SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
Unidade Temática: Trabalho e formas de organização social e cultural. |
Objetos de Conhecimento:O Mediterrâneo como espaço de interação entre as sociedades
da Europa, da África e do Oriente Médio |
Ano/Série: 6ºano Período: 25/10 a 05/11/2021 Nº de Aulas: 04 |
TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Multiculturalismo; Meio Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde. |
Tema Intecurricular: |
Habilidades: (EF07HI10): Analisar, com base em documentos históricos, diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades americanas no período colonial. |
·
Competência Geral da BNCC |
·
Competência Específica de História: . |
·
Competência Socioemocional: |
ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA · 1ª Etapa: (aulas 1 e 2) ·
(1ª aula) - Inicie a
aula com uma conversa dialogada e mostre aos alunos um mapa com a divisão
política atual da região banhada pelo Mar Mediterrâneo. ·
. Peça à turma que observe o mapa e
identifique os países que fazem parte dessa região. ·
Em seguida, mostre um mapa da Grécia antiga e
suas colônias, no qual seja possível observar a representação do Mediterrâneo
e todos os territórios banhados por ele. ·
Peça aos alunos que analisem os dois mapas e
compararem as cidades e os países identificados em cada um deles, observando,
entre outras coisas, se o nome desses territórios mudou e se as terras que
pertenciam à Grécia antiga permanecem as mesmas nos dias atuais. ·
Oriente-os a observar as diferenças ocorridas
com o passar do tempo, começando pelos territórios que pertenciam à Grécia,
que foi dominada pelos romanos, e chegando aos dias atuais. No momento seguinte, explique que o mar Mediterrâneo foi o espaço em que se deu a expansão comercial e marítima tanto dos gregos como dos romanos antigos. · Para fixar o que foi discutido assista com os alunos o vídeo: Mar Mediterrâneo : Unindo povos ao seu redor. https://www.youtube.com/watch?v=vAR_2o4udSo Após apreciação do vídeo, solicite aos alunos que construam um pequeno texto sobre a importância do mar Mediterrâneo. (2ª aula) – Inicie a aula socializando as produções, como forma de diagnóstico da leitura e escrita - Após sugere-se leitura com resolução de questionamentos das páginas 182 e 183 do livro didático. v Para ser apresentado na semana seguinte a última aula dessa sequência: Divida a turma em 04 grupos para a seguinte tarefa: 1. G01: leitura e apresentação das páginas 184 a 187 – Explicar através de cartazes e/ou podcast, slides, etc. 2. G02: leitura e apresentação das páginas 188 a 191 – Explicar através de cartazes e/ou podcast, slides, etc. 3. G03: leitura e apresentação das páginas 192 a 195 – Explicar através de cartazes e/ou podcast, slides, etc. 4. G04: leitura e apresentação das páginas 196 a 200 – Explicar através de cartazes e/ou podcast, slides, etc. |
· 2ª Etapa: (aulas 3 e 4) · (3ª aula) - Nessa aula trabalharemos uma atividade, que possibilitará o entendimento acerca da dinâmica da circulação de pessoas nas cidades da Idade Média, desfazendo a ideia de insignificância das atividades vinculadas a ela neste período. · Disponibilize a letra do samba-enredo de 1995 da Escola de Samba do Rio de Janeiro, Unidos do Porto da Pedra (disponível em PDF no e-mail da turma). É recomendável ( se possível) que a música também seja reproduzida em áudio ou em vídeo, enquanto os estudantes acompanham a leitura da letra. · Ao término da reprodução/leitura, estabeleça uma discussão, instigando a turma por meio de algumas perguntas que possam iniciar uma relação com o conteúdo da aula:
v Destaque as falas mais significativas, que traga questões sobre a manutenção da vida urbana, destacando a convivência e interdependência entre campo e cidade. · Sugere-se a construção de um pequeno texto poético de como imaginam a vida no campo. · (aula 04) - Disponibilize o Documento 1(disponível em PDF no E-mail do grupo) para a turma. Esclareça a necessidade de observarem atentamente as imagens para que tenham condição de responder às questões propostas e mostre como deverão registrar as informações. Explique que deverão ler cada pergunta, respondendo ao lado aquilo que concluir a respeito. v É fundamental que acompanhe a atividade, sem, no entanto, desconsiderar o protagonismo dos estudantes. · Socialize as respostas - Busque fechar as discussões levantado ainda algumas questões para a turma. Exemplo: - Vocês sabem por que as cidades eram cercadas por muralhas? Como vocês imaginam a vida em um ambiente como este? · Seguindo a mesma orientação anterior, disponibilize o documento 2 . · Esclareça a necessidade de lerem os textos com bastante atenção, se colocando à disposição para eventuais dúvidas. Mostre como deverão registrar as informações, esclarecendo que deverão ler cada pergunta, respondendo ao lado aquilo que o grupo concluir a respeito. · Circule entre os grupos e apoie no que for necessário tomando sempre o cuidado para não desconsiderar o protagonismo dos estudantes. · Socialize as respostas. · Levante algumas questões complementares:
v Sugere-se que se construa um quadro comparativo da vida na cidade versos a vida no campo com ilustrações pertinentes. Ø As duas aulas da próxima semana serão usadas para apresentação dos grupos. |
RECURSOS:( )
Resumo( x) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;( ) Vídeo;( ) Computador;( ) Jogos;
( ) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )
Informativos.
