ensinamento da cultura afro-brasileira.

 

Fonte: https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/o-ensino-da-historia-e-cultura-africana-no-brasil-conquistas-e-desafios/a-heranca-cultural-africana/40004/

·         Para finalizar esse tema disponibilize a musica no link abaixo:

                              https://youtu.be/oBdmw_4IjAw

 

·         Sugere se que a turma faça um texto poético e ilustrado, baseando-se no texto e na musica acima, esclarecendo quais as heranças dos africanos para a cultura brasileira?

·         O professor decidirá com a turma a melhor forma e dia para apresentação.

 

RECURSOS:(X) Resumo( ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;( ) Vídeino;( ) Computador;( X) Jogos; ( X) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( ) Informativos.

AVALIAÇÃO: ( ) Prova; (  ) Trabalho; (X )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); ( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da participação;

Anexo:

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021

Unidade Temática: Os processos de independência nas Américas

Objetos de Conhecimento:A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a tutela dos egressos da escravidão.

Ano/Série: 8º ano                            Período:16/11 a 10/12/2021 de Aulas:  12

TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Ciência e Tecnologia - Meio Ambiente (Educação Ambiental); Saúde Cidadania e Civismo (Vida Familiar e Social)

Tema Intecurricular: Pluralismo Cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e culturais.

Habilidades:

(EF08HI14): Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.

·         Competência Geral da BNCC:

  • Conhecimento:Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

·         Competência Específica de História:

Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

·         Competência Socioemocional:

  • Tomada de decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.

                                              ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

·         1ª Etapa: (aulas 1, 2 e 3 aulas)

  • (1ª e 2ª aula) – inicie essa aula promovendo um diálogo com a turma com questões pertinentes ao assunto. Momento este muito importante onde os estudantes expressarão espontaneamente seu pensamento e conhecimento sobre a Cultura Indígena.
  • Como você identifica um índio?
  • Os índios formam um só povo, um só grupo?
  • Quais as etnias de que você já ouviu falar?
  • Em sua opinião os índios são respeitados? Sofrem preconceitos?
  • A ação do homem de outras culturas/ costumes tem interferido e prejudicado os povos indígenas?

 

Ø  Após levantamento das opiniões narradas, diagnosticar:

·         Se as opiniões apresentadas são mediante conhecimento ou influências do espaço social em que vivem;

·         Verificar se as respostas foram homogêneas ou diversificadas;

·         Observar se houve aspectos positivos em relação ao povo indígena ou negativos mediante respostas dadas.

 

Ø  Apresente ao estudante sobre o conceito de índio pelo dicionário Aurélio e pelo antropólogo Darcy Ribeiro.

Ø  Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 1975, Editora Nova Fronteira, página 759 – Índio:  o habitante das terras americanas ao chegarem os descobridores europeus; o aborígene da América. Segundo Darcy Ribeiro:

“(…) aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação à sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou meras lealdades que a vinculam a uma tradição pré-colombiana. Ou, ainda mais amplamente: índio é todo o indivíduo reconhecido como membro por uma comunidade pré-colombiana que se identifica etnicamente diversa da nacional e é considerada indígena pela população brasileira com quem está em contato”.

· Também descrever o significado de Antropologia:

É a ciência que se dedica ao estudo aprofundado do Ser Humano. É um termo de origem grega, formada por “anthropos” (Homem, Ser Humano) e “logos” (Conhecimento).

 

Ø  Nesse momento apresente ao estudante a música de Rita Lee, Baila Comigo:

https://youtu.be/BCYrkDA_LvQ

·         (3ª Aula)- Retome a temática anterior:

Ø   Primeiramente discussão oral de cada estrofe para identificar se o aluno percebe a conotação preconceituosa que está inserida na letra da música de Rita Lee:

Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio

Viver pelado, pintado de verde num eterno domingo

Ser um bicho preguiça e espantar turista

E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol

Se Deus quiser um dia acabo voando

Tão banal, assim como um pardal, meio de contrabando

Desviar de estilingue, deixar que me xinguem

E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol

Baila comigo, como se baila na tribo

Baila comigo, lá no meu esconderijo

Se Deus quiser um dia eu viro semente

E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente

E na primavera vou brotar na terra

E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol

Se Deus quiser um dia eu morro bem velha

Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela

E entrar no pacote de camarote

 

Ø  A música descontrai e prende a atenção, recurso eficaz na atividade proposta de desmistificar pensamentos estereotipados e pré-formados em relação ao índio. Tais pensamentos devem ser desconstruídos.

 

·         Após, trabalhe as seguintes questões:

1.      Por que na canção, a compositora um dia quer ser índio?

2.      Para a autora, os índios vivem num “eterno domingo”, como “bicho preguiça”. Você concorda com ela?

3.      Em sua opinião, a imagem do índio contida na música de Rita Lee corresponde à situação real dos índios?

Ø  Para entender um pouco sobre o contexto da temática assistam ao vídeo no link disponível abaixo:

https://youtu.be/UWqj-peu-Hk

·         2ª Etapa: (aulas 4, 5 e 6 aulas)

·         (4ª e 5ª aula) – Inicie a aula questionando a turma: O que é cidadania? Há múltiplas respostas para tal questão. Deixe a turma manifestar suas considerações iniciais - Após os comentários iniciais, faça novos questionamentos:

·         Agora apresente a gravura abaixo e após discuta os questionamentos abaixo da imagem:

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Como a imagem organiza a definição de cidadania?
  2. Cite alguns exemplo de direitos políticos?
  3. O único direito político é o voto ou há outros?
  4. O que é possível identificar na imagem dos direitos sociais?
  5. O que a imagem manifesta a respeito dos direitos civis?
  6. Hoje, todos têm acesso a estes direitos?

v  Espera-se que os estudantes identifiquem a cidadania como um conjunto de direitos políticos, sociais e civis.

