SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
Unidade Temática: Trabalho e formas de organização social e cultural. |
Objetos de Conhecimento: Senhores e servos no mundo antigo e no medieval/Escravidão
e trabalho livre em diferentes temporalidades e espaços (Roma Antiga, Europa
medieval e África).Lógicas comerciais na Antiguidade romana e no mundo
medieval. |
Ano/Série: 6ºano Período:16/11
a 10/12/2021Nº de Aulas: 04 |
TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Multiculturalismo; Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde. |
Tema Intecurricular:Pluralismo cultural e multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e culturais. |
Habilidades: (EF06HI02BA) Compreender e analisar o trabalho livre e o
trabalho escravo no mundo antigo, discutindo-os nos diferentes sociedades e
temporalidades; (EF06HI17) Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo, relacionando-os com as relações de trabalho da atualidade. |
·
Competência Geral da BNCC:
|
·
Competência Específica de História: Compreender
acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de
transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar,
posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. |
·
Competência Socioemocional:
|
ETAPAS DA
AULA / METODOLOGIA ·
OBSERVAÇÃO: NESTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA VAMOS
UTILIZAR DOIS MATERIAIS QUE SERÃO ANEXADOS, SENDO ELES: A REVISTA RAÍZES E
SABERES, PRODUZIDO PELA PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL DE ITAMARAJU, ALENICE
FRANÇA E LAÍS RAMOS E O LIVRO: MANDELA: O AFRICANO DE TODAS AS CORES DE ALAIN
SERRES, ZAÚ. ·
1ª Etapa: (aulas 1 e 2) ·
(1ª
aula) – Para iniciar é importante revisar com os alunos através de uma
conversa informal sobre: culturalismo, multiculturalismo, preconceito,
racismo, novembro negro – Existem diversos materiais a respeito desses temas
no seu grupo do whatsapp. ·
Após faça a leitura e socialização do texto
inicial da REVISTA RAÍZES E SABERES: “Nós herdeiros”, é importante
mostrar no compartilhamento do meet, o texto, está bem colorido e atrativo. ·
Em
seguida reflitam sobre o papel da mulher no Quilombo (defina) utilizando a
segunda página da REVISTA RAÍZES E SABERES:ou no link: ·
Peça aos alunos que leiam o texto abaixo e
caso não consigam imprimir para fazer o caça-palavras, pesquisem sobre o
conceito das palavras em negrito e escreva no caderno sobre elas. Atividade Qual a importância de procurarmos pessoas negras como referências? Qual o lugar reservado para uma
mulher que nasce pobre e NEGRA em um país como o Brasil? NEUSA
Santos Souza, uma negra baiana, contrariando todas as estatísticas, estudou
medicina e PSICANÁLISE, e se tornou uma INTELECTUAL de renome.
Neusa formou-se em Medicina pela Universidade FEDERAL da Bahia (UFBA)
e fez Mestrado em PSIQUIATRIA na Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Além de PIONEIRA nos estudos sobre os ASPECTOS sociológicos
e psicanalíticos da NEGRITUDE no Brasil, Neusa também fez importantes
contribuições em ESTUDOS sobre a psicose e a psicanálise lacaniana.
Publicou diversos artigos e livros, entre eles, “Tornar-se Negro ” , em que
aborda os problemas EMOCIONAIS do povo negro e sua dificuldade em
lidar com as suas subjetividades por terem sofrido o processo de violência e
racismo imposto pelo COLONIALISMO. Pouco antes de falecer, em 20 de
dezembro de 2008, com 60 anos de idade, escreveu um artigo aludindo aos 120
anos que a Lei Áurea completaria em 2009. O texto, em formato de DESABAFO,
foi concluído com: “Cento e vinte anos de abolição quer dizer 120 anos de
luta dos negros que no Brasil, dia a dia, convivem com o PRECONCEITO e
a DISCRIMINAÇÃO racial”. ·
Oriente-os a pesquisar sobre o significado das
palavras abaixo de origem africana que são usadas em nosso dia a dia: Axé Moleque Caçula Cafuné Cachaça |
· 2ª Etapa: (aulas 3 e 4) · (3ª aula) - Nesta aula use a sessão: Na boca do povo! Da REVISTA RAÍZES E SABERES, com o tema: Sabedoria Griô- A história como herança. Ou utilize o link: http://www.processocom.org/2016/06/01/a%20-importancia-de-grios-na-socializacao-desaberes-e-de-fazeres-da-cultura/ · Logo em seguida leia o conto:TODOS DEPENDEM DABOCA, em anexo na revista. · Proponha como atividade uma pesquisa na comunidade em que vive sobre provérbios ditos como alerta e aprendizagem. · (aula 04) –Nesta aula vamos nos deliciar na sessão culinária e sabores, além de conhecer um pouco mais sobre os produtos que utilizamos e que vieram da África quando foram trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro. Na oportunidade questione aos alunos o que mais veio com os negros para o Brasil: refletindo sobre sua história, cultura e religiosidade. É fundamental que acompanhe na revista em anexo todos os textos. v Socialize com os alunos o texto da seção da revista: Respeito a religiosidade, converse sobre esse tema com respeito a toda e qualquer manifestação de fé das pessoas, independente do seu credo. Logo após proponha uma atividade de pesquisa na comunidade em que eles moram, buscando saber das pessoas mais velhas se haviam benzedeiras, curandeiros, festeiros da esmola de São Benedito ou outras festas de cultura africana. Se houver escreva o que eles se lembram desse período. v Para finalizar pergunte aos alunos: O QUE É CONSCIÊNCIA NEGRA? Reflita juntamente com eles as respostas dadas e faça a leitura compartilhada do texto da última página da REVISTA RAÍZES E SABERES ou no link: https://www.geledes.org.br/%20conscienci%20a-negra-significado/ v É importante conversar com os alunos sobre o material da REVISTA RAÍZES E SABERES, como atividade para produzir um texto de forma poética ou não sobre o movimento consciência negra. · 3ª Etapa: (aulas 5 e 6) v (5ª aula) – Use essa aula para que a turma apresente seus textos e caso haja tempo, faça um momento de reflexão a partir dos textos lidos. v ( 6ª aula) - Para ajudar nas atividades que foram propostas, utilize ainda o material do aluno, o livro didático das páginas 182 a 207. v As duas últimas aulas serão utilizadas para encerramento de atividades |
RECURSOS:( )
Resumo( ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;(x ) Vídeo;( ) Computador;(x )
Jogos; (x ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )
Informativos. ( x) meet
AVALIAÇÃO:(
) Prova; ( x ) Trabalho; ( )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); ( )
Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz;
( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da
participação;
ANEXOS:
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
Unidade Temática:Lógicas comerciais e mercantis da modernidade. |
Objetos de Conhecimento:Traços dos povos
africanos, europeus indígenas na organização da sociedade Itamarajuense; A
escravidão moderna e trafico de escravizados |
Ano/Série: 7ºano Período:16/11 a 03/12/2021 Nº de Aulas:
06 |
TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES:Multiculturalismo; Meio
Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde. |
Tema Intecurricular:Pluralismo cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discursões étnicas e culturais. |
Habilidades: (EF07HI12): Identificar distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial e étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática). |
·
Competência Geral da BNCC: ·
Conhecimento:Valorizar
e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva. |
·
Competência Específica de História: Compreender
acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de
transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar,
posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. |
·
Competência Socioemocional: ·
Tomada de
decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais
de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de
uma sociedade. |
ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
· 1ª Etapa: (aulas 1 e 2) ·
(1ª aula) - Apresentar o objeto de conhecimento
para a turma: Traços dos povos africanos, europeus, indígenas na organização
da sociedade Itamarajuense; A escravidão moderna e tráfico de escravizados. ·
Fazer uma roda de conversa socializando as