AVALIAÇÃO:(
) Prova; ( x ) Trabalho; ( )Resolução de Exercícios/Livro páginas ( ); ( )
Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x ) Observação do desempenho do aluno;( )
cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da
participação;
ANEXOS:
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
Unidade Temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade. |
Objetos de Conhecimento: As formas de organização
das sociedades ameríndias; |
Ano/Série: 7ºano Período: 25/10 a 05/11/2021
Nº de Aulas: 04 |
TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Multiculturalismo; Meio
Ambiente (Educação Ambiental); Ciência e Tecnologia e Saúde. |
Tema Intecurricular: Leitura e Escrita em movimento; Itamaraju em foco/ Pluralismo Cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e culturais. |
Habilidades: (EF07HI10): Analisar, com base em documentos históricos, diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades americanas no período colonial. |
·
Competência Geral da BNCC: ·
Conhecimento:Valorizar
e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva. |
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Competência Específica de História: Compreender
acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de
transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar,
posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. |
·
Competência Socioemocional: ·
Tomada de
decisão responsável: Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais
de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de
uma sociedade. |
ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
·
1ª Momento – (aulas 01 e 02): ·
( 1º aula)- Iniciar a
aula relembrando sobre os povo Ameríndios – Disponibilize o mapa abaixo para
que a turma localize geograficamente esses povos e após disponibilize o texto
abaixo – Sugere-se leitura compartilhada para diagnóstico de leitura. Localização
Geográfica dos Povos Ameríndios:
História dos Povos Ameríndios
Quando chegaram ao continente americano, os
conquistadores europeus encontraram povos que, embora possuíssem certa
unidade étnica, apresentavam enormes diferenças sociais e culturais. A
dispersão geográfica e os contextos históricos diversos faziam com que
civilizações complexas em todos os aspectos (como os astecas e os incas)
coexistissem com tribos nômades de organização e modo de vida muito simples
(como os peles-vermelhas), e até com comunidades primitivas de
características ainda do mesolítico (como a maior parte dos índios brasileiros). Panorama geral São chamados de ameríndios quase todos os
representantes daqueles povos que já existiam nas Américas antes dos
descobrimentos do século XVI e da colonização européia. A exceção
indiscutível são os esquimós, de traços étnicos estritamente mongólicos e que
têm seu habitat tanto nas costas árticas da América quanto na Ásia. Traços físicos A antiga divisão da espécie humana em
quatro raças -- brancos, negros, amarelos e vermelhos --, que teve longa
tradição de uso na Europa, tornou-se obsoleta depois de importantes
contribuições da antropologia contemporânea. Os povos ameríndios, que eram
classificados como de raça vermelha, na verdade têm parentesco étnico com os
habitantes do leste e do sudeste asiáticos. Fica claro, atualmente, que a denominação
"peles-vermelhas", usada pelos exploradores europeus, deve-se à
tinta vermelha com que os primeiros nativos da América por eles encontrados
pintavam o rosto. Embora todos os povos ameríndios sejam
essencialmente mongolóides, há grandes diferenças de traços físicos entre uns
e outros, às vezes no mesmo subcontinente. A estatura varia entre
baixa-mediana e alta, sendo geralmente alta entre os índios das pradarias da
América do Norte e os patagões do extremo meridional da América do Sul, e
baixa ou mediana na maioria dos outros casos (1,55 a 1,60m em média entre os
maias e outros povos centro-americanos, 1,70 a 1,74m entre os yumas e certos
índios das pradarias da América do Norte, 1,68 a 1,80m entre os patagões). Outras características notórias dos ameríndios
é a tendência a terem as mãos e os pés pequenos, a cintura pouco marcada, a
coloração da pele geralmente pardo-amarelada (embora em alguns casos chegue
ao amarelo quase branco), o cabelo preto e escorrido, pouca pilosidade facial
e corporal. Não é comum a calvície ou cabelos brancos. O rosto, de modo
geral, é largo: as populações ameríndias são braquicéfalas, exceto alguns
grupos do leste da América do Norte e das selvas amazônicas,
predominantemente mesocéfalos, ou os fueguinos e uru-chipayas, quase
dolicocéfalos. O nariz é carnudo e as maçãs do rosto, acentuadas. Os olhos,
de um castanho ora mais claro, ora escuro, nem sempre apresentam nos adultos
o característico formato mongólico. O fator sanguíneo MN é mais comum entre os
ameríndios que em qualquer outro grupo racial. Apesar de haver na Ásia os
maiores índices do mundo de grupo sangüíneo B, este se mostra raro nas
populações ameríndias, assim como o A, que só apresenta alguma incidência na
América do Norte. Fonte: http://www.megatimes.com.br/2013/08/historia-dos-povos-amerindios.html?m=1 ·
Após
leitura, disponibilize o vídeo abaixo para melhor compreensão do tema:
·
( 2º
aula)- 1º etapa:
Apresente o mapa aos alunos. Deixe-os entender a imagem e conversar a respeito dos
locais citados no mapa. ·
Depois dos alunos terem olhado com atenção para o
mapa, averigue o que eles sabem sobre o tema com base nas perguntas. Leia-as
em voz alta estimulando a participação de todos. ü É esperado que as
cores dos mapas e as cidades indicadas orientem os alunos a responder México
e Peru, principalmente, mas podem mencionar Argentina, Bolívia, Chile,
Colômbia, Cuba e o próprio Panamá. Caso algum aluno já tenha visitado um
destes países, peça para que ele conte a sua experiência, do que gostou, o
que achou diferente, se conheceu algum nativo e o que eles faziam. Em relação
a história, povos e aspectos da colonização, os alunos poderão mencionar
assuntos tratados em aulas anteriores, o modo de vida dos povos maias,
astecas e incas no período pré-colombiano, as enormes construções, a chegada
dos espanhóis e até mesmo a razão de o território ter recebido o nome de
América. ·
Para aproximar o tema do cotidiano do aluno, se o
professor trabalhar em uma região turística, por exemplo, sugere-se que os
alunos respondam, considerando a realidade social em que vivem, sendo a
população indígena ou não, que tipo de trabalho grande parte da população
local exerce. ·
Por exemplo: no calçadão da praia de Copacabana, no
Rio de Janeiro, há mais negros trabalhando nos quiosques do que
frequentando-os como clientes, além de muitos bolivianos e alguns venezuelanos
exercendo trabalhos informais. Em Aracruz, no Espírito Santo, guaranis do
grupo mybá e kaiowá têm como parte da fonte de renda a exploração turística
com a fabricação de artesanato. Para entender estes fatos é preciso saber que
houve um processo histórico que emergiu ainda no período de colonização da
América pelos europeus que subjugou o negro e o indígena a outras estruturas
sociais. Ainda que hoje existam leis e políticas públicas que defendem a
equidade de direitos e acesso à educação, esta parte significativa da
população ainda está à mercê de um pensamento e de um comportamento
exploratório e discriminatório. ·
Sonde a turma sobre quais locais da região se concenra
maior população indigena, ciando como exemplo, Corumbau que é uma adeia
habitada por muitos índios que vivem do artesanato. ·
Após a discursão acima solicitar aos alunos
pesquisarem locais do Extremo Sul da Bahia que habitam povos indigenas e que
são frenquentados por turistas. ·
2ª Momento – (aulas 03 e 04): ·
( 3º aula)- Nessa aula iniciaremos o a temática
Pluralismo Cultural e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para
discussões étnicas e culturais. Começando com: A importância
de se estudar a história de africanos e de afro-descendentes está relacionada
às profundas relações que guardamos com a África. No geral, somos frutos dos
encontros e confrontos entre diferentes grupos étnicos como indígenas,
europeus, africanos e outros. ·
Disponibilize o texto abaixo para iniciar as discussões acerca do tema:
A FORMAÇÃO
DO POVO BRASILEIRO “A
formação do povo brasileiro se constituiu de uma confluência de povos que de
uma maneira ou de outra, vieram ao nosso país na época da colonização. Além
dos que aqui já habitavam e os que chegaram para colonizar a nova terra,
muitos vieram para servir de mão-de-obra escrava. Somos, portanto, em nossas
raízes, mistura de oca, caravela e senzala. Esta mistura de raças gerou um
novo povo (brasileiro), com aspectos culturais próprios”. Adaptado
do texto de Amauri Junior ·
Após leitura do fragmento textual disponibilize
as questões abaixo para estimular as discussões acerca do tema: a)
Como se formou a população brasileira? b)
Que nome se dá a mistura de raças mencionadas no
poema? c)
Que povo se originou com essa mistura de raça? d)
Por que atos de racismo e preconceito devem ser
abolidos da nossa sociedade? ·
( 4º aula)
-Iniciar a aula apresentando as imagens da página 177. Comece o trabalho
explorando com os alunos os elementos da história africana e/ou da presença
africana na História do Brasil que eles já tenham estudado. Procure levantar
os conhecimentos dos alunos acerca das relações sociais estabelecidas, das
visões que foram construídas sobre africanos e afro-descendentes no Brasil,
sobre a cultura africana e/ou a mescla de culturas que se convencionou chamar
“cultura brasileira” com forte influência de elementos africanos. É possível
que surjam respostas que remetam a determinados assuntos como alimentação,
música, dança, lutas e religiosidade. Se não surgirem, instigue-os a refletir
sobre a presença ou ausência desses elementos no modo de vida deles. ·
Após solicite a leitura das páginas 178 e 179
para iniciar o tema; Africanos no Brasil. Após a leitura realizar a atividade
da página 193. ·
Como atividade para as próximas aulas, solicite
aos alunos uma entrevista com alguma pessoa negra (podendo ser da família ou
não). Entregar a entrevista na próxima aula. v Roteiro
para entrevista: • Nome: • Idade: • Como você se identifica? • Qual sua profissão? Se pudesse
exercer outra profissão, qual seria? • Você conhece importantes personalidades
negras em nossa história? Quais? • Se não, por que você acha que isso
acontece? Você acredita que pessoas negras não tenham feito parte
efetivamente da história? • Em sua opinião, como as pessoas
negras participaram e participam da história do Brasil? |
RECURSOS:(X)
Resumo( ) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;( ) Vídeino;( ) Computador;( X)
Jogos; ( X) Livro didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;( )
Informativos.