Para um breve conceito de cidadania, ver a definição do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania de Curitiba: http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=131. Acesso em: 30/4/2019.

Sobre a mudança no conceito de Cidadania no Brasil desde a independência até o final do século XX, ver: CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil.
O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. Disponível em: 
http://www.do.ufgd.edu.br/mariojunior/arquivos/cidadania_brasil.pdf. Acesso em: 30/4/2019.

 

·         (6ª aula) - Observe com a turma o print de uma notícia intitulada “Com julgamento em 16 de agosto, direitos quilombolas e indígenas estão em risco no STF” e leia os dois trechos da Constituição Federal de 1988, vigente na atualidade.

·         Após a leitura e observação, faça os seguintes questionamentos:

 

  1. Qual a denúncia apresentada na notícia?
  2. Quais as garantias constitucionais presentes no artigo 5º da Constituição?
  3. O que é apresentado no artigo 215 de nossa Constituição?
  4. Qual a contradição entre a notícia e os artigos citados da Constituição?

 

v  Espera-se que os alunos identifiquem que a notícia remete a uma decisão do Supremo Tribunal Federal que pode colocar em risco os direitos de comunidades tradicionais indígenas e quilombolas (no caso desta notícia, o direito em risco é o direito às terras de quilombos e aos territórios indígenas). Quanto ao artigo 5º da CF 88, ele garante um tratamento igual perante a lei, preservando o “direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Vale, portanto, destacar que ninguém poderá ser escravizado e que a Constituição promete igualdade, inclusive étnica. Já o artigo 215 garante proteção às manifestações das culturas indígenas e afro-brasileiras enquanto as reconhece como “participantes do processo civilizatório nacional”

 

·         3ª Etapa: (aulas 7, 8 e 9 aulas)

·         (7ª e 8ª aula) – inicie essa aula apresentando  o trecho da fala do deputado abaixo:


v  O trecho do slide refere-se a uma fala de Manuel José de Sousa França, advogado nascido em Laguna (SC) e deputado pela província fluminense à Assembléia Constituinte. Em meio às discussões sobre o projeto de José Bonifácio intitulado “Apontamentos para a Civilização dos Índios Bravos do Império do Brasil”, o deputado França manifestou sua opinião.

·         Após a leitura, provoque alguns questionamentos:

1.       Para o deputado Manuel José de Sousa França, o que exclui um indígena tapuia de ser considerado cidadão brasileiro?

2.       O que seria necessário para que os tapuias (e os demais povos indígenas) tivessem direitos como cidadãos?

3.       Embora a Assembleia tenha sido dissolvida, o pensamento do deputado França parece estar presente na Constituição de 1824 com basenos trechos lidos nos slides anteriores?

 

 

Ø  Espera-se que os alunos identifiquem que, de acordo com o trecho, mesmo sendo habitante do Brasil, nascido aqui e livre, um tapuia não pode ser considerado cidadão em função de “seu estado selvagem”, ou seja, por não seguir os hábitos europeus. A maneira para ser incorporados ao grupo de cidadãos brasileiros seria abraçando os costumes europeus e a “civilização” (cultura, religião e a submissão à Coroa portuguesa). Por fim, embora a Constituição tenha sido outorgada pelo imperador, o pensamento do deputado aparece no texto final, pois os indígenas foram impedidos de exercer sua cidadania de modo efetivo, mesmo quando incluídos no rol de cidadãos brasileiros.

·         Leia com turma o trecho de um ofício encaminhando um pedido de investigação de uma suposta “reunião de pretos Minas a título de escola”. Após a leitura, provoque alguns questionamentos:

Problematização

·         Questões:

  1. De que trata o ofício?
  2. De que ano é o ofício? Ele é posterior à Constituição?
  3. O que estava sendo investigado?
  4. Negros podiam estudar? Isso era bem aceito?

Ø  Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de um ofício de um chefe de polícia a um juiz de paz pedindo investigação de uma suposta escola de negros. O ofício é de 1835, portanto, posterior à Constituição de 1824.

·         (9ª aula)- Apresente o texto abaixo sobre o caso da preta Augusta:

“Diz a preta Augusta, Brasileira, que há oito anos, pouco mais ou menos, o Tenente Coronel José Rodrigues Gonçalves Valle, a libertara por carta, sob condição de [o] acompanhar durante sua vida. Morrendo aquele Tenente Coronel em 8 de novembro de 1864 (Documento junto), a Suplicante retirou-se e separou a sua economia, como pessoa livre, que é, e neste estado tem permanecido até o presente, sem contestação de pessoa alguma. Ultimamente, porém, João Carlos Álvares Valle, inventariante (segundo diz) dos bens daquele finado tem pretendido considerar a Suplicante escrava do acervo hereditário, querendo obrigá-la a pagar jornais, o que é atentatório contra a liberdade da Suplicante tão legitimamente adquirida, e em cuja posse está há mais de cinco anos. E como a referida carta de liberdade da Suplicante passada por aquele finado Tenente Coronel se tenha extraviado quer por isso a Suplicante justificar com o depoimento de pessoas que viram, e que tem ciência da existência da referida carta, a fim de passar mandado de manutenção em favor da Suplicante.  [28/07/1870].”

Fonte: CHALHOUB, Sidney. Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil escravista (século XIX).

História Social, n. 19, p. 33-62, 2010. p. 46. Disponível em:  https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/view/315/271. Acesso em: 20/4/2019.

 

 

 

·         Após a leitura, provoque alguns questionamentos:

  1. Sobre o que trata o caso de Augusta?
  2. Por que Augusta teve que recorrer à Justiça?
  3. Augusta podia ser considerada cidadã brasileira?