repostas da entrevista que estava no final da nossa última sequência. Após
disponibilize para a turma a questão abaixo:
·
Peça para os alunos compartilharem as
respostas com a turma. Espera-se que as respostas demonstrem desconforto,
medo e receio da violência e do inesperado. Caso algum aluno apresente
dificuldade em responder, pergunte se alguém da turma já viu algum filme,
novela, ou mesmo se já leu algum livro sobre escravidão. ·
Se alguém disser que já assistiu, peça para
contar como era e o que mais chamou a sua atenção. ·
Para dar continuidade solicite a leitura das
págs. 180 a 184. · ( 2º aula)-Nesta aula será abordado sobre o trajeto dos africanos até o Brasil e o trabalho escravo. Para iniciar a abordagem do tema será trabalhado a música e trechos de textos a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=FlFxynBODc4
Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo Aqui onde estão os homens Há um grande leilão Dizem que nele há uma princesa à venda Que veio junto com seus súditos Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo Aqui onde estão os homens De um lado cana-de-açúcar De outro lado, o cafezal Ao centro, os senhores sentados Vendo a colheita do algodão branco Sendo colhido por mãos negras
Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Quando Zumbi chegar O que vai acontecer
Zumbi é o senhor das guerras Senhor das demandas Quando Zumbi chega É Zumbi é quem manda
Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Angola Congo Benguela Monjolo Cabinda Mina Quiloa Rebolo
ü O
compositor expôs algumas etnias africanas que vieram forçadas para o Brasil e
eram vendidas em leilões; na segunda estrofe, reforçando os nomes das etnias,
ele trata dos lugares em que essa mão de obra escravizada foi empregada,
destacando canavial, cafezais e colheita de algodão; no terceiro e no quarto,
atribuem à figura de Zumbi o ideal de força e resistência
· Agora disponibilize os textos dos trechos do capítulo “Presença negra: conflitos e encontros”, escrito por um dos maiores especialistas do tema escravidão africana no país, João José Reis, publicado no livro Brasil: 500 anos de povoamento.
·
Sugira que a turma estabeleça uma relação entre a
música e os trechos dos textos em escrio para socialização posterior. ·
Espera-se que no Trecho 1 os alunos identifiquem
processo de tráfico de escravos, atentando para o modo como os africanos
foram capturados e escravizados, além de apresentar as quatro rotas
utilizadas pelo tráfico para desembarcar escravizados no Brasil: Guiné, Mina,
Angola e Moçambique. Trecho 2, a turma deve destacar os lugares de atuação
dos escravizados, tanto no campo quanto na área urbana, e por esta razão vai
de encontro à letra da música, quando diz que os escravizados exerciam
trabalhos forçados nos canaviais, cafezais e na colheita de algodão. Já o
Texto 3 trata dos diferentes povos africanos que foram trazidas para a
América Portuguesa, relacionando diretamente com as etnias mencionadas na
música. · 2ª Etapa: (aulas 3 e 4) ·
(3ª aula) - Dando continuidade ao tema da aula
anterior sobre o trajeto dos africanos até o Brasil o trabalho escravo e os
diversos povos africanos que chegaram em nosso país. O professor iniciará uma
leitura compartilhada das págs. 180 a 185. ·
Após a explicação os alunos farão a atividade do 01 ao 03 págs. 194 a 196 ·
(4ª aula) - A resistência dos escravos tinha como grande
objetivo a conquista da liberdade, mas também poderia buscar apenas impor
limites ao excesso de tirania de feitores e senhores. ·
Iniciaremos a discursão sobre resistência com o vídeo: ·
Após o vídeo leitura das págs. 186 a 192 e Atividade do 04 ao 06 págs.
196 e 197 · 3ª Etapa: (aulas 5 e 6) ·
(5ª aula) - Iniciaremos
a aula trabalhando o tema: Escravidão Moderna.Para além de uma simples
palavra, escravidão é, sobretudo, um conceito que deve ser entendido no
interior do contexto histórico abordado, se houvesse algo a unificar o
conceito a partir dos diferentes períodos, seria envolto nas relações de
trabalho, em que se define “a forma de aplicação do esforço humano na
apropriação da natureza para os fins específicos de subsistência”, desta
forma, o escravizado seria aquele que nas relações de trabalho está privado
do controle do próprio esforço produtivo bem como do processo que garante sua
subsistência material. Para melhor compreensão assistir o vídeo abaixo: ·
Após assistirem o vídeo trabalhar o texto abaixo: Escravidão moderna: tendência de aumento no
pós-pandemia? ·
A partir de
2009, após a chacina que vitimou auditores fiscais e um motorista na zona
rural de Unaí-MG em 2004, instituiu-se no Brasil o dia 28 de janeiro como o
dia designado para o combate contra a exploração da mão de obra trabalhadora,
submetida ao trabalho degradante,
análogo ao de escravo. ·
Propomo-nos
a abordar um pouco sobre essa mazela tão antiga quanto nossa hisória, mas que
ainda desafia todos quantos se dedicam a ações efetivas de prevenção e
repressão ao problema. Mesmo em pleno século XXI, nossa sociedade ainda não conseguiu abolir de vez a cadeia sistêmica
que continua reproduzindo o trabalho escravo. Em um cenário que se delineia a
situação de miserabilidade das suas vitimas, a ganância e impunidade dos
empregadores, além da fragilização dos sistemas de invetigação e
fiscalização, não há nada do que se orgulhar. ·
Nosso Código
Penal conceitua o trabalho análogo à escravidão, no seu artigo 149, como
aquele que tende a: “reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer
submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a
condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.” ·
Em absoluto
desrespeito ao princípio da dignidade humana e aos demais corolários, que
resguardam os direitos fundamentais, os infratores costumam se sentir como se
isentos estivessem do alcance da lei, porquanto persistem promovendo a
exploração de vulneráveis tanto em zonas urbanas, como rurais. Somente em
2020, ano de pandemia e dificuldades extremas, a Inspeção do Trabalho[2]
identificou 134 trabalhadores em condições análogas à escravidão na zona
rural e 106 na zona urbana, considerando-se apenas as ações empreendidas de
janeiro a junho do mesmo ano. ·
Dentro dessa
linha de raciocínio, pode-se antevê que no curto período do pós-pandemia não
haverá o sonhado desenvolvimento econômico, capaz de gerar uma melhor
distribuição da riqueza e, por isso, aposta-se numa forte tendência de
trabalhos degradantes continuarem sendo a única opção para boa parte da nossa
população mais indefesa, que será submetida ainda mais à precarização de
direitos. ·
Quando se
entende que o trabalho dignifica o homem, é necessário que também se
compreenda que o trabalho forçado não apenas o prejudica e maltrata, mas também marca o retrocesso de toda uma
sociedade, que envergonha seus filhos, por sua incapacidade de fomentar
condições de sobrevivência justas e favoráveis, capazes de promoverem um
desenvolvimento econômico sem tantas chagas marcadas pela dor e o abandono
dos que mais carecem de oportunidades. ·
Espera-se
que não tarde uma resolução para esse grave problema social, recorrente no
mundo e em nosso país. O caminho já está indicado pela ciência, que são a
valorização de políticas públicas adequadas, com o investimento em educação
de qualidade, fiscalização bem equipada, promoção do pleno emprego e correção
de rumos de práticas que degradam a pessoa humana, despersonalizando-a e
transformando em objeto. Carolina Bertrand Rodrigues Oliveira* https://amatra19.org.br/escravidao-moderna-tendencia-de-aumento-no-pos-pandemia/ Atividade 1- Observe a imagem: Por
que o grafite diz a frase: Não está à venda? O
que você entende por escravidão? Relacione a imagem com o trabalho escravo. ·
( 6º aula)- Inicie essa aula destacando que a cultura africana é
extremamente rica e diversificada. São inúmeros povos que habitam o
continente, com uma vasta quantidade de línguas, religiões, tribos e costumes
distintos. E toda essa diversidade teve um papel importante na formação da
identidade cultural afro-brasileira. Em Novembro temos uma data importante no
calendário: o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 do mês.