AVALIAÇÃO: (
) Prova; ( ) Trabalho; (X )Resolução de
Exercícios/Livro páginas ( ); ( ) Seminários; ( ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz; ( ) Debate; ( ) Relatórios; ( )
Avaliação escrita; ( x ) Avaliação da participação;
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – HISTÓRIA - 2021 |
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Unidade Temática: Os
processos de independência nas Américas |
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Objetos de Conhecimento:O Brasil do Segundo Reinado: política e
economia; |
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Ano/Série: 8º ano Período:
25/10 a 08/11/2021 Nº de Aulas:07 |
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TEMAS
CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Ciência
e Tecnologia - Meio Ambiente (Educação Ambiental); Saúde Cidadania e Civismo
(Vida Familiar e Social) |
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Tema
Intecurricular: Leitura e Escrita em movimento; Itamaraju em foco/
Pluralismo Cultural
e Multiculturalismo na formação do ser: Espaço para discussões étnicas e
culturais. |
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Habilidades: (EF08HI19): Formular
questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas, com base na
seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas. (EF08HI03BA): Analisar e discutir as
formas de enfrentamento adotadas pelos escravizados para resistir à
escravidão; (EF08HI18IT): Pesquisar sobre o
escravismo em Itamaraju no século XIX, identificando através da história
oral, o contexto relacionado ao trabalho escravo, ao abolicionismo, bem como
a imigração capixaba e os impactos da exploração. |
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Competência Geral da BNCC:
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Competência Específica de
História: Compreender
acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação
e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao
longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e
intervir no mundo contemporâneo.
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Competência Socioemocional:
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ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA
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1ª Momento – (aulas 01, 02 e 03):
·
Em
seguida, o professor propõe uma discussão a partir das questões: 1. A que fato da história do
Brasil essa imagem se refere? 2. O que justificaria a presença
grande de pessoas do povo? 3. Quem são as pessoas que estão
na sacada do palácio? ·
A
partir dos questionamentos, e levantamento de hipóteses, o professor irá
ampliar os conhecimentos dos estudantes informando que:
Essa
é uma obra do artista Debret, representando a cerimônia de aclamação de
D.Pedro I, que aconteceu no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, onde
aconteciam, naquela época, manobras militares e as festas do Império. Debret
foi um artista de origem francesa integrante da Missão Artística Francesa ao
Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro em março de 1816 e alguns historiadores
afirmam ter sido solicitada por D. João VI. Debret pintou e desenhou grandes
momentos da História do Brasil. O
Campo de Santana, foi palco de três coroações: a de D. João VI, em 1818; a de
Dom Pedro I, em 1822; e, em 1841, de Dom Pedro II. É hoje a Praça da
República no Centro do Rio de Janeiro, dotada de belos e sinuosos jardins,
com lagos e chafarizes. Foi projetado pelo paisagista Auguste Glaziou.
·
Com
a discussão anterior e as informações dadas, solicite que cada um escreva um
parágrafo descrevendo o evento retratado na imagem. ·
Solicite
a turma que faça a leitura no livro didático sobre o golpe da maioridade na
página 179.
·
(Aula 02) – Inicie essa aula apresentando o texto abaixo e
solicite a leitura do mesmo.
Descrição
do evento por Varnhagen: “Às
dez horas saía do palácio de S. Cristóvão o Imperador, com a Imperatriz e a
princesa D. Maria da Glória, acompanhado pela sua luzida Guarda de Honra.
Pelo caminho, e ainda mais na sua chegada ao campo, prorrompiam os vivas por
toda parte. Dirigiu-se depois o Imperador, acompanhado de seus ministros e
camaristas, à varanda do palacete, no qual estariam umas três mil pessoas.
Ouviu o largo discurso do presidente da municipalidade, que por vezes foi
interrompido de vivas pelo povo; respondeu aceitar o título, convencido de
que tal era a vontade geral dos povos do Brasil. Desfilaram depois as tropas;
seguiu o Imperador, a pé, apesar da chuva, até à Capela Imperial, onde
assistiu ao Te Deum, e logo passou ao palácio a dar beija-mão, e à noite
compareceu ao teatro” (Varnhagen, pg.228). Fonte: http://www.obreirosdeiraja.com.br/maconaria-e-a-independencia-do-brasil/
·
A
partir da descrição do texto feita por Varnhagen, solicite a turma que
responda: 1. Quais eram as pessoas da
família que acompanhavam D.Pedro? 2. Qual o sentimento do povo com
relação à D.Pedro? 3. Qual a razão da cerimônia ter
sido realizada com tanta pompa? 4. Como se explica o clima
amistoso da cerimônia? · Para auxiliar na compreensão do ema, disponibilize o vídeo disponível no link abaixo: v O Brasil do Segundo
Reinado: Economia e Política – História – 8º ano – Ensino Fundamental- canal
Futura.
Ø
Peça
ao estudante que faça a leitura no livro didático nas páginas 180 e 181 e posteriormente
a atividade na página 182. ·
(Aula 3)- Nessa aula apresente os dois textos abaixo
solicitando as leituras: 1º
texto: PRIMEIRO
REINADO Período
inicial do Império, estende-se da Independência do Brasil, em 1822, até a
abdicação de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do país a 12
de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resistência de tropas portuguesas.