Ø  trata-se de um caso judicial em que Augusta, negra alforriada, busca garantir a prova de sua liberdade. Ela precisou recorrer à Justiça pois o inventariante de seu falecido proprietário quer considerá-la novamente como escravizada - algo que era bastante comum na época

·         4ª Etapa: (aulas 10, 11 e 12 aulas)

·         (10ª aula)- Apresente a frase de Cecília Meireles e solicite para que  leiam e reflitam sobre ela por um minuto. Em seguida pergunte para aos estudantes o que significa liberdade para cada um deles e peça exemplos do dia a dia. Comente e saliente  também que o conceito de liberdade era muito utilizado nos discursos políticos do século XVIII e XIX, e que essa palavra, junto com outras, como “tirania”, “igualdade” fez parte do vocabulário político .Os homens e mulheres escravizados ouviram muito seus senhores falarem em liberdade, mas o conceito de liberdade dos senhores era bem diferente do daqueles em cativeiro no Brasil. Para os senhores significava o desejo por lucro e livre comércio sem interferência do estado monárquico. Para os homens e mulheres escravizados significava a liberdade de viver, ir e vir, praticar sua cultura, constituir família e possuir alguma propriedade pessoal.

 

“Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda”

Cecília Meireles

 

Texto completo: MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S/a, 1977. Disponível em http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5628/material/CEC%C3%83%C2%ADLia%20Meireles%20-%20Romanceiro%20da%20Inconfid%C3%83%C2%AAncia%20%5BRev%5D%5B1%5D.pdf acessado em 20/02/2019.

 

·         Agora peça ao estudante que faça a leitura das fontes abaixo. As fontes são trechos de processos criminais de 1875 que envolvem pessoas escravizadas que reagiram de alguma forma à opressão e A música: crime bárbaro. A fonte 3 é parte de um depoimento de um administrador de engenho que sofreu agressões físicas de dois homens escravizados no ano de 1875 em São José do Mipibu/RN.No depoimento o administrador fica claro que foi um conflito causado pelos maus tratos no trabalho, pois o próprio admite ter castigado fisicamente os homens que estavam realizando trabalho escravo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Caso haja oportunidade, apresente a música na integra:  Rincon Sapiência - Crime Bárbaro:

      https://youtu.be/RYYnpA-PQDk

 

·         Solicite aos estudantes que produzirem um rap curto, de no máximo 3 estrofes. Se você sentir que os estudantes não têm muita familiaridade com o rap pode pedir para que eles façam uma poesia convencional – Apresentação será decidida entre o professor e a turma.

·         (10ª aula)- Leia a frase com a turma e observe a imagem. Depois, faça as seguintes provocações iniciais:

 

 

 

 

Ø  Questões:

  1. A escravidão foi uma instituição que vigorou no Brasil por mais de três séculos. O que a frase aponta sobre a escravidão?
  2. O que significa resistir à escravidão?
  3. Cite algumas formas de resistência à escravidão praticadas no Brasil colonial:

Ø  Espera-se que os estudantes identifiquem que a frase trata sobre a resistência à escravidão, indicando que, em qualquer lugar onde houve escravidão, seja ela de negros africanos ou de indígenas, houve resistência. Resistir à escravidão significa tentar conquistar a liberdade, garantir melhores condições de vida ou desobedecer a ordens, mantendo suas crenças e cultura.

Ø  Leitura no livro didático nas páginas 208,209, 210 e 211

·         (11ª aula)- Solicite a turma que faça a leitura do texto abaixo:

v  O trecho do livro de Laura de Mello e Souza que trata de escravizados que buscavam as autoridades para clamar por justiça. Professor, o trecho comenta sobre um tipo de resistência: recorrer às autoridades (Justiça) em situações como a de reescravização de negros libertos. Às vezes, por engano (ao serem confundidos com outro escravizado, capturados por capitães do mato, presos quando não portavam sua carta de alforria…) ou por má-fé (para atender às vontades de traficantes, capitães do mato e senhores de escravos), porém, segundo o texto, a Justiça era lenta e quase sempre falha.

·         Após a leitura do trecho, faça os seguintes questionamentos:

1.       Sobre o que trata o trecho?

2.       O que levava alguns libertos a serem reescravizados?

3.       O que esses negros libertos faziam quando eram reescravizados?

4.       De acordo com o trecho, como era a justiça nesses casos?

·         Nesse momento peça ao estudante que faça a leitura no livro didático na página 204 e após leitura da canção de Leci Brandão paraCompreender a produção dos artistas afro-brasileiros, reconhecendo a música como expressão do pensamento cidadão.

Negro Zumbi

Leci Brandão

 

Zumbi, o teu grito ecoou

No Quilombo dos Palmares

Como um pássaro que voou

Tão liberto pelos ares

Um grito de dor e de fé

Ficou registrado na nossa história

Pela luta, pelo axé

pela garra, pela glória

 

Negro Zumbi, negro Zumbi

Negro Zumbi, negro Zumbi

Contra a força inimiga

A defesa da família

Lá na Serra da Barriga

Permanente uma vigília

Foi preciso o tombamento

pela identificação

Foi o reconhecimento dessa terra

Na história da nossa nação

 

Negro Zumbi, negro Zumbi

Negro Zumbi, negro Zumbi

·         Questões:

1.       Vocês conhecem essa música?

2.       Sobre o que ela fala?

3.       Vocês já ouviram falar em Zumbi? Quem foi? Pesquise!

·         Peça ao estudante que faça a leitura no livro didático na página 205, o texto a Revolta de Manoel Congo, posteriormente responda as questões propostas na página.

ü  Sugestões caso haja tempo hábil:

Ø  Leitura no livro didático, A Lei Eusébio de Queiroz e a Lei de Terras nas páginas 190 e 191

 

·        


Peça ao estudante que observe a imagem abaixo,a tela “A Redenção de Cam” e a tese do branqueamento no Brasil.