A data marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares e traz uma reflexão
sobre a importância do povo e da cultura africana na construção do nosso
país. Por exemplo: você conhece as palavras moleque, fubá, cachaça, berimbau
e maracatu? Estas e outras palavras do nosso vocabulário têm origem africana,
porém a contribuição da cultura afro não se encontra apenas na língua, mas,
também, na culinária, na dança, na religião e na música. Neste momento
apresente o texto abaixo: A herança cultural Africana O samba, a feijoada, a música Black, o berimbau,
a capoeira e o candomblé, são heranças culturais trazidas pelos
afrodescendentes ao Brasil. Dentro desse contexto, é inegável que os escravos
contribuíram muitíssimo para a construção da identidade brasileira. A fim de
que houvesse o devido reconhecimento, no ano de 2003 foi decretada a lei
10.639/03, cuja função é tornar obrigatório o ensino da cultura e história
brasileiro-africana nas escolas de todo o país. Embora essa lei tenha se
tornado uma conquista, ela está muito longe de solucionar o problema no
ensino. Deve-se
salientar que mesmo após a promulgação dela, apenas 5% das instituições de
ensino públicas e privadas realmente estão de acordo com a legislação,
segundo a afirmação do coordenador geral da Educação para Relações
Étnico-Raciais do MEC. Em
virtude disso, isso se torna um desafio cuja maior dificuldade é sanar o
problema do preconceito e perseguição à cultura afro que persiste na
sociedade. No livro os Capitães da
Areia escrito pelo autor modernista Jorge Amado isso fica bem explícito, uma
vez que a personagem Dona Aninha é perseguida por ser mãe de santo do
candomblé. Sendo uma consequência de anos de racismo
marcados pela opressão aos negros, como exemplo o branqueamento da população no
século XX. Da qual foi uma ideologia de eugenia apoiada por intelectuais da
época que julgavam a cultura europeia como a única adequada a ser seguida e a
mais desenvolvida, e todas as demais seriam inferiores e atrasadas e, por
isso, traziam imigrantes da Europeus ao Brasil, na tentativa de branquear a
população e apagar costumes vindos da cultura Africana. E tais teses só foram
perdendo força muito recentemente, após a Segunda Guerra Mundial, de forma
que ainda hoje nem todos os vestígios foram apagados por completo. Logo, a
lei já citada anteriormente é apenas mais um símbolo da luta contra a
discriminação étnica no Brasil. Influenciada pelos pensamentos Europeus de
superioridade racial, da qual mesmo não havendo tanta influência em dias
atuais ainda se vê resquícios de um passado não esquecido. Portanto, esse é
um o principal motivo do não ensinamento da cultura afro-brasileira. ·
Para
finalizar esse tema disponibilize a musica no link abaixo:
·
Sugere se
que a turma faça um texto poético e ilustrado, baseando-se no texto e na
musica acima, esclarecendo quais as heranças dos africanos para a cultura
brasileira? ·
O professor
decidirá com a turma a melhor forma e dia para apresentação. |
RECURSOS:(X)
Resumo( ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;( ) Vídeino;( ) Computador;( X)
Jogos; ( X) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )
Informativos.
AVALIAÇÃO: (
) Prova; ( ) Trabalho; (X )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( ); ( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( )
Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da participação;
Anexo:
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
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Unidade Temática: Os processos de independência nas Américas |
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Objetos de Conhecimento:A tutela da população indígena, a escravidão dos
negros e a tutela dos egressos da escravidão. |
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Ano/Série: 8º ano Período:16/11 a 10/12/2021Nº de Aulas:
12 |
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TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Ciência e Tecnologia - Meio Ambiente (Educação
Ambiental); Saúde Cidadania e Civismo (Vida Familiar e Social) |
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Tema Intecurricular: Pluralismo Cultural e
Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e
culturais. |
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Habilidades: (EF08HI14):
Discutir a
noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade
brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma
de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e
negras no Brasil e nas Américas. |
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·
Competência Geral da BNCC:
|
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·
Competência Específica de
História: Compreender acontecimentos
históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e
manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo
do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo. |
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·
Competência Socioemocional:
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA ·
1ª Etapa: (aulas 1, 2 e 3
aulas)
Ø Após levantamento das opiniões
narradas, diagnosticar: ·
Se
as opiniões apresentadas são mediante conhecimento ou influências do espaço
social em que vivem; ·
Verificar
se as respostas foram homogêneas ou diversificadas; ·
Observar
se houve aspectos positivos em relação ao povo indígena ou negativos mediante
respostas dadas.
Ø Apresente ao estudante sobre o
conceito de índio pelo dicionário Aurélio e pelo antropólogo Darcy Ribeiro. Ø
Segundo
o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 1975, Editora Nova
Fronteira, página 759 – Índio: o
habitante das terras americanas ao chegarem os descobridores europeus; o
aborígene da América. Segundo Darcy Ribeiro: “(…)
aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação
à sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou
meras lealdades que a vinculam a uma tradição pré-colombiana. Ou, ainda mais
amplamente: índio é todo o indivíduo reconhecido como membro por uma
comunidade pré-colombiana que se identifica etnicamente diversa da nacional e
é considerada indígena pela população brasileira com quem está em contato”. · Também descrever o significado
de Antropologia: É
a ciência que se dedica ao estudo aprofundado do Ser Humano. É um termo de
origem grega, formada por “anthropos” (Homem, Ser Humano) e “logos”
(Conhecimento).