Ao vencê-las, em meados do ano seguinte, consolida sua liderança. Seu
primeiro ato político importante é a convocação da Assembléia Constituinte,
eleita no início de 1823. É também seu primeiro fracasso: devido a uma forte
divergência entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder
pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é dissolvida
em novembro. A Constituição é outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decisão
rebelam-se algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A
revolta, conhecida pelo nome de Confederação do Equador, é severamente
reprimida pelas tropas imperiais. Embora
a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o
governo é autoritário. Freqüentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos
políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais,
que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário. Preocupa
também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os
problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a
derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da província da
Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades
econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas
personalistas do imperador. Sucessão
em Portugal. Além
disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se
cada vez mais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português,
ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais
vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia
renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa
renúncia e abre mão do trono de Portugal em favor de sua filha Maria da
Glória. Ainda
assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal
brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O
governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocracia
civil-militar e no comércio das principais cidades do país. Incidentes
políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero
Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é
cometido a mando de policiais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é
responsabilizado pela morte. Sua
última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção
que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A
intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido
com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao
assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de
Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso
desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos
de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue
sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono
brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/primeiro-reinado/primeiro-reinado-1.php 2º
texto: ASSEMBLÉIA
CONSTITUINTE Assembléia
constituinte é um organismo colegiado que tem como função redigir ou reformar
a constituição, a ordem político-institucional de um Estado, sendo para isso
dotado de plenos poderes ou poder constituinte, ao qual devem submeter-se
todas as instituições públicas. Alguns
autores a definem como a "reunião de pessoas, representantes do povo,
que têm a responsabilidade de ditar a lei fundamental de organização de um
Estado ou modificar a existente". Neste sentido, a assembléia
constituinte é um mecanismo representativo e democrático para a reforma total
ou parcial da constituição. A
formação de uma assembléia constituinte pode-se dar de duas maneiras: *
convocam-se eleições ad hoc, ou seja, os cidadãos elegem representantes com o
fim único de elaborar uma nova constituição, ou *
uma assembléia ordinária eleita entra em processo constituinte. Embora não
obrigatoriamente, é comum convocar um referendo para a aprovação popular de
uma nova carta. A
assembléia constituinte, sendo um órgão extraordinário, é dissolvida assim
que a nova constituição, por ela elaborada, entra em vigor
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_constituinte v Obs: Algumas palavras sofreram
reforma ortográfica atualmente. ·
Após
a leitura dos textos o professor solicitará que os estudantes elaborem um
resumo que sintetize as principais ideias dos itens abaixo:
·
Ato
político de D.Pedro. ·
Consequências
enfrentadas pelo imperador em função de seu ato político. ·
Característica
da constituição outorgada por D.Pedro. ·
Posição
do grupo diante da situação criada. ·
Relação
da sucessão em Portugal com a queda de prestígio de D.Pedro. ·
Consequência
da situação criada pela sucessão em Portugal. ·
Os
fatos determinantes da queda de D.Pedro. · Ø
O
professor se achar conveniente, peça aos estudantes que socializem osresumos. (Aula 4)
Ø
Nessa
aula o professor irá pedir ao aluno que faça a leitura no livro didático das
páginas 183,184 e atividade na página 185. Ø
Para
casa o estudante deverá fazer as leituras das páginas 186 a 189. (Aula
5)
Ø
Nessa
aula, o professor propõe que a turma conheça o trabalho do historiador
Laurentino Gomes, autor dos livros 1808 e 1822. Para isso, apresenta um trecho
da entrevista do autor, solicitando que os estudantes façam a leitura do
texto.
"O
Dom Pedro de Portugal não tem nada a ver com o do Brasil" Na
segunda parte da entrevista, Laurentino Gomes fala sobre a imagem de Dom
Pedro e sua tarefa de viabilizar o Brasil 1)
Você cita em 1822 como Brasil e Portugal desconhecem a história um do outro –
como o Dom Pedro I daqui é totalmente diferente do de lá, por exemplo. “
Conto em detalhes o que aconteceu com Dom Pedro depois de ele abdicar do
trono brasileiro. Geralmente, os brasileiros acham que ele evaporou no ar,
sumiu. E não, ele voltou para Portugal para enfrentar o irmão numa guerra
épica entre liberais e absolutistas. Venceu essa guerra, mesmo tendo tudo
contra ele – desembarcou na cidade do Porto com 7 mil soldados, e o irmão
tinha 80 mil. E virou o jogo, ganhou a guerra, se revelou um general carismático,
brilhante, que passava as noites nas trincheiras ao lado dos soldados. Morreu
em seguida, porque a guerra contra o irmão destruiu a saúde dele. A autópsia
revelou um corpo destruído: tuberculose, sífilis, o coração e o baço
inchados, o pulmão sem funcionar. Se você compara as iconografias, o Dom
Pedro IV de Portugal não tem nada a ver com o Dom Pedro I do Brasil. Aqui é
um rapaz quase imberbe, muito jovem, um príncipe de 23 anos que faz a
independência. Lá, não, é um rei envelhecido, com olheiras, a barba comprida.
É como se o Dom Pedro de Portugal fosse o pai ou o avô dele. Até na
iconografia esses dois países não se reconhecem no mesmo personagem. Ele
passou a vida dividido entre os negócios de Portugal e do Brasil, tentando
equilibrar esses dois pratos. E depois da morte continua dividido: o coração
está guardado na cidade do Porto e os restos mortais, aqui no Ipiranga. É um
personagem que passa para a história de uma forma muito pejorativa, como se
fosse apenas um mulherengo, boêmio, inconsequente. Ele era, sim, mas não era
só isso. É um grande transformador da realidade de Brasil e de Portugal
naquele momento, um chefe liberal. Outorgou ao Brasil em 1824 uma das
Constituições mais liberais do mundo na época – mas ele outorgou, não deixou
a Constituinte fazer. É um homem de índole autoritária e discurso liberal.
Admirador de Napoleão, que tinha feito o pai dele fugir de Portugal. Foi
parente duas vezes de Napoleão, nos dois casamentos”. 2)
Chama atenção nos dois livros o fato de você retratar não só Dom Pedro, mas
todos esses personagens de modo respeitoso, sem se deter só no lado
pejorativo. “
É, vejo que a história às vezes é muito maniqueísta. De um lado é a história
oficial, que celebra os heróis nacionais, pessoas impolutas… Amigos historiadores
fizeram observações que fiquei chocado: “Mas você vai mesmo dizer que Dom
Pedro estava com dor de barriga no grito do Ipiranga?”. Por que não, se ele
estava? “Não fica bem, isso é um detalhe secundário, para que dizer isso?
Para que dizer que ele tinha tantas amantes, tantos filhos bastardos?” É um
jeito de ajeitar a história com a mão. E tem o outro lado, que é um esforço
de desqualificação da história. Não é recente, no livro de Paulo Setúbal, As
Maluquices do Imperador (de 1927), já tinha esse viés de desqualificar o
passado. Com uma pesquisa séria, equilibrada, a constatação é que a história
é feita por gente, gente de carne e osso, ponto. Por mais humilde e
desconhecido, qualquer ser humano tem uma história espetacular para contar se
você jogar luz em cima dele. E os reis também são assim. Dom Pedro tinha
amigos desqualificados, fazia negócios escusos, mas é um príncipe que faz a
independência do Brasil aos 23 anos, governou o Brasil em meio a uma crise
horrorosa, depois foi a Portugal e recuperou o trono que o irmão tinha
usurpado. Não é ser leniente com o personagem, relevar seus defeitos e os
erros que cometeu, mas também não julgá-lo. Quando dá dimensão humana aos
personagens, a história também fica mais assimilável para um público mais
leigo, mais amplo, estudante, adolescente, criança”.
·
Após
a leitura, o professor propõe uma discussão a partir das questões abaixo:
1.
Como
é o D. Pedro descrito pelo autor dos livros? 2.
Quais
são as semelhanças e diferenças, apontadas pelo professor Laurentino, do
personagem D. Pedro. 3.
Qual
a mensagem o autor passa quando ele descreve o personagem D. Pedro? 4.
O
professor Laurentino Gomes escreveu dois livros sobre a história do Brasil- 1808
e 1822- Qual a característica observada no modo de escrever desse autor? 5.
Como
ele justifica seu modo de descrever os personagens? 6.
Qual
a mensagem que Laurentino quis passar na sua entrevista sobre a história?
Ø
Caso
haja tempo hábil proponha a seguinte
tarefa: 1.