 

 

Ø  Professor, o negro representava, aos olhos de boa parte da intelectualidade, o passado e o atraso. Surgiram no século IX as chamadas teorias científicas do branqueamento, propondo como solução para o problema misturar a população negra com a branca, incluindo os imigrantes europeus, geração por geração, até mudar o perfil “racial” do país, de negro a branco. O quadro, que “remete à imagística cristã da natividade”, mostra, da esquerda para direita, uma senhora negra, descalça sobre um chão de terra, que ergue as mãos e os olhos aos céus ao lado de uma mulher, provavelmente sua filha, de tom de pele mais claro, que segura seu bebê, branco, no colo. E um homem branco à sua direita. As três personagens representariam as três gerações necessárias para que o Brasil se tornasse um país branco. O homem branco à direita, ao que tudo indica, o marido da mulher ao centro e pai da criança, olha para o menino com admiração. Ele é o elo que permite o branqueamento completo dos descendentes da senhora, possivelmente escrava e, assim, a sua salvação.

 

Ø  Questões:

1.       Em sua opinião o que os personagens da pintura estão pensando?

2.       No I Congresso Mundial das Raças,ocorrido em Londres em 1911,o médico João Baptistade Lacerda ilustrou suas reflexões sobre a sociedade brasileira analisando a tela“A redenção de Cam”,que retrata três gerações de uma família Essa pintura foi utilizada na época para indicara seguinte tendência demográfica ano Brasil:branqueamento da população. Por que o racismo está presente nessa tendência de branqueamento? Coloque seu ponto de vista.

·         (12ª aula) - Peça ao estudante que faça a leitura do texto, e se for possível convide-o a ouvi a música - Os meus olhos coloridos, de Sandra de Sá:

 

Os meus olhos coloridos

Me fazem refletir

Eu estou sempre na minha

E não posso mais fugirtexto abaixo:

Meu cabelo enrolado

Todos querem imitar

Eles estão baratinados

Também querem enrolar

Você ri da minha roupa

Você ri do meu cabelo

Você ri da minha pele

Você ri do meu sorriso

A verdade é que você

Tem cabelo duro

Sarará crioulo

Sarará crioulo

Sarará crioulo

Sarará crioulo

Sarará crioulo

Tem sangue crioulo

 

·         Depois ouvirem a música, leia a letra junto com a turma. Peça para que cada estudante leia uma frase, pois assim, todos participarão. Em seguida, analisem cada parágrafo.

·         Feito isso, faça as seguintes perguntas:

  1. Por que vocês acham que o compositor dessa canção, o músico Macau, a escreveu?
  2. Vocês acham que hoje em dia ainda existe racismo no Brasil? Por quê?
  3. O que podemos fazer para combater o racismo?

·         Nesse momento, chame a atenção para o fato da injúria racial e do racismo serem crimes no Brasil. E não se esqueça de procurar informações especializadas para instruir os estudantes a como agir diante de um episódio ou comentário racista.

·         Em seguida, solicite que faça uma paródia da música cantada por Sandra de Sá, voltada para o combate ao racismo, caso tenha dificuldades, peça que produza um texto sobre a temática.

ü  Apresentação será decidida entre a turma e o professor.

 

v  Abaixo segue mais algumas sugestões de aulas nesse tema, caso seja necessárias ou mais atrativas:

 

Ø 


Inicie a aula apresentando a fotografia de Elza Soares, informando aos estudantes que neste primeiro momento eles trabalharão com uma música interpretada pela cantora Elza Soares. Questione se já ouviram falar nesta cantora e o que sabem sobre ela. É importante falar um pouco sobre Elza Soares, informando aos alunos que ela é uma das mais consagradas cantoras e compositoras do Brasil que começou sua carreira ainda na década de 1950 como cantora de rádio.

 

Feito isso, apresente o trecho da música “A carne”, interpretada por Elza Soares

“A carne mais barata do mercado É a carne negra Que vai de graça pro presídio E para debaixo do plástico [...]”

Ø  Passe para o estudante do vídeo clipe da música disponível no link abaixo:

https://youtu.be/yktrUMoc1Xw

Em seguida, realize alguns questionamentos para a turma, incitando assim algumas reflexões sobre o trecho da música destacado:

  • Qual questão social brasileira é abordada na música?
  • Qual a intenção da letra ao afirmar que “a carne mais barata do mercado é a carne negra”?
  • Quais os problemas sociais enfrentados pela população negra no Brasil?
  • Por que vocês acreditam que estes problemas sociais envolvendo a população negra no Brasil ainda persistem?

Permita que os estudantes exponham o que pensam, pois o objetivo deste momento é saber quais associações realizaram por meio da análise da música. Almeja-se que os alunos consigam identificar que a letra apresentada traz uma crítica aos diversos tipos de opressão e violência sofridos pela população negra no Brasil, que, mesmo se declarando para as outras nações como uma democracia racial, ou um país sem racismo, o que se percebe na prática é que resquícios e estereótipos do período da escravidão ainda fazem parte do imaginário, cultura e costumes da população.

 

Ø  Para essa aula será necessário estar apropriado do conceito de mito da democracia racial. Atribui-se à famosa obra de Gilberto Freyre, Casa grande e senzala, publicada no ano de 1933, a quebra do estereótipo de que a mestiçagem era a grande causa do atraso político, econômico e social brasileiro. Percebe-se inclusive que, no período pós-Abolição e Proclamação da República, incentivava-se um branqueamento da população, por meio das relações entre portugueses e negros. No entanto, Gilberto Freyre tenta romper com este estigma racial e discriminatório, defendendo por meio de sua obra a mestiçagem da população brasileira como algo positivo, que propiciou uma vivência pacífica entre as raças, contribuindo assim para a diminuição das desigualdades sociais. Dentre outras palavras, Gilberto Freyre apresentou na teoria um relato bem otimista com relação às relações raciais, sugerindo a existência de uma democracia racial no Brasil, embora jamais tenha formulado o conceito ou usado a expressão no livro.