Ø
Nesse
momento apresente ao estudante a música de Rita Lee, Baila Comigo: ·
(3ª Aula)- Retome a temática
anterior: Ø Primeiramente discussão oral de cada estrofe
para identificar se o aluno percebe a conotação preconceituosa que está
inserida na letra da música de Rita Lee: Se
Deus quiser, um dia eu quero ser índio Viver
pelado, pintado de verde num eterno domingo Ser
um bicho preguiça e espantar turista E
tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol Se
Deus quiser um dia acabo voando Tão
banal, assim como um pardal, meio de contrabando Desviar
de estilingue, deixar que me xinguem E
tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol Baila
comigo, como se baila na tribo Baila
comigo, lá no meu esconderijo Se
Deus quiser um dia eu viro semente E
quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente E
na primavera vou brotar na terra E
tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol Se
Deus quiser um dia eu morro bem velha Na
hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela E
entrar no pacote de camarote
Ø A música descontrai e prende a
atenção, recurso eficaz na atividade proposta de desmistificar pensamentos
estereotipados e pré-formados em relação ao índio. Tais pensamentos devem ser
desconstruídos.
·
Após,
trabalhe as seguintes questões: 1.
Por
que na canção, a compositora um dia quer ser índio? 2.
Para
a autora, os índios vivem num “eterno domingo”, como “bicho preguiça”. Você
concorda com ela? 3.
Em
sua opinião, a imagem do índio contida na música de Rita Lee corresponde à
situação real dos índios? Ø Para entender um pouco sobre o
contexto da temática assistam ao vídeo no link disponível abaixo: ·
2ª Etapa: (aulas 4, 5 e 6
aulas) ·
(4ª e 5ª aula) – Inicie a aula
questionando a turma: O que é cidadania? Há múltiplas respostas
para tal questão. Deixe a turma manifestar suas considerações iniciais - Após
os comentários iniciais, faça novos questionamentos: ·
Agora apresente a gravura abaixo e após discuta os
questionamentos abaixo da imagem:
v Espera-se
que os estudantes identifiquem a cidadania como um conjunto de direitos
políticos, sociais e civis. Para um breve conceito de cidadania, ver a
definição do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania de Curitiba: http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=131. Acesso em:
30/4/2019. Sobre a mudança no conceito de Cidadania no
Brasil desde a independência até o final do século XX, ver: CARVALHO, José
Murilo de. Cidadania no Brasil.
·
(6ª
aula) - Observe com a turma o print de uma notícia intitulada “Com
julgamento em 16 de agosto, direitos quilombolas e indígenas estão em risco
no STF” e leia os dois trechos da Constituição Federal de 1988, vigente na
atualidade. ·
Após a leitura e observação, faça os seguintes questionamentos:
v
Espera-se que os alunos identifiquem que a
notícia remete a uma decisão do Supremo Tribunal Federal que pode colocar em
risco os direitos de comunidades tradicionais indígenas e quilombolas (no
caso desta notícia, o direito em risco é o direito às terras de quilombos e
aos territórios indígenas). Quanto ao artigo 5º da CF 88, ele garante um
tratamento igual perante a lei, preservando o “direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade”. Vale, portanto, destacar que ninguém
poderá ser escravizado e que a Constituição promete igualdade, inclusive
étnica. Já o artigo 215 garante proteção às manifestações das culturas
indígenas e afro-brasileiras enquanto as reconhece como “participantes do
processo civilizatório nacional”
·
3ª Etapa: (aulas 7, 8 e 9
aulas) ·
(7ª e 8ª aula) – inicie essa aula apresentando o trecho da fala do deputado abaixo:
v
O trecho do slide refere-se a uma fala de
Manuel José de Sousa França, advogado nascido em Laguna (SC) e deputado pela
província fluminense à Assembléia Constituinte. Em meio às discussões sobre o
projeto de José Bonifácio intitulado “Apontamentos para a Civilização dos
Índios Bravos do Império do Brasil”, o deputado França manifestou sua
opinião. ·
Após a leitura, provoque alguns questionamentos: 1.
Para
o deputado Manuel José de Sousa França, o que exclui um indígena tapuia de
ser considerado cidadão brasileiro? 2.
O
que seria necessário para que os tapuias (e os demais povos indígenas)
tivessem direitos como cidadãos? 3.
Embora
a Assembleia tenha sido dissolvida, o pensamento do deputado França parece
estar presente na Constituição de 1824 com basenos trechos lidos nos slides
anteriores?
Ø Espera-se que os
alunos identifiquem que, de acordo com o trecho, mesmo sendo habitante do
Brasil, nascido aqui e livre, um tapuia não pode ser considerado cidadão em
função de “seu estado selvagem”, ou seja, por não seguir os hábitos europeus.
A maneira para ser incorporados ao grupo de cidadãos brasileiros seria
abraçando os costumes europeus e a “civilização” (cultura, religião e a
submissão à Coroa portuguesa). Por fim, embora a Constituição tenha sido
outorgada pelo imperador, o pensamento do deputado aparece no texto final,
pois os indígenas foram impedidos de exercer sua cidadania de modo efetivo,
mesmo quando incluídos no rol de cidadãos brasileiros. ·
Leia com turma o trecho de um ofício encaminhando um
pedido de investigação de uma suposta “reunião de pretos Minas a título de
escola”. Após a leitura, provoque alguns questionamentos: ·
Questões:
Ø
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de um
ofício de um chefe de polícia a um juiz de paz pedindo investigação de uma
suposta escola de negros. O ofício é de 1835, portanto, posterior à
Constituição de 1824. ·
(9ª aula)- Apresente o texto abaixo sobre
o caso da preta Augusta: “Diz
a preta Augusta, Brasileira, que há oito anos, pouco mais ou menos, o Tenente
Coronel José Rodrigues Gonçalves Valle, a libertara por carta, sob condição
de [o] acompanhar durante sua vida. Morrendo aquele Tenente Coronel em 8 de
novembro de 1864 (Documento junto), a Suplicante retirou-se e separou a sua
economia, como pessoa livre, que é, e neste estado tem permanecido até o
presente, sem contestação de pessoa alguma. Ultimamente, porém, João Carlos
Álvares Valle, inventariante (segundo diz) dos bens daquele finado tem
pretendido considerar a Suplicante escrava do acervo hereditário, querendo
obrigá-la a pagar jornais, o que é atentatório contra a liberdade da
Suplicante tão legitimamente adquirida, e em cuja posse está há mais de cinco
anos. E como a referida carta de liberdade da Suplicante passada por aquele
finado Tenente Coronel se tenha extraviado quer por isso a Suplicante
justificar com o depoimento de pessoas que viram, e que tem ciência da
existência da referida carta, a fim de passar mandado de manutenção em favor
da Suplicante. [28/07/1870].” Fonte:
CHALHOUB, Sidney. Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil
escravista (século XIX). História
Social, n. 19, p. 33-62, 2010. p. 46. Disponível em:
https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/view/315/271.
Acesso em: 20/4/2019.