Imagine
que você é Dom Pedro e que leu a entrevista dada pelo autor dos livros 1808 e
1822. Escreva uma carta para Laurentino Gomes comentando a entrevista e
opinando sobre a maneira como o autor dos livros enxerga a história. Ø
Sugere-se
socializar as produções e inferindo
quando necessário. Ø
Para
casa leitura no livro didático nas páginas 190 e 191. ·
(6ª Aula)- Nessa aula apresente
aos alunos a Guerra do Paraguai, o texto está no livro didático nas páginas 192
e 195. ·
Sugere-se o vídeo, disponível no link abaixo, para
auxiliar na aprendizagem: As tantas verdades da Guerra do
Paraguai de Lilia Schwarcz.
·
Em seguida a atividade nas páginas 196,197,198. ·
(7ª Aula)- Nessa aula a turma deverá
concluir as atividades do livro didático nas páginas 199 a 202. |
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OBS: |
RECURSOS:
( x
) Resumo( ) Data show;( ) Jornal;(
) Revista;( x ) Vídeo;(
) Computador;( ) Jogos;( X ) livro didático para ajudar nas resoluções das
atividades. ;( x )
Informativos.
AVALIAÇÃO:
( X ) Prova; ( x )
Trabalho; ( X)Resolução de Exercícios/Livro páginas( ) Seminários; ( ) Apresentação oral;( x ) Observação do desempenho do aluno;( )
cartaz;( x ) Debate; ( ) Relatórios;( ) avaliação escrita;( x) Avaliação da
participação;
Anexo:
Atividade Avaliativa
1-
Assinale a alternativa que apresenta o fato que marcou o início do Segundo
Reinado no Brasil.
a) Golpe da Maioridade
b) Confederação do Equador
c)Corte de D. Pedro II
d) Guerra da Cisplatina
2- Com o
golpe da Maioridade, D. Pedro II assumiu o poder governando o brasil com qual
idade?
a) 16 anos
b) 21 anos
c) 14 anos
d) 19 anos
3- A
política do Segundo Reinado é marcada pela presença de dois partidos políticos,
quais são
eles?
a) Partido do Trabalhador e
Partido Comunista
b) Partido Liberal e Conservador
c) Partido Democrata e Partido
Comunista
d) Partido Nazista e Partido
Fascista
4- O trecho abaixo da música
Praieira, de Chico Sciense, remete brevemente à Revolução
Praieira de 1842-1849, ocorrida
em Pernambuco. Essa revolução de caráter liberal tinha uma
série de reivindicações, exceto:
“E eu piso onde quiser, você está
girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou, a
ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!! Segura bem forte
a mão
E é praieira!!! Vou lembrando a
revolução, vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da
razão”
a) a liberdade de imprensa.
b) a instituição do voto
universal.
c) trabalho como garantia de vida
para o cidadão brasileiro.
d) o fim da propriedade privada e
o controle total da imprensa
5-
Durante o Segundo Reinado, vários fatores contribuíram decisivamente para que a
economiabrasileira entrasse em um período de relativa prosperidade. No que diz
respeito a esses fatores,assinale a alternativa correta.
a) Diversificação da atividade
agrícola, com o surgimento de novos produtos deexportação, como cacau, borracha
e café, além dos produtos tradicionais como açúcare algodão;
b) Criação de sindicatos e início
da guerra do Paraguai;
c) Criação da tarifa Alves
Branco, em 1844, que aumentou as taxas aduaneiras deartigos manufaturados
importados;
d) Início da Segunda Revolução
Industrial, com a aplicação da força motriz do vaporem vários setores da
produção, como o descaroçador do algodão, elevando aprodutividade do trabalho;
6-Em 1865, o acordo da Tríplice
Aliança uniu quais países para a guerra contra o Paraguai?
a) Brasil, Argentina e Inglaterra
b) Brasil, Argentina e Uruguai
c) Argentina, Uruguai e Bolívia
d) Argentina, Uruguai e
Inglaterra
7- Uma das causas da guerra foi o
choque de interesses políticos entre as nações da bacia platina. Dado aquele
contexto, quais eram os grandes aliados dos paraguaios antes do conflito?
a) federalistas e blancos
b) bunitaristas e colorados
c) blancos e colorados
d) federalistas e unitaristas
8- Qual foi a primeira província
brasileira invadida pelos paraguaios durante a Guerra do Paraguai?
a) Santa Catarina
b) Rio de Janeiro
c) Mato Grosso
d) Salvador
9- A primeira derrota dos
paraguaios que ficou célebre foi a Batalha:
a) Cisplatina
b)Riachuelo
c) Tatuí
d) Uruguaiana
10- O final da Guerra do Paraguai
acarretou para o Brasil alguns efeitos internos; dentre eles, é incorreto
afirmar:
a) crise financeira acarretada
pelos empréstimos e dívidas.
b) formação do Exército Nacional
Brasileiro como corpo disciplinado e profissional.
c) liberdade aos escravos que
participaram da guerra.
d) redução considerável da dívida
externa com a Inglaterra, afinal o Brasil saiu vitorioso da guerra.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA –
HISTÓRIA – 2021 Unidade Temática: O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO
BRASIL E OS PROCESSOS HISTÓRICOS ATÉ A METADE DO SÉCULO XX. Objetos de Conhecimento: Experiências republicanas e práticas autoritárias:
as tensões e disputas do mundo contemporâneo A proclamação da República e
seus primeiros desdobramentos. Ano/Série:
9º ano Período: 06/10 a 05/11/2021 Nº de Aulas: 11 TEMAS CONTEMPORÂNEOS/ INTEGRADORES: Economia (Educação Fiscal); Meio Ambiente (Educação
Ambiental e Educação para o consumo);Ciência e Tecnologia Saúde. Tema Intecurricular: Leitura, escrita em movimento; Itamaraju em foco. Habilidades: ·
Competência Específica de História: 3- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
preposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos
específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. ·
Competência Socioemocional: Tomada de decisão responsável: Preconizam as
escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os
cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade. ETAPAS DA AULA / METODOLOGIA • 1ª Etapa: (aulas 1, 2
e 3 aulas) ·
(1ª e 2ª aula) – Problematização. Nessa
etapa iremos introduzir o objeto de conhecimento, propondo uma avaliação
diagnóstica referente à leitura, escrita e interpretação com a exibição dos
slides da professora Lucielene Jardim (disponível no e-mail e whatsapp do
grupo) sobre a transição do Brasil Império ao Brasil República, contextualizando
a 1ª e 2ª República. ·
Após, solicite à turma que construa uma linha do tempo relatando os
principais eventos estudados e ao final que construa um pequeno texto com
suas próprias reflexões a respeito do que foi estudado – Nesse momento é
importante que o professor esteja presente na construção dessa atividade, tirando
duvidas, esclarecendo fatos ainda não bem assimilados pela turma – O material
será corrigido e será utilizado ao final dessa sequência numa atividade que
será proposta como finalização do tema. ·
(3ª aula) - Inicie a aula revisando ou
concluindo o objeto estudado nas aulas anteriores e após faça uma conexão com
a nossa própria local. Nosso território a qual perecemos e que já existia
desde os períodos citados anteriormente – Utilize os fragmentos do texto; Povoamento-Vila-do-Prado.pdf
(disponível no e-mail e whats da turma) e trechos do Documentário de Atila
Borborema sobre a os 60 anos de Itamaraju. Utilize a
indagação abaixo para iniciar um debate sobre nosso território e o que a turma
conhece sobre a própria história: ‘’Essa
função da Vila Nova do Prado como barreira contra os perigos dos sertões do Monte
Pascoal permaneceu ativa durante todo século XVIII." (Pag 183)
Será que esses sertões seriam essa área que passa por Itamaraju ao Monte
Pascoal?’’ – Bom lembrá-los que éramos
pertencentes a Prado até nossa emancipação em 05 de outubro de 1961. 1-Você
jáouviu histórias sobre acidadede Itamaraju? Escreva pelo menos uma. 2- Destaque
o parágrafo quei dentifica a qual Capitania hereditária o território que Hoje é Itamaraju,fez
parte. 3-
Quais sãos os povoados que fazem parte do território itamarajuense? Se
não souber pesquise com pessoas conhecidas. 4-