 

Ø  Os estudantes serão convidados a realizar a leitura de dois textos, sendo um extraído da obra Casa grande e senzala,de 1933, do escritor Gilberto Freyre, e o outro extraído do artigo “Ação Afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil “, do escritor Joaze Bernardino.

Apresente o autor Gilberto Freyre e a importância da obra Casa grande e senzala para a História brasileira, informando que este livro foi publicado em 1933 e por isso tem uma linguagem diferente. Destaque que este texto virá acompanhado de um Glossário com o significado de algumas palavras, para auxiliar na compreensão.

Ø  A dinâmica para leitura do texto poderá ser selecionada pelo professor, levando-se em consideração a opção que julgar ser mais eficiente para sua turma:

 

Texto 1 extraído do livro Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, 1933.

[...] os europeus e seus descendentes tiveram [...] de transigir com índios e africanos quanto às relações genéticas e sociais. A escassez de mulheres brancas criou zonas de confraternização entre vencedores e vencidos, entre senhores e escravos. Sem deixarem de ser relações – a dos brancos com as mulheres de cor – de ‘superiores’ com ‘inferiores’ [...]. A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala. [...] Quanto à miscibilidade, nenhum povo colonizador dos modernos, excedeu ou sequer igualou nesse ponto os portugueses. Foi misturando-se gostosamente com mulheres de cor logo ao primeiro contato e multiplicando-se em filhos mestiços que uns milhares apenas de machos atrevidos conseguiram firmar-se na posse de terras vastíssimas. [...] A miscibilidade mais do que a mobilidade, foi o processo pelo qual os portugueses compensaram-se da deficiência em massa ou volume humano para a colonização em larga escala e sobre áreas extensíssimas.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.

 

 

Glossário:

 Casa-grande: Casa senhorial rural, de engenho ou fazenda, construída pelos portugueses a partir do século XVI.

 Miscibilidade: Característica ou condição do que é misturável; misturabilidade.

Miscigenação: Processo ou resultado de misturar raças, pelo casamento ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes.

Senzala: Alojamento, que nas antigas fazendas e engenhos abrigava os escravizados.

 Transigir: Demonstrar tolerância ao fazer um acordo; conciliar.

 

Texto 2: Ação Afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil - Joaze Bernardino.

 

A construção da nação brasileira está estruturada — dentre outras coisas — a partir do mito da democracia racial. Uma parcela expressiva da sociedade brasileira compartilha a crença de ter construído uma nação [...] não caracterizada por conflitos raciais abertos. [...] Em outras palavras, ainda é fortemente difundida no Brasil a crença de que a cultura brasileira antecipa a possibilidade de um mundo sem raças. O mito da democracia racial ganhou sua elaboração acadêmica e alcançou o seu clímax por meio de Gilberto Freyre em seu Casa Grande & Senzala (1933), uma obra que viria a moldar a imagem do Brasil. [...] O tom da sua obra é de otimismo em relação a um ambiente social gestado durante a fase colonial brasileira que favorece e é propício à ascensão social do mulato, tipo que tenderia a caracterizar num futuro próximo o Brasil.[...] Tal mito tem o seu nascimento quando se estabelece uma ordem, pelo menos do ponto de vista do direito, livre e minimamente igualitária. Assim, tanto a Abolição quanto a proclamação da República foram condições indispensáveis para o estabelecimento do referido mito, sem esses dois acontecimentos não se poderia falar em igualdade entre brancos e negros no Brasil [...]. O mito da democracia racial apoiava-se, e ainda se apoia, na generalização de casos de ascensão social do mulato [...]. Todavia, a assimilação e reconhecimento social do mestiço ocorria à custa da depreciação dos negros. O que está por trás deste mecanismo brasileiro de ascensão social é a concordância da pessoa negra em negar sua ancestralidade africana, posto que está socialmente carregada de significado negativo.

Ø  Questões:

Texto de Gilberto Freyre:

  • O que seria miscigenação para Gilberto Freyre?
  • Qual o papel da miscigenação, segundo Gilberto Freyre, na construção da sociedade brasileira?
  • Gilberto Freyre enxerga a miscigenação como algo positivo ou negativo?

 

Professor, é esperado que na primeira pergunta eles respondam que a miscigenação seria o processo de se misturar raças, por meio do casamento e da reprodução de pessoas de etnias diferentes

Na segunda pergunta é esperado que os estudantes respondam que, para Gilberto Freyre, a miscigenação teve um papel importante na construção da sociedade brasileira, pois “[...] os europeus e seus descendentes tiveram [...] de transigir com índios e africanos quanto às relações genéticas e sociais. A escassez de mulheres brancas criou zonas de confraternização entre vencedores e vencidos, entre senhores e escravos”

Na terceira pergunta espera-se que respondam que Freyre vê a miscigenação como algo positivo, pois teria permitido que fosse diminuída a diferença social que havia entre portugueses, africanos e indígenas.

 

 

 

Texto de Joaze Bernardino:

  • De acordo com o autor, o que seria o “mito da democracia racial”?
  • Qual seria a obra responsável por divulgar este mito?
  • Segundo este autor, como esse “mito” foi retratado na obra de Gilberto Freyre?

 

v  Professor, é esperado que na primeira pergunta respondam que o mito da democracia racial é a ideia equivocada de que o Brasil possui uma sociedade sem conflitos raciais abertos. 

v  Na segunda pergunta é esperado que respondam que a obra responsável por divulgar o mito da democracia racial é a obra de Gilberto Freyre, Casa grande e senzala.

v  Na terceira pergunta é esperado que os estudantes respondam que este mito foi retratado na obra de Freyre como uma visão otimista da sociedade brasileira ao exaltar a população mestiça, especialmente a figura do “mulato” - termo pejorativo, pois deriva da palavra mula, fêmea do burro e um animal híbrido, originado do cruzamento entre um jumento macho e uma égua.