·
Após a leitura, provoque alguns questionamentos:
Ø
trata-se de um caso judicial em que Augusta, negra
alforriada, busca garantir a prova de sua liberdade. Ela precisou recorrer à
Justiça pois o inventariante de seu falecido proprietário quer considerá-la
novamente como escravizada - algo que era bastante comum na época ·
4ª Etapa: (aulas 10, 11 e 12
aulas) ·
(10ª aula)- Apresente a frase de Cecília
Meireles e solicite para que leiam e reflitam sobre ela por um
minuto. Em seguida pergunte para aos estudantes o que significa
liberdade para cada um deles e peça exemplos do dia a dia. Comente e saliente
também que o conceito de liberdade era muito utilizado nos discursos
políticos do século XVIII e XIX, e que essa palavra, junto com outras, como
“tirania”, “igualdade” fez parte do vocabulário político .Os homens e
mulheres escravizados ouviram muito seus senhores falarem em liberdade, mas o
conceito de liberdade dos senhores era bem diferente do daqueles em cativeiro
no Brasil. Para os senhores significava o desejo por lucro e livre comércio
sem interferência do estado monárquico. Para os homens e mulheres
escravizados significava a liberdade de viver, ir e vir, praticar sua
cultura, constituir família e possuir alguma propriedade pessoal.
“Liberdade
- essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda” Cecília Meireles
Texto completo: MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar S/a, 1977. Disponível em http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5628/material/CEC%C3%83%C2%ADLia%20Meireles%20-%20Romanceiro%20da%20Inconfid%C3%83%C2%AAncia%20%5BRev%5D%5B1%5D.pdf acessado
em 20/02/2019.
·
Agora peça ao estudante que faça a leitura das
fontes abaixo. As fontes são trechos de processos criminais de 1875 que
envolvem pessoas escravizadas que reagiram de alguma forma à opressão e A
música: crime bárbaro. A fonte 3 é parte de um depoimento de um administrador
de engenho que sofreu agressões físicas de dois homens escravizados no ano de
1875 em São José do Mipibu/RN.No depoimento o administrador fica claro que
foi um conflito causado pelos maus tratos no trabalho, pois o próprio admite
ter castigado fisicamente os homens que estavam realizando trabalho escravo.
Caso haja oportunidade,
apresente a música na integra: Rincon
Sapiência - Crime Bárbaro:
·
Solicite aos estudantes que produzirem um rap curto, de no
máximo 3 estrofes. Se você sentir que os estudantes não têm muita
familiaridade com o rap pode pedir para que eles façam uma poesia
convencional – Apresentação será decidida entre o professor e a turma. ·
(10ª aula)- Leia a frase
com a turma e observe a imagem. Depois, faça as seguintes provocações
iniciais:
Ø Questões:
Ø Espera-se que
os estudantes identifiquem que a frase trata sobre a resistência à escravidão,
indicando que, em qualquer lugar onde houve escravidão, seja ela de negros
africanos ou de indígenas, houve resistência. Resistir à escravidão significa
tentar conquistar a liberdade, garantir melhores condições de vida ou
desobedecer a ordens, mantendo suas crenças e cultura. Ø Leitura no livro
didático nas páginas 208,209, 210 e 211 ·
(11ª aula)- Solicite a turma que faça a leitura do texto
abaixo: v O trecho do livro de Laura de Mello e Souza que
trata de escravizados que buscavam as autoridades para clamar por justiça. Professor, o
trecho comenta sobre um tipo de resistência: recorrer às autoridades
(Justiça) em situações como a de reescravização de negros libertos. Às vezes,
por engano (ao serem confundidos com outro escravizado, capturados por
capitães do mato, presos quando não portavam sua carta de alforria…) ou por
má-fé (para atender às vontades de traficantes, capitães do mato e senhores
de escravos), porém, segundo o texto, a Justiça era lenta e quase sempre
falha. ·
Após a
leitura do trecho, faça os seguintes questionamentos: 1.
Sobre o
que trata o trecho? 2.
O que
levava alguns libertos a serem reescravizados? 3.
O que
esses negros libertos faziam quando eram reescravizados? 4.
De
acordo com o trecho, como era a justiça nesses casos? ·
Nesse momento peça ao estudante que faça a leitura
no livro didático na página 204 e após leitura da canção de Leci Brandão paraCompreender
a produção dos artistas afro-brasileiros, reconhecendo a música como
expressão do pensamento cidadão. Negro Zumbi
Zumbi,
o teu grito ecoou No
Quilombo dos Palmares Como
um pássaro que voou Tão
liberto pelos ares Um
grito de dor e de fé Ficou
registrado na nossa história Pela
luta, pelo axé pela
garra, pela glória
Negro
Zumbi, negro Zumbi Negro
Zumbi, negro Zumbi Contra
a força inimiga A
defesa da família Lá
na Serra da Barriga Permanente
uma vigília Foi
preciso o tombamento pela
identificação Foi
o reconhecimento dessa terra Na
história da nossa nação
Negro
Zumbi, negro Zumbi Negro
Zumbi, negro Zumbi ·
Questões: 1.
Vocês conhecem essa música? 2.
Sobre o que ela fala? 3.
Vocês já ouviram falar em Zumbi? Quem foi?
Pesquise! ·
Peça ao estudante que faça a leitura no livro
didático na página 205, o texto a Revolta de Manoel Congo, posteriormente
responda as questões propostas na página. ü Sugestões caso haja
tempo hábil: Ø Leitura no livro didático, A Lei
Eusébio de Queiroz e a Lei de Terras nas páginas 190 e 191 ·
Ø Professor, o negro
representava, aos olhos de boa parte da intelectualidade, o passado e o
atraso. Surgiram no século IX as chamadas teorias científicas do
branqueamento, propondo como solução para o problema misturar a população
negra com a branca, incluindo os imigrantes europeus, geração por geração,
até mudar o perfil “racial” do país, de negro a branco. O quadro, que “remete
à imagística cristã da natividade”, mostra, da esquerda para direita, uma
senhora negra, descalça sobre um chão de terra, que ergue as mãos e os olhos
aos céus ao lado de uma mulher, provavelmente sua filha, de tom de pele mais
claro, que segura seu bebê, branco, no colo. E um homem branco à sua direita.
As três personagens representariam as três gerações necessárias para que o
Brasil se tornasse um país branco. O homem branco à direita, ao que tudo
indica, o marido da mulher ao centro e pai da criança, olha para o menino com
admiração. Ele é o elo que permite o branqueamento completo dos descendentes
da senhora, possivelmente escrava e, assim, a sua salvação.
Ø Questões: 1.
Em sua opinião o que os personagens da pintura
estão pensando? 2.