Você conhece alguma família que descende dos proprietários das
primeiras fazendas da cidade? Quais. (Converse com seus pais ou outras
pessoas que podem te auxiliar.) 5-
Sobre nossa cidade escreva: a)
2 antigos prefeitos da cidade b)
Atual prefeito c)
3 vereadores atuais. d)
3escolas e)
3 praças f)
3 pontos comerciais g)
Principal Hospital h)
3 restaurantes i)
3 bairros j)
3 ruas k)
2 igrejas l)
3 pontos de lazer de sua preferência ou que conheça. ·
(6ª aula) – Faça a correção da atividade
passada nessa aula - Caso haja necessidade, continue a leitura e explicação
do texto da aula anterior ligando algumas informações ais como: Coronelismo
na republica velha e características do coronelismo identificadas no texto da
história da cidade – Solicite que a turma descreva em um texto as semelhanças
da história do Brasil e da história local – Caso seja necessário, utilize o
exo sobre Coronelismo (disponível no e-mail e whats da turma). https://www.youtube.com/watch?v=n_645S4wsrs
- Caso não haja como exibir o vídeo, veja
a possibilidade de solicitar a turma que veja o vídeo antecipadamente
a essa aula. ·
Como atividade, sugere-se solicitar a turma que crie um podcast sobre o
movimento de 11 de novembro correlacionando-o a cassação de Dantas,
explicando de que forma a questão do comunismo tem a ver com as duas questões
– Apresentar no último dia da sequencia. ·
(aula 11ª)- Essa aula será usada para
conclusões do objeto ainda pendentes e divisão de grupo para um trabalho a
serem apresentados nas próximas semanas sobre a arquitetura de Itamaraju,
suas mudanças e permanências e sobre as festividades culturais, como o São
João e as Festas dos Padroeiros da Cidade, suas mudanças e permanências –
Divida a turma em dois grupos para que a partir da primeira semana de novembro
realizem um trabalho de campo, visitando os principais patrimônios da cidade
para observação e registro fotográfico – A mesma orientação para o trabalho
das festividades culturais, diferindo apenas na questão de visitação in loco,
visto que será necessário uma pesquisa fotográfica e entrevista sobre essas
festividades ano com moradores mais antigos, quanto no salão da Igreja Santos Cosme e Damião.
RECURSOS: ( ) Resumo( x
) Data show;( ) Jornal;( ) Revista;(
) Vídeo;( x) Computador;( x )
Jogos;
( x ) Livro
didático para ajudar nas resoluções das atividades. ;(
) Informativos.
AVALIAÇÃO: (
) Prova; ( x ) Trabalho; ( x)Resolução
de Exercícios/Livro páginas ( );
( )
Seminários; ( x ) Apresentação oral; ( x )
Observação do desempenho do aluno;( ) cartaz;
( x ) Debate;
( ) Relatórios; ( ) Avaliação escrita; ( x ) Avaliação
da participação;
UM BREVE PASSEIO PELA HISTÓRIA DE ITAMARAJU
“Paraíso de amor e beleza Junto às margens do Jucuruçú, És do Sul a formosa Princesa, Ó cidade de Itamaraju: Da Bahia heróica louçã, És poema de graça gentil, Terra Santa, feliz Canaã, Esperança do nosso Brasil.”
(1ª estrofe do Hino do município de Itamaraju) Letra por Geraldo Magela Cantalice. Fonte: wikipédia
Figura 1: Localização de Itamaraju. .
Fonte: wikipédia
O município de Itamaraju, localizado na região extremo sul do Estado da Bahia, é limitado, geograficamente, ao norte, pelas cidades de Guaratinga, Itabela e Porto Seguro, a leste, por Prado, ao sul, por Vereda e a oeste pelo município de Jucuruçu. A região de Itamaraju, segundo Oliveira (2013, p.20) “[...] em tempos remotos era cercada por todos os lados de Mata Atlântica, rios, córregos e lagoas na qual predominava a floresta tropical, alta e frondosa [...], clima adequado para desenvolver a cultura do cacau e a criação do gado”. Anterior ao título de cidade, a localidade era denominada de “Vila do Escondido” com uma população estimada em 1200 habitantes, fazia parte do distrito do Município de Prado pela Lei Estadual nº 234, do dia 05 de junho de 1898. Entre a sua emancipação em 05 de outubro de 1961 até a década de 1970, o município passou por um período de prosperidade, no qual foi considerada a maior potência econômica da região, devido ao sucesso do cacau e extração de madeira de Lei. Para a narrativa de mais essa história, revisitamos três publicações, de autores regionais: “Itamaraju e o monte Pascoal”, do professor Armando Azevedo Brito (2009); “Vidas ao acaso”, de Wilson de Oliveira (2013); e “Verde: Incontáveis Tons”, da professora e poetiza Olga Polon (2014); o relatório cedido pela Secretaria de Educação de Itamaraju (2013); o Diagnóstico Socioeconômico da Região Cacaueira organizado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC, 1976). 1.1DE “ESCONDIDO” A “ITAMARAJU” De acordo com Brito (2009), a região de Itamaraju foi campo de caça dos índios descobertos por Pedro Alvares Cabral em Porto Seguro. Essas terras pertenciam ao município de Prado e seu acesso se dava, exclusivamente, por meio do rio Jucuruçu, sendo navegável por mais de 50 km em linha reta. Com uma área composta de matas espessas e madeiras de Lei, as terras se tornaram extremamente atrativas para a exploração. De maneira que a partir de 1850, houve maiores extrações madeireiras com a finalidade de exportação, 19 principalmente, de espécies como o Cedro e Oiticica, consideradas madeiras leves destinadas à fabricação de barcos. O principal consumidor dessas espécies de madeira era a cidade de Salvador e havia outros centros comerciais que, também, se interessavam na compra desses artigos. Segundo Brito (2009), para esse fim de exploração, em 1860, chegou ao município de Prado o capitalista Olinto Garcia Marcial que viera de salvador, o qual, navegando pelo rio Jucuruçu se instalou numa propriedade a cerca de 30 quilômetros do município de Prado. Devido à dificuldade de acesso ao rio para o escoamento da madeira, a exploração teve que seguir pelas margens. Dessa forma, Olinto Garcia ia se apossando das terras rio acima à medida que extraia a madeira. Entre os homens que vieram para o trabalho da extração de madeira, sobre a guarda de Olinto Garcia, estavam Francisco Nascimento dos Santos e seu genro Teoclósio Batista, ambos, negligenciaram a convocação militar para atuarem na Guerra do Paraguai e fugiram para as terras do extremo sul da Bahia. Temendo represárias, se esconderam em um sítio próximo ao município de Prado, lugar em que, definitivamente, se estabeleceram. Com o fim da guerra do Paraguai decidiram permanecer nas terras e trouxeram suas famílias para habitarem na região. Brito (2009, p.14) narra que assim que chegaram ao destino escolhido por Francisco e Teoclósio para refúgio, “Dona Martinha”, esposa daquele, como saudação ao marido que há tanto tempo não via, quase gritando disse: “é neste lugar que você está escondido”1 , a partir de então a região recebeu o nome de “Escondido”. Por volta de 1895, o café tornou-se a principal fonte de produção da região do arraial de Escondido, dessa maneira, muitos começaram a se interessar por sua cultura e comércio, atraindo os olhares para essa região. Posteriormente, foram estabelecidos armazéns em grande número para sua compra e, também, de outros produtos, como sal, tecidos, querosene, ferramentas entre outros. O povoado desenvolveu-se relativamente rápido. Inicialmente o arraial denominava-se Dois Irmãos, logo consolidando o topônimo de “Escondido”. Assumindo foros de cidade, foi-lhe atribuído o topônimo de Itamaraju, termo formado de partes, e de outras da língua indígena: ITA – Pedra, por ser a cidade contemplada permanentemente por bela formação granítica nas adjacências, o Monte Pescoço, ou Monte Jão, ou João Leão (...) fazendo parte daquelas famosas “serras baixas” citadas na carta do Pero Vaz de 1 O autor cita que este relato foi cedido por Cândido Nascimento dos Santos, neto de Francisco Nascimento dos Santos no qual deixou esses dados registrados.