 

Ø  Professor, essa aula será para o estudante demostra seu conhecimento adquirido ao longo dessa sequência sobre a escravização indígena e africana. A partir das imagens abaixo, o estudante irá produzir um texto sobre a temática, fazendo suas inferências.

Ø  Poderá também produzir uma paródia, mapa conceitualou mental como assim o desejar.

Escravidão dos indígenas no Brasil Escravidão dos africanos no Brasil


 

 

OBS:

 

RECURSOS:

( x ) Resumo(   ) Data show;(  ) Jornal;(  ) Revista;(  x  ) Vídeo;(  ) Computador;(  ) Jogos;( X )  livro didático para ajudar nas resoluções das atividades.  ;(  x    ) Informativos.

AVALIAÇÃO:

( X ) Prova; ( x ) Trabalho; ( X)Resolução de Exercícios/Livro páginas(    ) Seminários; (    ) Apresentação oral;(  x ) Observação do desempenho do aluno;(     )  cartaz;(   x ) Debate; (   ) Relatórios;( )  avaliação escrita;( x) Avaliação da participação;

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021

Unidade Temática: A História Recente.

.

Objetos de Conhecimento:  A história recente do Brasil: transformações políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos dias atuais; Os protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira: A questão da violência contra populações marginalizadas.

Ano/Série: 9º ano                            Período: 16/11 a 10/12/2021                       Nº de Aulas: 12

TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Multiculturalismo; Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde.

Tema Intecurricular: Pluralismo Cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e culturais.

Habilidades:

(EF09HI25) Relacionar as transformações da sociedade brasileira aos protagonismos da sociedade civil após 1989.

(EF09HI26) Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas

(negros, indígenas, mulheres, homossexuais, camponeses, pobres etc.) com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas.

 (EF09HI33) Analisar as transformações nas relações políticas locais e globais geradas pelo desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e comunicação.

·         Competência Geral da BNCC:

  • Conhecimento:Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

 

·         Competência Específica de História:

Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

 

·         Competência Socioemocional:

  • Tomada de decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.

 

                                              ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

 

                                        ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA

•           1ª Etapa: (aulas 1, 2 e 3 aulas)

·         (1ª e 2ª aula) – Inicie a aula apresentando o tema que será trabalhado. Apresente os conceitos de pluriculturalismo e multiculturalismo para que os mesmos compreendam a complexidade e ao mesmo tempo a beleza de se pertencer a um país pluricultural e multicultural.  Em seguida discorra um pouco sobre alguns possíveis motivos da não aceitação de alguns grupos em detrimento de outros.

 

v  O multiculturalismo é a inter-relação de várias culturas em um mesmo ambiente. É um fenômeno social que pode ser relacionado com a globalização e as sociedades pós-modernas.

v  Alguns países apresentam uma maior multiculturalidade. Muito devido aos diferentes grupos de imigrantes recebidos, mas também por observar outros fatores de integração e o desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural.

v  É um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. ... Ser plural, ser diverso é buscar, nas diferenças, traços de união e de igualdade, que possam juntar pessoas e culturas, visando unicamente o desenvolvimento de todos.

 

·         Após explanações acima, explique que do preconceito a algumas culturas acontece o discurso de ódio. “O que é, afinal, discurso de ódio?”. Escolha  um aluno ou observe se algum se propõe a responder e anote no quadro.  Em seguida divida a classe em trios (mantendo a distância entre eles) e entregue impressos trechos dos textos que apresentam o conceito de discurso de ódio (“O que é, afinal, discurso de ódio?”)

·          

·         E que debatem o racismo nas redes sociais (“Formas contemporâneas de racismo e intolerância nas redes sociais”).

·         Peça para os alunos analisarem os textos e produzirem relação entre o discurso de ódio e as informações sobre racismo nas redes sociais. Em seguida entregue uma folha de papel A4 para cada trio e peça para que produzam um protesto que denuncie o discurso de ódio e o racismo nas redes sociais. Utilize como exemplo a #somostodosmaju, que foi elaborado pelos colegas de trabalho da jornalista do Jornal Nacional Maria Júlia Coutinho. Incentive os alunos a usar a criatividade. A produção pode ser um desenho, uma frase, uma imagem, uma charge, um poema etc. Controle o tempo.

ü  Link para o texto: O  que é, afinal, discurso de ódio?

 

https://novaescolaproducao.s3.amazonaws.com/RXkbT9DQQ4bfxxmfJbEDf5VcmY5qru8aDZMPkyKRw4bkQmnY9XwYY2rkkdMT/o-que-e-afinal-discurso-de-odio.pdf

 

ü  Link para o texto: Formas contemporâneas de racismo e intolerância nas redes sociais:

 

https://novaescolaproducao.s3.amazonaws.com/9q9xGXU5X39mEN3bswNhcBCSGSBTW4YJQpYqFKx2vhX7aCaaBn3ABSV67Dwf/formas-contemporaneas-de-racismo-e-intolerancia-nas-redes-sociais.pdf

 

   1º Texto: O que é, afinal, discurso de ódio?

(...)