No I Congresso Mundial das Raças,ocorrido em Londres
em 1911,o médico João Baptistade Lacerda ilustrou suas reflexões sobre a sociedade
brasileira analisando a tela“A redenção de Cam”,que retrata três gerações de
uma família Essa pintura foi utilizada na época para indicara seguinte tendência
demográfica ano Brasil:branqueamento da população. Por que o racismo está
presente nessa tendência de branqueamento? Coloque seu ponto de vista. ·
(12ª
aula) - Peça ao estudante que faça a leitura do texto, e
se for possível convide-o a ouvi a música - Os meus olhos coloridos, de
Sandra de Sá:
Os meus olhos coloridos Me fazem refletir Eu estou sempre na minha E não posso mais fugirtexto abaixo: Meu
cabelo enrolado Todos
querem imitar Eles
estão baratinados Também
querem enrolar Você
ri da minha roupa Você
ri do meu cabelo Você
ri da minha pele Você
ri do meu sorriso A
verdade é que você Tem
cabelo duro Sarará
crioulo Sarará
crioulo Sarará
crioulo Sarará
crioulo Sarará
crioulo Tem
sangue crioulo
·
Depois ouvirem a música, leia a letra junto com a turma. Peça para que
cada estudante leia uma frase, pois assim, todos participarão. Em seguida,
analisem cada parágrafo. ·
Feito isso, faça as seguintes perguntas:
·
Nesse momento, chame a atenção para o fato da injúria racial e do
racismo serem crimes no Brasil. E não se esqueça de procurar informações
especializadas para instruir os estudantes a como agir diante de um episódio
ou comentário racista. ·
Em seguida, solicite que faça uma paródia da música cantada por Sandra de Sá, voltada para o combate ao
racismo, caso tenha dificuldades, peça que produza um texto sobre a temática. ü Apresentação será
decidida entre a turma e o professor.
v
Abaixo segue mais algumas sugestões de aulas
nesse tema, caso seja necessárias ou mais atrativas:
Ø
Feito isso, apresente
o trecho da música “A carne”, interpretada por Elza Soares “A
carne mais barata do mercado É a carne negra Que vai de graça pro presídio E
para debaixo do plástico [...]” Ø Passe para o estudante
do vídeo clipe da música disponível no link abaixo: Em seguida, realize alguns
questionamentos para a turma, incitando assim algumas reflexões sobre o
trecho da música destacado:
Permita que os estudantes exponham o que
pensam, pois o objetivo deste momento é saber quais associações realizaram
por meio da análise da música. Almeja-se que os alunos consigam identificar
que a letra apresentada traz uma crítica aos diversos tipos de opressão e
violência sofridos pela população negra no Brasil, que, mesmo se declarando
para as outras nações como uma democracia racial, ou um país sem racismo, o
que se percebe na prática é que resquícios e estereótipos do período da
escravidão ainda fazem parte do imaginário, cultura e costumes da população.
Ø Para
essa aula será necessário estar apropriado do conceito de mito da democracia
racial. Atribui-se à famosa obra de Gilberto Freyre, Casa grande e senzala, publicada no ano de 1933, a
quebra do estereótipo de que a mestiçagem era a grande causa do atraso
político, econômico e social brasileiro. Percebe-se inclusive que, no período
pós-Abolição e Proclamação da República, incentivava-se um branqueamento da
população, por meio das relações entre portugueses e negros. No entanto,
Gilberto Freyre tenta romper com este estigma racial e discriminatório,
defendendo por meio de sua obra a mestiçagem da população brasileira como algo
positivo, que propiciou uma vivência pacífica entre as raças, contribuindo
assim para a diminuição das desigualdades sociais. Dentre outras palavras,
Gilberto Freyre apresentou na teoria um relato bem otimista com relação às
relações raciais, sugerindo a existência de uma democracia racial no Brasil,
embora jamais tenha formulado o conceito ou usado a expressão no livro.
Ø Os estudantes serão
convidados a realizar a leitura de dois textos, sendo um extraído da
obra Casa grande e senzala,de
1933, do escritor Gilberto Freyre, e o outro extraído do artigo “Ação
Afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil “, do
escritor Joaze Bernardino. Apresente o autor Gilberto Freyre e a
importância da obra Casa grande e senzala para
a História brasileira, informando que este livro foi publicado em 1933 e por
isso tem uma linguagem diferente. Destaque que este texto virá acompanhado de
um Glossário com o significado de algumas palavras, para auxiliar na
compreensão. Ø A dinâmica para
leitura do texto poderá ser selecionada pelo professor, levando-se em
consideração a opção que julgar ser mais eficiente para sua turma:
Texto 1
extraído do livro Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, 1933. [...]
os europeus e seus descendentes tiveram [...] de transigir com índios e
africanos quanto às relações genéticas e sociais. A escassez de mulheres
brancas criou zonas de confraternização entre vencedores e vencidos, entre
senhores e escravos. Sem deixarem de ser relações – a dos brancos com as
mulheres de cor – de ‘superiores’ com ‘inferiores’ [...]. A miscigenação que
largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se
teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a
casa-grande e a senzala. [...] Quanto à miscibilidade, nenhum povo
colonizador dos modernos, excedeu ou sequer igualou nesse ponto os
portugueses. Foi misturando-se gostosamente com mulheres de cor logo ao
primeiro contato e multiplicando-se em filhos mestiços que uns milhares
apenas de machos atrevidos conseguiram firmar-se na posse de terras
vastíssimas. [...] A miscibilidade mais do que a mobilidade, foi o processo
pelo qual os portugueses compensaram-se da deficiência em massa ou volume
humano para a colonização em larga escala e sobre áreas extensíssimas. FREYRE,
Gilberto. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o
regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
Glossário: Casa-grande: Casa senhorial rural, de
engenho ou fazenda, construída pelos portugueses a partir do século XVI. Miscibilidade: Característica ou condição do
que é misturável; misturabilidade. Miscigenação:
Processo ou resultado de misturar raças, pelo casamento ou coabitação de um
homem e uma mulher de etnias diferentes. Senzala:
Alojamento, que nas antigas fazendas e engenhos abrigava os escravizados. Transigir: Demonstrar tolerância ao fazer um
acordo; conciliar.
Texto
2: Ação Afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil -
Joaze Bernardino.
A
construção da nação brasileira está estruturada — dentre outras coisas — a
partir do mito da democracia racial. Uma parcela expressiva da sociedade
brasileira compartilha a crença de ter construído uma nação [...] não
caracterizada por conflitos raciais abertos. [...] Em outras palavras, ainda
é fortemente difundida no Brasil a crença de que a cultura brasileira
antecipa a possibilidade de um mundo sem raças. O mito da democracia racial
ganhou sua elaboração acadêmica e alcançou o seu clímax por meio de Gilberto
Freyre em seu Casa Grande & Senzala (1933), uma obra que viria a moldar a
imagem do Brasil. [...] O tom da sua obra é de otimismo em relação a um
ambiente social gestado durante a fase colonial brasileira que favorece e é
propício à ascensão social do mulato, tipo que tenderia a caracterizar num
futuro próximo o Brasil.[...] Tal mito tem o seu nascimento quando se
estabelece uma ordem, pelo menos do ponto de vista do direito, livre e
minimamente igualitária. Assim, tanto a Abolição quanto a proclamação da
República foram condições indispensáveis para o estabelecimento do referido
mito, sem esses dois acontecimentos não se poderia falar em igualdade entre
brancos e negros no Brasil [...]. O mito da democracia racial apoiava-se, e
ainda se apoia, na generalização de casos de ascensão social do mulato [...].