Caminha há cinco séculos; MARA – ramo de árvore (do silvícola amazônico), por estar o monte, ainda hoje, envolto pela mata (...) e JU – primeira sílaba do nome do rio que também é termo indígena Jucuruçu (BRITO, 2009, p.16 – 17). Como vemos, o lugar foi aumentando em população e recebeu nomes como “Vila Pirapoti”, em homenagem a uma tribo lá existente, “vila Dois Irmãos”, em honra aos padroeiros do lugar, São Cosme e São Damião, e, por fim, Itamaraju. 1.2 A CONSTITUIÇÃO DA CIDADE Inicialmente o povoado do Escondido possuía uma única e tortuosa rua chamada “cinco de outubro”, com aproximadamente, 150 casas e barracas cobertas com telha tabica. Brito (2009) assinala que “embora fizessem parte do município de Prado, existia aqui uma sociedade particular que administrava e cobrava aforamento aos seus habitantes”. A Vila do Escondido começa a ser reconhecida em toda a região quando o cacau começa a dar os primeiros frutos de progresso, com o rendimento dos primeiros produtos começaram a surgir casas feitas com alvenaria de pedra, paredes erguidas com tijolos. Em pouco tempo começaram a surgir lojas com tecidos vindos do Rio de Janeiro e São Paulo, dentistas práticos se instalaram no povoado para prestar serviços à população. “As pessoas agora já eram formadoras de opiniões e os homens tomavam cachaça nos bares, debatiam políticas [...]. Era a evolução social e o progresso econômico chegando à Vila do Escondido” (OLIVEIRA, 2013, p.44) Na Vila, novas ruas surgem, inicialmente sem nomes oficiais, de modo que os locais eram identificados pelos nomes dos moradores mais antigos que residiam no local ou por titulos como: “Rua de baixo (ou Rua Principal), a Rua de Cima (ou Rua da Milura), a Rua da Coréia, o Beco da Dona Paquita, o Beco do João Fontoura, o Beco de Dona Angélica, a Rua da Preta Guelhicera, Ladeira do Canequinho” (OLIVEIRA, 2013, p.21). As ruas mais movimentadas eram a Rua Principal (Rua 5 de outubro) e a Praça da igreja, local onde mais tarde foi organizada a primeira escola. Pessoas que exerciam o ofício de dentista sem formação acadêmica.
Rua 5 de outubro em Itamaraju (1970). Fonte: Arquivo pessoal de Leonardo Jesus.
O crescimento na Vila do Escondido começa a ganhar forma na gestão de José Gomes de Almeida, prefeito do município de Prado, no final da década de 1950, nessa época, foi feito investimentos em estradas de rodagens que davam para passar um único veículo por vez, mas facilitava, principalmente, a saída de cacau, madeira e café, que antes era feita, unicamente, por meio do rio Jucuruçu. Sobre as estradas de rodagens, Brito (2009, p.21) afirma que, “era completamente intransitável nas épocas de chuvas. Possuía local de difícil travessia devido ao excesso de lama”, mesmo assim, nessas condições, tais estradas foram responsáveis pelo crescimento da Vila do Escondido, que facilitou a entrada de imigrantes de outros municípios e estados nas terras férteis para o cultivo do cacau e café. Apesar do desenvolvimento considerável do lugar, faltavam médicos, segurança, entre outras necessidades. Diante dessa situação, os moradores Rui Amado Barros, José Almeida de Andrade e Joaquim Damião fizeram uma carta de protesto pedindo a emancipação política do lugar. Essa carta, escrita em 1960, foi divulgada à comunidade Itamarajuense, 30 anos depois, pela Câmara Municipal, em homenagem ao aniversário da cidade, vejamos o teor:
Carta de Manifesto Fonte: Arquivo
pessoal Manoel Barros
Note-se a indignação pelo descaso dos governantes com a Vila, quando retratam que “salta aos olhos, no Prado, a injustiça cometida com a zona do Escondido para cima. Aqui se concentram as maiores forças produtoras, aqui estão as terras mais férteis; aqui se mostra a tendência toda do desenvolvimento incontido”. Existia o anseio pela busca de melhorias na Vila, elemento demonstrado nas palavras dos autores: “todos é a exata expressão. Porque tem o direito de desejar a prosperidade local não apenas os que aqui nasceram [...]”. Diante dos fatos, em 05 de outubro de 1961, foi instituído pela Lei Estadual nº 1509 o município de Itamaraju, unindo o distrito de Escondido e o de Jucuruçu, desmembrando-os do município de Prado, tendo o primeiro como sede, agora sobre o topônimo de Itamaraju. A instalação definitiva se deu em 07 de abril de 1963 (IBGE, 2016; BRITO, 2009). A primeira administração pública do município de Itamaraju coube a Bonifácio José Dantas, conhecido por chapéu de couro, pois exercia, anteriormente, a profissão de boiadeiro. De acordo com Oliveira (2013, p.69), Dantas era um homem simples que disputou a eleição municipal por meio da legenda do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), com Moises Santos Almeida, e, obtendo a maioria dos votos, apesar de não possuir muitos recursos financeiros para sua campanha política.
Diploma de posse do primeiro prefeito
de Itamaraju 4 Morador de Itamaraju, contactado em maio de 2017. 23 Fonte: Arquivo
pessoal de Corágio Dantas.