“O discurso do ódio pode ser conceituado como o ataque a grupos étnicos, raciais, religiosos, minorias sexuais ou a qualquer outro grupo vítima de preconceito, inclusive em decorrência de origem territorial, caracterizado por pregar a intolerância em relação aos discriminados, buscando ou propondo, direta ou indiretamente, sua exclusão da sociedade, eliminação física, remoção do lugar em que vivem”, explica o Procurador da República Rômulo Moreira Conrado. E complementa: o discurso doódio está longe de contribuir para a formação de um debate plural, por apresentar a pretensão de destruir um determinado segmento social. Riva Sobrado de Freitas e Micheli Bordignon, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, afirmam que o discurso de ódio é caracterizado por “atos de comunicação que inferiorizam uma pessoa com base em suas características (sexo, etnia, orientação sexual, por exemplo)”. Mas destacam, para que o ato de comunicação entre na categoria de discurso de ódio precisa ter dois elementos básicos: discriminação e externalidade. A discriminação seria, de acordo com o artigo, atitude de marginalização e desqualificação que insufle o ‘desrespeito pelo diferente’ e reduza o ser humano à condição de objeto, além de causar “efeitos deletérios” em suas vítimas. A externalidade é “a transposição de ideias do plano mental (abstrato) para o plano fático (concreto)”. Ou seja, o pensamento só se torna discurso de ódio quando é comunicado a outras pessoas.”

O que é, afinal, discurso de ódio?

Disponível em: http://senadofederal.tumblr.com/post/107305524777/o-que-%C3%A9-afinal-discurso-de-%C

3%B3dio Acesso em: 4/12/2018.

 

 

 

07/FormasContemporaneasRacismo_

2º Texto: Formas contemporâneas de racismo e intolerância nas redes sociais.

(...)

“PRINCIPAIS RESULTADOS

1. 81% das vítimas de racismo no Facebook no Brasil são mulheres negras de classe média, com ensino superior completo e na faixa etária de 20 a 35 anos.

2. Os usuários brasileiros do Facebook que se engajam na prática de disseminar intolerância racial são predominantemente homens (65,6% dos casos), em seus 20 e poucos anos. Além disso, para insultar pessoas negras, eles tendem a utilizar vocabulário mais pesado (sobretudo palavrões) do que as usuárias do sexo feminino.

3. Foram identificadas oito categorias de eventos que desencadeiam a publicação de

posts racistas contra mulheres negras no Facebook:

a. Expressar discordância com algum post ou comentário anterior de cunho negativo contra negros.

b. Evidência de engajamento com profissões consideradas mais nobres e de prestígio (por exemplo: medicina, jornalismo, direito, engenharia etc.).

a. Relacionamento inter racial.

b. Exercer posição de liderança ou bem-sucedida em programa de televisão ou até mesmo como convidada de honra.

c. Desfrutar de viagens de férias no exterior (sobretudo em países localizados no Hemisfério Norte).

d. Utilizar e/ou enaltecer a adoção de cabelo cacheado natural estilo afro.

e. Vencer concurso de beleza.

f. Rejeitar proposta de relacionamento afetivo.

Luiz Valério P. Trindade. Formas contemporâneas de racismo e intolerância nas redes

sociais. 13 de agosto de 2018. disponível em:

https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2018/Portuguese-final.pdf Acesso em: 6/12/2018.

 

·         ( 3ª aula) –  Para a sistematização da aula escreva no quadro a frase “Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão” – também pode utilizar a imagem do link abaixo.  Peça para um dos trios explicar o que esta frase significa (se necessário corrija equívocos conceituais). Em seguida sorteie ou selecione dois trios para apresentar sua denúncia (fixe na parede da sala as outras denúncias construídas pelos alunos). Finalize a aula relacionando o discurso de ódio com o racismo nas redes sociais e debatendo sobre a importância das denúncias quando a liberdade de expressão é transformada em discurso de ódio. Para a próxima aula solicite a turma que tragam uma história verídica sobre discurso de ódio com sua opinião pessoal a respeito.

·         Link da imagem: “Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão”

·         https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/K9aJFzVv5q8z4wybwtg9cSjpcdk8N98bxydAGrDtE7urErf958P8sud4YhBW/nao-confunda-discurso-de-odio-com-liberdade-de-expressao.pdf

 

            2ª Etapa: (aulas 4, 5 e 6 aulas)

  • (4ª e 5ª aula)  - Inicie essa aula com leitura socializada da atividade da aula anterior. Após Atividade inicial: Musica Camila da Banda Nenhum de Nós, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Uv93BI1pQGE.
  • A proposta da atividade é que os alunos e as alunas escutem e leiam a letra da música e identifiquem o que lhes chamam mais a atenção, esperando que eles observem que a letra relata uma relação abusiva contra “Camila”, identificando então a violência contra a mulher.

 

Música: Camila Camila

Banda: Nenhum de Nós

 

Depois da última noite de festa

Chorando e esperando amanhecer, amanhecer

As coisas aconteciam com alguma explicação

Com alguma explicação

 

Depois da última noite de chuva

Chorando e esperando amanhecer, amanhecer

Às vezes peço a ele que vá embora

Que vá embora

 

Camila

Camila, Camila

 

Eu que tenho medo até de suas mãos

Mas o ódio cega e você não percebe

Mas o ódio cega

 

E eu que tenho medo até do seu olhar

Mas o ódio cega e você não percebe

Mas o ódio cega

 

A lembrança do silêncio

Daquelas tardes, daquelas tardes

Da vergonha do espelho

Naquelas marcas, naquelas marcas

 

Havia algo de insano

Naqueles olhos, olhos insanos

Os olhos que passavam o dia

A me vigiar, a me vigiar

 

Camila

Camila, Camila

 

Camila

Camila, Camila

 

E eu que tinha apenas 17 anos

Baixava a minha cabeça pra tudo

Era assim que as coisas aconteciam

Era assim que eu via tudo acontecer

 

  • Promover a discussão com os/as estudantes sobre os conceitos: identidade, diversidade, cidadania, gênero, feminismos e violência de gênero.
  • A sugestão é que a partir das discussões levantadas pela música Camila a/o docente possa explicar aos estudantes os conceitos chaves para o entendimento deste projeto: gênero, feminismos e violência de gênero. Importante levar em consideração os conhecimentos já adquiridos pelos educandos, buscando ampliá-los, quando não, desmistificar pré-conceitos principalmente quando às questões gênero.
  • Para a próxima aula solicitar a turma que tragam materiais que abordem o tema violência contra mulher, misoginia para trabalho em sala.