Todavia, a assimilação e reconhecimento social do mestiço ocorria à custa da
depreciação dos negros. O que está por trás deste mecanismo brasileiro de
ascensão social é a concordância da pessoa negra em negar sua ancestralidade
africana, posto que está socialmente carregada de significado negativo. Ø
Questões: Texto de Gilberto Freyre:
Professor, é esperado que na primeira pergunta
eles respondam que a miscigenação seria o processo de se misturar raças, por
meio do casamento e da reprodução de pessoas de etnias diferentes Na segunda pergunta é esperado que os estudantes
respondam que, para Gilberto Freyre, a miscigenação teve um papel importante
na construção da sociedade brasileira, pois “[...] os europeus e seus
descendentes tiveram [...] de transigir com índios e africanos quanto às
relações genéticas e sociais. A escassez de mulheres brancas criou zonas de
confraternização entre vencedores e vencidos, entre senhores e escravos” Na terceira pergunta espera-se que respondam que
Freyre vê a miscigenação como algo positivo, pois teria permitido que fosse
diminuída a diferença social que havia entre portugueses, africanos e
indígenas.
Texto de Joaze Bernardino:
v Professor, é esperado que na primeira pergunta respondam que o
mito da democracia racial é a ideia equivocada de que o Brasil possui uma
sociedade sem conflitos raciais abertos. v Na
segunda pergunta é esperado que respondam que a obra responsável por divulgar
o mito da democracia racial é a obra de Gilberto Freyre, Casa grande e senzala. v Na
terceira pergunta é esperado que os estudantes respondam que este mito foi
retratado na obra de Freyre como uma visão otimista da sociedade brasileira
ao exaltar a população mestiça, especialmente a figura do “mulato” - termo
pejorativo, pois deriva da palavra mula, fêmea do burro e um animal híbrido,
originado do cruzamento entre um jumento macho e uma égua.
Ø Professor, essa aula
será para o estudante demostra seu conhecimento adquirido ao longo dessa sequência
sobre a escravização indígena e africana. A partir das imagens abaixo, o
estudante irá produzir um texto sobre a temática, fazendo suas inferências. Ø Poderá também produzir
uma paródia, mapa conceitualou mental como assim o desejar.
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OBS: |
RECURSOS:
( x
) Resumo( ) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( x ) Vídeo;(
) Computador;( ) Jogos;( X ) livro didático para ajudar nas resoluções das
atividades. ;( x )
Informativos.
AVALIAÇÃO:
( X ) Prova; ( x )
Trabalho; ( X)Resolução de Exercícios/Livro páginas( ) Seminários; ( ) Apresentação oral;( x ) Observação do desempenho do aluno;( )
cartaz;( x ) Debate; ( ) Relatórios;( ) avaliação escrita;( x) Avaliação da
participação;
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
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Unidade Temática: A História Recente. . |
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Objetos de Conhecimento: A história recente do Brasil: transformações
políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos dias atuais; Os
protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira: A
questão da violência contra populações marginalizadas. |
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Ano/Série: 9º ano Período:
16/11 a 10/12/2021 Nº de Aulas: 12 |
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TEMAS CONTEMPORÂNEOS/
INTEGRADORES: Multiculturalismo;
Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde. |
||||||
Tema Intecurricular: Pluralismo Cultural e
Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e
culturais. |
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Habilidades: (EF09HI25) Relacionar as transformações
da sociedade brasileira aos protagonismos da sociedade civil após 1989. (EF09HI26) Discutir e analisar as causas
da violência contra populações marginalizadas (negros,
indígenas, mulheres, homossexuais, camponeses, pobres etc.) com vistas à
tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e
respeito às pessoas. (EF09HI33)
Analisar as transformações nas relações políticas locais e globais geradas
pelo desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e comunicação. |
||||||
·
Competência Geral da BNCC:
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·
Competência Específica de
História: Compreender acontecimentos
históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e
manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo
do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo.
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·
Competência Socioemocional:
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA • 1ª Etapa: (aulas 1, 2 e 3 aulas) ·
(1ª e 2ª aula) – Inicie a aula apresentando o tema
que será trabalhado. Apresente os conceitos de pluriculturalismo e
multiculturalismo para que os mesmos compreendam a complexidade e ao mesmo
tempo a beleza de se pertencer a um país pluricultural e multicultural. Em seguida discorra um pouco sobre alguns
possíveis motivos da não aceitação de alguns grupos em detrimento de outros.
v O multiculturalismo é a inter-relação
de várias culturas em um mesmo ambiente. É um fenômeno social que pode ser
relacionado com a globalização e as sociedades pós-modernas. v Alguns países apresentam uma maior
multiculturalidade. Muito devido aos diferentes grupos de imigrantes
recebidos, mas também por observar outros fatores de integração e o
desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural. v É um termo que descreve a
existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, com no mínimo
uma predominante. ... Ser plural, ser diverso é buscar, nas diferenças,
traços de união e de igualdade, que possam juntar pessoas e culturas, visando
unicamente o desenvolvimento de todos.
·
Após explanações acima, explique que do preconceito a algumas culturas
acontece o discurso de ódio. “O que é, afinal, discurso de ódio?”. Escolha um aluno ou observe se algum se propõe a
responder e anote no quadro. Em
seguida divida a classe em trios (mantendo a distância entre eles) e entregue
impressos trechos dos textos que apresentam o conceito de discurso de ódio
(“O que é, afinal, discurso de ódio?”) · ·
E que debatem o racismo nas redes sociais (“Formas contemporâneas de
racismo e intolerância nas redes sociais”). ·
Peça para os alunos analisarem os textos e produzirem relação entre o
discurso de ódio e as informações sobre racismo nas redes sociais. Em seguida
entregue uma folha de papel A4 para cada trio e peça para que produzam um
protesto que denuncie o discurso de ódio e o racismo nas redes sociais.
Utilize como exemplo a #somostodosmaju,
que foi elaborado pelos colegas de trabalho da jornalista do Jornal Nacional
Maria Júlia Coutinho. Incentive os alunos a usar a criatividade. A produção
pode ser um desenho, uma frase, uma imagem, uma charge, um poema etc.
Controle o tempo. ü Link para o texto: O que é, afinal, discurso de ódio?
ü Link para o texto: Formas
contemporâneas de racismo e intolerância nas redes sociais:
1º Texto: O que é, afinal, discurso de ódio? (...) “O
discurso do ódio pode ser conceituado como o ataque a grupos étnicos,
raciais, religiosos, minorias sexuais ou a qualquer outro grupo vítima de
preconceito, inclusive em decorrência de origem territorial, caracterizado
por pregar a intolerância em relação aos discriminados, buscando ou propondo,
direta ou indiretamente, sua exclusão da sociedade, eliminação física,
remoção do lugar em que vivem”, explica o Procurador da República Rômulo
Moreira Conrado. E complementa: o discurso doódio está longe de contribuir
para a formação de um debate plural, por apresentar a pretensão de destruir
um determinado segmento social. Riva Sobrado de Freitas e Micheli Bordignon,
da Universidade do Oeste de Santa Catarina, afirmam que o discurso de ódio é
caracterizado por “atos de comunicação que inferiorizam uma pessoa com base
em suas características (sexo, etnia, orientação sexual, por exemplo)”. Mas
destacam, para que o ato de comunicação entre na categoria de discurso de
ódio precisa ter dois elementos básicos: discriminação e externalidade. A
discriminação seria, de acordo com o artigo, atitude de marginalização e
desqualificação que insufle o ‘desrespeito pelo diferente’ e reduza o ser
humano à condição de objeto, além de causar “efeitos deletérios” em suas
vítimas. A externalidade é “a transposição de ideias do plano mental
(abstrato) para o plano fático (concreto)”. Ou seja, o pensamento só se torna
discurso de ódio quando é comunicado a outras pessoas.” O que
é, afinal, discurso de ódio? Disponível em:
http://senadofederal.tumblr.com/post/107305524777/o-que-%C3%A9-afinal-discurso-de-%C 3%B3dio Acesso em: 4/12/2018.