O registro da figura 4, datado de março de 1963, refere-se ao diploma de posse como Prefeito, ocorrida em 07 de abril daquele ano. Oliveira (2013, p.70) afirma que: Tendo em vista que o total dos votos apurados da eleição para prefeito do município de Itamaraju, realizada em sete de Outubro de 1962, elevou-se a 2077 (dois mil e setenta e sete) votos. A eleição foi vencida pelo vaqueiro sertanejo, que obteve 983 (novecentos e oitenta e três) a maioria das intenções de votos dos eleitores, com uma frente apertada de 47 votos e se tornando o primeiro prefeito da cidade de Itamaraju. Confirmando assim a teoria do jornalista e escritor Euclides da Cunha que disse: O sertanejo é acima de tudo um forte. Chapéu de Couro tornou-se um precursor da política do município de Itamaraju. Apesar de não ter formação escolar, “Chapéu de Couro”, preocupava-se com a educação, a cultura e a saúde pública, como uma de suas ações, destaca-se a fundação da biblioteca pública e da primeira escola municipal de Itamaraju, com duas salas, em uma casa reformada para esse fim. Entretanto, permaneceu por pouco 5Filho de Bonifácio José Dantas 24 tempo em seu mandato, devido a acusação de comunismo que lhe custou a perda do cargo em 1964. Em depoimento, um de seus filhos e ex-aluno do colégio municipal, Aloísio Azevedo Dantas relata que: Ele sonhava ter em Itamaraju uma maternidade e uma escola de ciclo ginasial. Mas com o golpe de 1964. Naquela época, José Bonifácio acabou também levando um golpe, foi acusado de ser comunista, logo ele que não sabia nem o que era ser um comunista, era uma pessoa falante, que gostava de falar tudo que vinha na cabeça. A origem da acusação de Dantas, nasceu a partir do cenário político brasileiro, que no início da década de 1960 passava por turbulências, quando da renúncia de Jânio Quadros e posse do novo Presidente da República, o Senhor João Belchior Goulart, que até então ocupava o cargo de vice-presidente. De acordo com Oliveira (2013, p.70), no dia 13 de março de 1964, na praça da Republica, no Rio de Janeiro, estava presente o então Presidente João Goulart, chefe do Partido Trabalhista Brasileiro, visto como simpatizante do comunismo. Na ocasião, “ Foi notória a presença do Senhor Bonifácio José Dantas neste ato político, um ponto de referência para as oligarquias dos poderosos do cacau que praticaram o esbulho político usurpando as prerrogativas que o povo lhe concedeu por meio do voto [...]”. A partir de então, uma conspiração foi feita contra o gestor municipal: Chapéu de Couro autorizava de tempos em tempos a compra de livros na capital Salvador para a biblioteca municipal, em uma dessas autorizações constava a obra “O Capital” de Karl Marx, considerado um livro subversivo pela ditadura militar. Antes de terminar seu pleito, gestor foi denunciado como comunista e na estante da biblioteca fundada por ele, encontrado o livro proibido. O mais intrigante era o fato do senhor Bonifácio José Dantas não dominar a leitura, no entanto, tal questão não o salvou de ser punido e preso. Com a saída de Bonifácio José Dantas, fora empossado o presidente da Câmara, o senhor Walter Andrade Carvalho, uma figura muito conhecida no novo município, Filho de um importante fazendeiro de Itamaraju, herdou de seu pai, além das terras, a aptidão para a vida política. Em sua gestão, reestruturou a escola idealizada por Bonifácio Dantas, tomando-a um Ginásio Normal, de grande importância na formação dos professores primários do município e região. Polon (2014) relata que Walter Carvalho era casado com Marlene Mascarenhas, professora primária e filha de importantes políticos da região, o que facilitava angariar recursos para o desenvolvimento da instituição. Para a condução da primeira escola da cidade de Itamaraju, foi convidado a assumir a função de professor e diretor o ilustre professor Benedito Pereira Ralile, advogado rábula, natural de Caravelas, que já havia sido diretor em diversas escolas da região até ocupar o cargo na instituição de ensino. 1.3 DO CRESCIMENTO ECONÔMICO AS NECESSIDADES NO SETOR EDUCACIONAL (1960-1970) No período de 1964 a 1970, Itamaraju encontrava-se em pleno desenvolvimento social, político e educacional. Nesse período vê-se a construção da BR 101, com início das obras em 1970. Desse modo, experimenta-se um redescobrimento da região produtiva e próspera, elementos responsáveis pelo crescimento da população e a oferta de escolas no município. 6 Ex-aluna da Escola Primária e Colégio Normal “Augusto Carvalho”.
Construção da BR 101 - trecho que liga a
cidade de Itamaraju a Eunápolis e construção da ponte sobre o Rio Jucuruçu
(1972) Fonte: Valdeci Rosa/ Sidney Oliveira.
De acordo com dados do Diagnóstico socioeconómico da Região Cacaueira (1976), desenvolvido pela Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (CEPLAC), sobre a distribuição de renda das cidades do Sul e extremo Sul da Bahia em 1970, aponta que neste ano a população de Itamaraju era de 63.938 habitantes, estava entre as cidades mais populosas do estado, com densidade demográfica atingindo 22,97 habitantes/km². O progresso e suas novidades chegam à região: em 1966 foi inaugurado em Itamaraju, o primeiro cinema, localizado em um salão alugado, entretanto, pouco tempo depois já em um prédio próprio com acomodações apropriadas, tamanho o sucesso do cinema (OLIVEIRA, 2013). Logo surgiram outros prestadores de serviços modernos, como viagens por taxi aéreo. Um anúncio publicado no jornal Folha de Nanuque, de 1969, convida a população:
Figura: Anuncio de serviço de taxi
aéreo (1969)
O estudo desenvolvido pela CEPLAC (1976, p.5) apontou que, 35,72% da população do município, nesse período, era formada por crianças com menos de 10 anos, 35,97% da população com mais de dez anos não era economicamente ativa e 28,31% estava inserida no mercado de trabalho. Segundo tal estudo, na década de 1970, “o município que apresenta menor percentual de população na sede municipal sobre o total é de Itamaraju, que por sua vez possui apenas 19,10% de sua população residindo em áreas urbanas”. Isso se deve principalmente à produção agrícola e extração de madeira nas áreas rurais do município. Oliveira (2013, p.75) relata que, a nova cidade, a partir de 1964, construiu uma estrutura política e econômica, uma legislação própria e uma geografia delimitada. “Anos mais tarde, com a chegada dos madeireiros, vieram as empresas destruidoras fazendo as extrações de madeira para fins comerciais, um desmatamento desordenado que implicou na extinção de espécies como o jacarandá, o Cedro, o oitizeiro, o Pau-Brasil, entre outros tipos de espécies, anos mais tarde. A riqueza dos rios da região irrigou a agricultura, que foi desenvolvida em locais com baixo recurso hídrico, a produção agrícola abriu portas de investimento em várias áreas econômicas no município, no entanto a riqueza agrícola se concentrava nas mãos de pequenos grupos de produtores. O progresso gerou saneamento básico, energia elétrica e água potável, no entanto, trouxe consigo desigualdades e não revelou a realidade vivida pela população pobre da cidade, Oliveira (2013) reitera que, no final da década de 1960, faltavam empregos e a situação da população pobre era desumana. Os fazendeiros de cacau e comerciantes enviavam seus filhos para estudar nos grandes centros, regiões como “ [...] Uruçuca, Itabuna, Ilhéus, Salvador, Vitória do Espírito Santo, Rio de Janeiro e outros lugares nos quais poderiam dar uma boa educação aos seus descendentes [...] (OLIVEIRA, 2013, p.78). Quando formados, retornavam para assumir cargos públicos e aplicarem os conhecimentos adquiridos em favor de sua terra natal. Muitos, porém, com menor poder aquisitivo, não possuíam condições para desenvolver os estudos em outros lugares e ficavam à mercê do ensino oferecido na cidade, inicialmente, um Ensino Primário era ofertado à população de Itamaraju, por meio da Escola Municipal Rural, idealizada por Dantas.
- Referencia bibliográfica:
- Andrade, Mirian Gelli da Costa - O desembarque da Matemática moderna no ensino normal de Itamaraju: contextos do ginásio augusto carvalho e do colégio vera cruz (1964-1970).
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