 

 

 

 

  • 6ª aula – Debater quais são as formas de violência contra a mulher, discutir quais são as formas que eles mais conhecem e que já presenciaram no cotidiano.
  • Localizar através do Atlas da violência no Brasil quais são os principais índices sobre a violência de gênero contra as mulheres no Brasil. Analisar os dados coletados e realizar a tabulação desses dados em grupos para socialização dos mesmos.
  • Com esta atividade muitos dados importantes para a análise poderão ser evidenciados, pode-se chamar a atenção para as diferenças dos índices de violência nas diferentes regiões do Brasil, como a questão de etnia/raça e classe social também impacta esses números, além de questionar porque somos um país com índices tão altos de violência contra as mulheres e principalmente mulheres negras.
  • 3ª Etapa: (aulas 7, 8 e 9 aulas)
  • (7ª e 8ª aula) - Os alunos serão convidados a assistir a vídeos que explicam as violências de gênero. Organizar uma roda de conversa com algum profissional da rede de atendimento do município que possa explicar quais são as ações tomadas pelo poder público quanto ao combate e prevenção às violências de gênero e ações de enfrentamento das violências contra as mulheres e o publico LGBTQIA+ na cidade (assistente social, promotora ou juíza, delegada/o, presidente do conselho da mulher).
  • (9º aula)- Explicar para os alunos que a denúncia sobre o racismo, chega para nós, muitas vezes em forma de música e poesia. Vejamos este  texto escrito por Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Capelleti e Interpretado por Elza Soares.

 

 

A CARNE

A carne mais barata do mercado é a carne negra (4x) Que vai de graça pro presídio

E para debaixo do plástico Que vai de graça pro subemprego

E pros hospitais psiquiátricos

A carne mais barata do mercado é a carne negra (4x) Que fez e faz história

Segurando esse país no braço

O cabra aqui não se sente revoltado Porque o revólver já está engatilhado E o vingador é lento

Mas muito bem intencionado E esse país

Vai deixando todo mundo preto E o cabelo esticado

Mas mesmo assim Ainda guardo o direito

De algum antepassado da cor Brigar sutilmente por respeito

Brigar bravamente por respeito Brigar por justiça e por respeito De algum antepassado da cor Brigar, brigar, brigar

A carne mais barata do mercado é a carne negra (4x)

 

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

 

01) Justifique o título dado à música, sugerindo um outro para ela:

02) Por que "a carne mais barata do mercado é a carne negra"? 

 

03) Que sensação tal afirmação despertou em você? Comente: 

 

04) Por que razão ela é tão repetida na canção? Qual o objetivo dessa repetição? 

 

05) Como reverter esse tipo de situação? Levante hipóteses: 

 

06) O que a segunda estrofe da canção aponta? Explique com suas palavras quais são os caminhos mais comuns para os negros em nossa sociedade: 

 

07) Que denúncia social é feita nos versos em negrito na música? O que você pensa a respeito disso? 

 

08) Explique as diferenças existentes nos versos sublinhados no texto: 

 

09) Que mensagem a canção transmite? Comente:

 

  • 4ª Etapa: (aulas 10 e 11aulas)

          (10º e 11ª aula) -  Apresentar as imagens para os alunos, explicando que  a charge pode ser chamada de texto visual em que utiliza o humor ao mesmo tempo em que critica. A forçada comunicação da charge e o seu potencial de atrair o interesse de vários setores sociais são em decorrência sobretudo da veia cômica e humorística usando a foça do riso como arma de luta política.

          Abaixo vemos algumas charges que desempenham esse papel social, mostrando o preconceito estruturado:

 

 

 

 

 

 

 

 

 



PARA REFLETIR

·         As charges acima mostram o preconceito racial estruturado na sociedade brasileira. Apresente algumas questões a respeito:

1.      Você concorda que a população negra sofre muito mais preconceito na sociedade em que está inserida?

2.      Você vivenciou presenciou alguma cena de preconceito racial?

3.      Escreva um pequeno texto relatando sobre isso – Sugere-se que o texo escrito seja apresentado atraves de poesias, cordel, encenação teatral ou podcast.

 

 

 

ü  Sugestão de vídeos para auxiliar no processo de construção da aprendizagem:

 

  • Turma da Mônica clássica em “Juntos pela Igualdade”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2iSk3DVvlYk&feature=emb_logo. Acesso em: 01 nov. 2020.

 

  • Turma da Mônica Jovem em “Papo reto”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OpFLQt7JELo&feature=emb_logo. Acesso em: 01 nov. 2020.

 

  • Papo Saúde – Violência de Gênero. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_TljnIZMVZE. Acesso em: 01 nov. 2020.

 

  • Série Fala Direito Comigo: violência de gênero. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=U3qR8IYetVE. Acesso em: 01 nov. 2020.

 

  • Empoderamento das mulheres. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6RSc_XYezig. Acesso em: 01 nov. 2020.

·          

 

 

OBS:

 

RECURSOS:

( x ) Resumo(   ) Data show;(  ) Jornal;(  ) Revista;(  x  ) Vídeo;(  ) Computador;(  ) Jogos;( X )  livro didático para ajudar nas resoluções das atividades.  ;(  x    ) Informativos.

AVALIAÇÃO:

( X ) Prova; ( x ) Trabalho; ( X)Resolução de Exercícios/Livro páginas(    ) Seminários; (    ) Apresentação oral;(  x ) Observação do desempenho do aluno;(     )  cartaz;(   x ) Debate; (   ) Relatórios;( )  avaliação escrita;( x) Avaliação da participação;

 

 

 


 

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