07/FormasContemporaneasRacismo_ 2º Texto: Formas contemporâneas de racismo e intolerância
nas redes sociais. (...) “PRINCIPAIS RESULTADOS 1. 81% das vítimas de racismo no Facebook no Brasil são
mulheres negras de classe média, com ensino superior completo e na faixa
etária de 20 a 35 anos. 2. Os usuários brasileiros do Facebook que se engajam na
prática de disseminar intolerância racial são predominantemente homens (65,6%
dos casos), em seus 20 e poucos anos. Além disso, para insultar pessoas
negras, eles tendem a utilizar vocabulário mais pesado (sobretudo palavrões)
do que as usuárias do sexo feminino. 3. Foram identificadas oito categorias de eventos que
desencadeiam a publicação de posts racistas contra mulheres negras no Facebook: a. Expressar discordância com algum post ou comentário
anterior de cunho negativo contra negros. b. Evidência de engajamento com profissões consideradas
mais nobres e de prestígio (por exemplo: medicina, jornalismo, direito,
engenharia etc.). a. Relacionamento inter racial. b. Exercer posição de liderança ou bem-sucedida em programa
de televisão ou até mesmo como convidada de honra. c. Desfrutar de viagens de férias no exterior (sobretudo em
países localizados no Hemisfério Norte). d. Utilizar e/ou enaltecer a adoção de cabelo cacheado
natural estilo afro. e. Vencer concurso de beleza. f. Rejeitar proposta de relacionamento afetivo. Luiz Valério P.
Trindade. Formas contemporâneas de racismo e intolerância nas redes sociais. 13 de
agosto de 2018. disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2018/Portuguese-final.pdf
Acesso em: 6/12/2018.
·
( 3ª aula) – Para a sistematização da aula escreva no
quadro a frase “Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão” –
também pode utilizar a imagem do link abaixo.
Peça para um dos trios explicar o que esta frase significa (se
necessário corrija equívocos conceituais). Em seguida sorteie ou selecione
dois trios para apresentar sua denúncia (fixe na parede da sala as outras
denúncias construídas pelos alunos). Finalize a aula relacionando o discurso
de ódio com o racismo nas redes sociais e debatendo sobre a importância das
denúncias quando a liberdade de expressão é transformada em discurso de ódio.
Para a próxima aula solicite a turma que tragam uma história verídica sobre
discurso de ódio com sua opinião pessoal a respeito. ·
Link
da imagem: “Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão”
2ª Etapa: (aulas 4, 5 e 6 aulas)
Música: Camila Camila Banda: Nenhum de Nós
Depois da última noite de festa Chorando e esperando amanhecer,
amanhecer As coisas aconteciam com alguma
explicação Com alguma explicação
Depois da última noite de chuva Chorando e esperando amanhecer,
amanhecer Às vezes peço a ele que vá
embora Que vá embora
Camila Camila, Camila
Eu que tenho medo até de suas
mãos Mas o ódio cega e você não
percebe Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu
olhar Mas o ódio cega e você não
percebe Mas o ódio cega
A lembrança do silêncio Daquelas tardes, daquelas tardes Da vergonha do espelho Naquelas marcas, naquelas
marcas
Havia algo de insano Naqueles olhos, olhos insanos Os olhos que passavam o dia A me vigiar, a me vigiar
Camila Camila, Camila
Camila Camila, Camila
E eu que tinha apenas 17 anos Baixava a minha cabeça pra tudo Era assim que as coisas
aconteciam Era assim que eu via tudo
acontecer
A carne mais barata
do mercado é a carne
negra (4x) Que vai de graça pro presídio E para debaixo
do plástico Que vai de graça
pro subemprego E
pros hospitais psiquiátricos A carne mais barata do mercado é a carne
negra (4x) Que fez e faz história Segurando esse país no braço O cabra aqui não
se sente revoltado Porque o
revólver já está engatilhado E o vingador
é lento Mas
muito bem intencionado E esse país Vai
deixando todo mundo preto E o cabelo
esticado Mas mesmo assim Ainda guardo o direito De algum antepassado da cor Brigar sutilmente por respeito Brigar bravamente por respeito Brigar por justiça e por respeito De algum antepassado da cor
Brigar, brigar, brigar A carne mais barata do mercado é a carne
negra (4x)
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
01) Justifique o título dado à
música, sugerindo um outro para ela: 02) Por que "a carne mais
barata do mercado é a carne negra"?
03) Que sensação tal afirmação
despertou em você? Comente:
04) Por que razão ela é tão
repetida na canção? Qual o objetivo dessa repetição?
05) Como reverter esse tipo de
situação? Levante hipóteses:
06) O que a segunda estrofe da
canção aponta? Explique com suas palavras quais são os caminhos mais comuns
para os negros em nossa sociedade:
07) Que denúncia social é feita
nos versos em negrito na música? O que você pensa a respeito disso?
08) Explique as diferenças
existentes nos versos sublinhados no texto:
09) Que mensagem a canção
transmite? Comente:
•
(10º
e 11ª aula) - Apresentar as imagens para os alunos,
explicando que a charge pode ser
chamada de texto visual em que utiliza o humor ao mesmo tempo em que
critica. A forçada comunicação da charge e o seu potencial de atrair o interesse de vários setores
sociais são em decorrência sobretudo da veia cômica
e humorística usando a foça
do riso como arma de luta política. •
Abaixo vemos algumas
charges que desempenham esse papel social, mostrando o preconceito estruturado:
PARA REFLETIR ·
As
charges acima mostram o preconceito racial estruturado na sociedade brasileira. Apresente algumas questões a respeito: 1.
Você concorda que a população negra sofre
muito mais preconceito na sociedade em que está inserida? 2.
Você já vivenciou presenciou alguma cena de preconceito
racial? 3.
Escreva
um pequeno texto relatando sobre isso – Sugere-se que o texo escrito seja
apresentado atraves de poesias, cordel, encenação teatral ou podcast.
ü Sugestão
de vídeos para auxiliar no processo de construção da aprendizagem:
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OBS: |
RECURSOS:
( x
) Resumo( ) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( x ) Vídeo;(
) Computador;( ) Jogos;( X ) livro didático para ajudar nas resoluções das
atividades. ;( x )
Informativos.
AVALIAÇÃO:
( X ) Prova; ( x )
Trabalho; ( X)Resolução de Exercícios/Livro páginas( ) Seminários; ( ) Apresentação oral;( x ) Observação do desempenho do aluno;( )
cartaz;( x ) Debate; ( ) Relatórios;( ) avaliação escrita;( x) Avaliação da
participação;
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