11º Encontro De Articulação Cie 2022

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE  ITAMARAJU

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 

DE ITAMARAJU

 

                  Coordenação do Ensino Fundamental Anos Finais

 

 

ENCONTRO PEDAGÓGICO - 2022

 

 

COMPONENTE CURRICULAR: Ciências

ARTICULADOR: Nilsilane N. Silva

DATA: 21/09/2022

HORÁRIO: 8:00h às 11:30h (matutino)

                     13:30 às 17:00h (vespertino)

                                                                                                                                                                  

PAUTA:                                                                                                                                                         

1º Momento: Acolhida/Oração (05min)

2º Momento: Motivação (15min)

A ARTE DE PRODUZIR FOME

Rubem Alves

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...

Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias... Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme "A Festa de Babette", e a Tita, em "Como Água para Chocolate". Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome...

Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.

Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo se recusa a comer. Forçado, ele vomita.

Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer dizer "ir atrás". É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.

Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar

enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia. Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las. E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.

Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.

Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. "Pule o muro à noite e roube as pitangas." Furto, fruto, tão próximos... Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.

Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: "Construa uma maquineta de roubar pitangas". McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são

extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.

Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.

Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.

Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.

Dizia Miguel de Unamuno: "Saber por saber: isso é inumano..."

Então que moral podemos tirar dessa história? A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome... Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja...

3º Momento: A Mostra Cultural da Educação Municipal

Dar mais detalhes sobre este dia. Pedir que escolham seus trabalhos.

4º Momento: Sistematização e Conclusão das Sequências Didáticas

Os grupos deverão pontuar aspectos selecionados sobre a sequência do grupo oposto, a partir da observação criteriosa de aula por aula, fazendo as anotações e acréscimos do que for necessário. Observar se é fiel ao direcionamento? o que está proposto cabe no espaço de aulas sugeridas? o tempo de cada etapa condiz com o que está sendo proposto? A metodologia favorece o desenvolvimento das habilidades? Os objetivos específicos estão de acordo as habilidades? Eles terão que alterar as sequências. Em seguida farão as apresentações através da leitura oral. Entregar um roteiro do que será observado e pontuado.

9ª Sequência Didática - Período: 03 a 28/10

 

6º Ano:

Tema: Leitura, escrita em movimento: Itamaraju em foco

Sub Tema: Drogas Ilícitas em Itamaraju.

Objetos de Conhecimento: Drogas Licitas e Ilícitas; Drogas mais recorrentes em Itamaraju. Organização e Funcionamento do Sistema nervoso. A percepção do ambiente; O sentido da visão e o uso de lentes corretivas. Capacitação dos estímulos: sentidos.  

7º Ano:

Tema Inter curricular: Leitura, escrita em movimento: Itamaraju em foco

Subtema: Custo-benefício das máquinas primitivas utilizadas nas produções agropecuárias de   Itamaraju.

Objetos de Conhecimento: Custo-benefício das máquinas usadas na agricultura; Linhas de montagem automatizadas; Máquinas simples; O que são máquinas, história das máquinas simples (alavanca, roda e roldana, plano inclinado). História dos Combustíveis e das máquinas térmicas; As máquinas primitivas utilizadas nas produções agropecuárias de Itamaraju e, a implementação de novas tecnologias nas produções agropecuárias.

8º Ano:

Tema Inter Curricular: As diversas facetas do Consumo

Sub Tema: Consumo Consciente dos alimentos

Objetos de Conhecimento: Energia do corpo: conceito, produção e funcionamento (desde a obtenção até a transferência para todas as partes do corpo). Sistema digestório; Como o corpo humano está organizado - Das células até os Sistemas

9º Ano:

Tema: Leitura, escrita em movimento: Itamaraju em foco

Subtema: Problemas Ambientais em Itamaraju gerados pela exploração dos Recursos naturais.

Objetos de Conhecimento: As grandes plantações de eucalipto no extremo sul baiano; A compactação do solo ocasionada pela agropecuária, a caça predatória não subsistencial; Retirada da cobertura ciliar do entorno do Rio Jucuruçu e extrativismo de areia. O papel dos indígenas no equilíbrio de biomas e ecossistemas brasileiros.

 

5º Momento: Intervalo para o Lanche

 

Período de Formação: Didática

                                                                                                                                                             

6º Momento: Sensibilização/ Levantamento de Conhecimentos Prévios

Apresentar o curta metragem “Missão? Empatia e gratidão” e trecho do filme “Como estrelas na Terra?”, em seguida levantar questionamentos como: Qual a relação entre os dois vídeos? Quais sentimentos ficam explícitos aí? O professor é antes de tudo um ser humano com sentimentos e na sua atuação precisa ter sensibilidade pelos seus alunos. Como você acha que o professor percebeu a dificuldade/necessidade de Ishaan? Como o professor começou a ajudar Ishaan? Qual o propósito do professor em contar durante a aula uma história relatando casos de pessoas famosas que enfrentaram dificuldades e venceram na vida? E você já conseguiu identificar algum caso do tipo em sua sala vivência de sala de aula, como notou e o que fez para ajudar? O que esses vídeos têm a ver com didática? O que é didática?

7º Momento: Construindo Conceitos

Fazer juntamente com o professor um acróstico com o nome Didática, pedir que citem palavras que representam sinônimos de didática, em seguida formular um conceito da palavra.

8º Momento: Análise de casos e postura do professor.

Sortear as cenas para os grupos e distribuir os textos da apostila, pedir aos professores que apresentem as cenas da forma que acharem melhor, usando a criatividade, disponibilizar cartolinas e pincéis atômicos, estipular um tempo de 20 minutos para socialização. Apresentar o resultado da pesquisa.

Em seguida, lançar as seguintes questões:

Ø  Como você se sentia com relação a essas práticas enquanto aluno?

Ø  Como os alunos agem em determinadas práticas tradicionais do ensino?

9º Momento: Fechamento

A Parábola dos dois cavalos

OS DOIS CAVALOS

Na estrada de minha casa há um pasto. Dois cavalos vivem lá.

De longe, parecem cavalos como os outros cavalos, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego. Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo – um cavalo mais jovem. Isso já é de se admirar. Se você ficar observando, ouvirá um sino. Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo menor. Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele. Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo. E você percebe que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, para, para que o outro possa alcançá-lo. E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.

Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos. Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas. Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho. E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá. Viva de maneira simples, Ame generosamente, Cuide com devoção, Fale com bondade….E confie, deixando o resto para Deus..

Entregar a caixinha com a mensagem do clip.

 




 





Final do encontro com um abraço coletivo em uma jaqueira, em homenagem ao Dia da Árvore.







 

 

 

 

 

 

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